Poema em homenagem aos 498 de Belém do Pará (@tagahasoares )


Belém Pará

Um dia, um certo Francisco Caldeira Castelo Branco
Lixeiro, Baía do Guajará
Um cheiro gostoso de madrugada
Eu gosto de ti, Belém do Pará
Belém Pará… Belém, Belém, Belém Pará…
Tem gente que acha que tudo é belo
Criança que brinca sem ter jardim
É lama, é buraco, é muçum na casa
Vou ver pôr-do-sol, Forte do Castelo
Belém Pará… Belém, Belém, Belém Pará…
À noite, na Doca de Souza Franco
Um homem de capa apareceu
Tomou em seus braços Joana Rosa
E fê-la gemer
Sangue escorreu
Ele comeu…
Belém Pará… Belém, Belém, Belém Pará…
É Ver-o-Peso, feira da fome
Povo que marcha unido na fé
Do outro lado da corda vai o dinheiro
Assim é o Círio de Nazaré
Vós sois o lírio mimoso
Do mais suave perfume
Belém Pará… Belém, Belém, Belém Pará…


NOTA DO TÃGA: essa letra inaugurou o Centro de Cultura Tancredo Neves, CENTUR, onde o meu nome está lá até hoje na antologia de poetas paraenses. Detalhe: o arcebispo passou mal, não aprovou e fui classificado como herege, condenado ao desterro…


Tãgaha Soares

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