VALSINHA
E se acontecer da dor acontecer
E se esta dor em mim só for você
E se ela me fizer sangrar
E se eu me desmaiar
E se acontecer de eu me esquecer
E se você nunca se lembrar
E se de repente eu não existir
E me ferir e me embriagar
E de manha for eu quem não chegar
E se eu espalhar demais os meus pedaços
E se você por Deus não os juntar
E por acaso eu nunca mais estando
E acontecer em nós da dor voltar
E finde o dia e a gente não perceba.
E a vida fuja e a gente não esteja.
– Como poderemos ser felizes?
E se nos perdermos nas esquinas
E se nos escondermos entre nós
E se dormirmos em noites diferentes
E se for outro o nome de alguém
E se fingirmos ter saudades.
E se um chegar depois
E se desunirem as cidades
E se for frio na sala e o sol brilhar no Hall
E se envelhecermos no Outono
E se diminuirmos a visão
E se desaparecer o seu sorriso
E se o coração tiver razão
E se você vier vestida
E se houver água no mar
E se vier trazendo a vida
E se eu tiver ido banhar
E se dançarmos uma valsa
E se o som vir do luar
E eu sonhar que foi um sonho.
Como poderemos Ser felizes?
Luiz Jorge Ferreira
*Do Livro de poemas “Defronte da Boca da Noite…ficam os dias de Ontem” – Rumo Editorial – São Paulo …Brasil.
4 Comentários para "Poema de agora: VALSINHA – Luiz Jorge Ferreira"
Lindo poema, querido amigo. Como sempre vc arrasa.
Meu grande amigo!
Parabéns nossa que lindo esse não conhecia, muito obrigado por me permitir ne deliciar com esse poema MARAVILHOSO!
Muito bom,se musicar vai fazer sucesso!👏👏👏👏👏👏👏
Fico feliz…e a felicidade deve ser repartida…
Um abraço conscientemente feliz!