Poema de agora: RELEITURA – Luiz Jorge Ferreira

RELEITURA

Faço uma releitura.
Arrasto a lua pela sala, e a largo perto do Aquário.
Onde o amor e o ódio, mergulhados em nada, sobrenadam, separadamente, de mãos dadas.
Afino o assobio com uma das Estações de Vivaldi.
Apelido você de minha, e apelido a mim de quase seu.
As sobras das palavras que nem falei, nem escrevi.

Derramo no Jardim, atrás do por do sol.
Imaginei sair correndo de dentro do meu interior.
Imaginei entrar em ti, gritando:- Ô de casa!
Não mude nada.
Não quero me sentir estranho, onde por muitos anos, perambulei feliz.

Luiz Jorge Ferreira

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