Poema de agora: Véspera – Jaci Rocha

Véspera

A cidade brilha, neste dia 24.
É véspera de Natal.
A Av. Cândido Mendes, coalhada de gente
No ar, um misto da calma e da mística
Que as luzes evocam
E da humana agitação do ritual de celebração.. .

Ele, não.
Está quieto, cheio do calor de Deus.
Foi novamente para o ventre da mãe – também Maria
E se prepara para renascer – ano após ano
Com sua mensagem de amor e alegria.

É que a gente se esquece
De que é irmão.
No dito concreto da falta do pão
E da mais correta partilha
Pois cada um corre por aí
Em busca do seu quinhão da mais-valia.

E por isso, ele sempre volta.
Brinca e ri, convida-nos ao reencontro com a humana natureza
E à verdadeira celebração
Que está no abraço apertado, no riso
E no aperto de mão,
No encanto e na magia do cotidiano…

Pois, na essência de tudo,
Amor é o que somos.

Feliz Natal.
Bem-vindo, Jesus.

Jaci Rocha

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