Poema de hoje

A morte de Átila
O Átila era um conquistador barato:
Mandava flores, poemas,
levava para o teatro.
Era um romântico de carteirinha
Do tipo que roubava luas
E dedicava suas estrelas para a menina.
Um lutador nato
Pelo tanto que queria
Nunca foi de deixar barato
Nas conquistas que ele tinha.
Foi um amante endiabrado
Que nunca esquecia a camisinha.
A atração por ele era no ato
E ele não negava boa companhia.
Teve um amor que lhe custou caro
E nunca esqueceu a tal paixão.
Até que outra moça viera
E reabriu seu coração.
Mas a mulher nada quis com ele
Além de iludir, além de humilhar,
Além de brincar, além de pisar.
Deu-se a morte para os sentimentos dele.
E foi daí que ele não agüentou:
Morreu para vida, se abandonou.
No pântano e na escuridão ficou.
Hoje é um porco espinho,
E seu coração na escuridão se mantém.
Sem alma, sem amor, sem carinho,
E no seu triste fim: sem ninguém.
Darth J. Vader

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