SOLILÓQUIO SOBRE O TEMPO
o olho do invisível
está cravado em mim
é chegado o tempo
de afiar a navalha
cortar a palavra
rasgar o verso
desafiar essa vida canalha
reinventar a lavra
soltar o verbo
porque o tempo
não cabe na ampulheta
não volta
não para
não faz pausa
e nem exceção
é moto-contínuo
sem rédea ou limite
é estrada sem curva
é ida sem volta
o tempo porém
é remédio pra tudo
é cura pros males
é solução
Patrícia Andrade
2 Comentários para "Poema de agora: SOLILÓQUIO SOBRE O TEMPO – Patrícia Andrade"
Mana, vc se superou. Parabéns.
Obrigada, Fernando!