Poema de agora: ZEPELINS IMAGINÁRIOS – (Marven Junius Franklin)

Arte de Vladimir Petkovic

ZEPELINS IMAGINÁRIOS

I

O meu sonho?
Ah! Ele segue o trilho
de coloridos zepelins imaginários
que zanzam capengas rumo ao fim do mundo

(ele é embarcadiço
em naus portuguesas
que navegam desnorteadas
em busca de aleatórias índias acidentais)

II

O meu sonho?
Ah! Ele espreita
janelas adormecidas
a tatear ilusões em covas-rasas de anfibologias

(ele é delicado
como frágeis lepidópteros
a esvoaçar em meu quintal de sombras)

III

Ah, o meu sonho?
É rio que corre aperiódico
sobre enfadonhos mares fenecidos

(engole vidas e anseios
aparta alfobres de girassóis
e cobreja em calvários e vales da morte
até soçobrar entorpecido
na plataforma de embarque
de minhas incertezas)

Marven Junius Franklin.

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