Poesia de agora: Uma cidade no meio do mundo – Pat Andrade

Fotos: Raimundo Manoel Fonseca

Uma cidade no meio do mundo

a cidade que mora em mim
reside entre a igreja e o teatro
se reflete nas águas do lago
caminha pela serrano
e corre pela independência
até o meio do mundo

essa cidade
embriaga-se de rio
e renasce na floresta
toma açaí do grosso
come camarão no bafo
mata a sede com água de poço

é essa cidade
que ama as mulheres do igarapé
dança marabaixo e batuque
no largo dos inocentes
e dorme tranquila
nos braços de São José

Pat Andrade

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