Poema de agora: Queda livre – Ronilson Medeiros

Queda livre

Caço um chão firme sob meus pés descalços

tento um levantar de voo com asas ancoradas a meus recentes destroços.

Fui isca na armadilha que armei destinada a meu lado infiel

perdi a coroa do reino no balançar de ‘nãos’ repetidos da cabeça escondida em claros véus.

Segui caminhos opostos daquele que tracei

vendi meu ser sanguinário a meninos lunáticos que pari e depois matei.

Vinguei tudo que perdi, amanhã serei rascunho feito com cinzas do meu eu tição.

Ronilson Medeiros

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