Poesia de agora: Destroços Flutuantes – Luiz Jorge Ferreira

DESTROÇOS FLUTUANTES

Nunca mais farei um pacto de viver com a vida.
Sabe-se lá o que é vida.

Seria sair pisando descalço sobre a grama molhada.
Ou rolar sobre o chão até beijar sua própria sombra sob o Sol.
Eu acredito que seja pular amarelinha de olhos fechados, ouvindo Gardel.

Como não tem ninguém para brincar comigo de esconde-esconde.
Eu apareço para mim mesmo fazendo de contas, que sou feliz.

Luiz Jorge Ferreira

*Do livro de Poemas “Nunca mais vou sair de mim sem levar as Asas” – Rumo Editorial – São Paulo.

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