Poema de agora: REPTILEZA – Fernando Canto

REPTILEZA

O dia rompe em bruto movimento
Meus olhos de rapina espreitam o sinuoso réptil
Sobre as dunas
Desta praia infinda

É aqui que eu quebro as tuas vértebras
E raspo tuas escamas
Mas bebo a lágrima letal na luta vã
Em tempos de ofídicas ternuras
En vie, pour toujours.

Fernando Canto

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