Poema de agora: TEMPO CINZA – Fernando Canto

F1

TEMPO CINZA

Por esperar
como eu espero
nada se perde
ou se esconde
Todo aço
se desgasta
Qualquer papel
se recicla
Espero.
Meu tempo passa
como as águas
deste rio.
É uma inscrição
no granito,
é uma paixão
que não dorme
Espero.
Meu tempo é cinza
sobre o fogo
que jaz brando,
oculto,
mas vivo e bruto
Tal como a fera
à tua espreita

Fernando Canto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *