Poema de agora: TURQUESA – Luiz Jorge Ferreira

TURQUESA

A bailarina que na esquina se compartilha com a brisa que baila sobre secas folhas.
Não é minha, não é tua, averiguei que uma lua a pariu em um dia destes, dias identicamente iguais a dias iguais, dias de chuva tamborilhando na calçada um ritmo triste de piruetas e staccates.


Uma bailarina com arte e malina me nomeou avô, me povoou de sonhos, me incrustou de planos, me aspergiu de cores, me iludiu as dores, me sufocou os graves, me insultou as frases, me espalhou os contraltos, me desenhou a face, estranhamente se sumiu.

Luiz Jorge

*Poesia escrita em Osasco( SP) nesta quinta-feira.(04.06.2020). Dia também conhecido como Hoje!

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