Pro-Agroindústria: GEA assina convênios com produtores de farinha do Amapá


O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, assinou nesta quarta-feira, 3, no Palácio do Setentrião, convênios com 13 associações de produtores de farinha no Estado. Elas receberão um investimento total de R$ 509.026. A ação é a primeira fase do Pro-Agroindústria, programa lançado durante a Expofeira deste ano, que visa desenvolver pequenas indústrias de produtos regionais. Cada entidade recebeu valores que variam entre R$ 29.299,05, R$ 34.504,79 e R$ 40.334,71, dependendo da quantidade de fornos que possui, de um a três, respectivamente.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), Paulo Nunes, por meio do Pro-Agroindústria as casas de farinha serão recuperadas e outras implantadas. Ele explicou que a intenção é dar possibilidade para que os produtos da agricultura familiar, incluindo a mandioca, sejam beneficiados na própria região antes de chegar às feiras.

O secretário elucidou também que a estruturação de casas de farinha, como construção em alvenaria, aquisição dos equipamentos como fornos, prensas e motores caititu, complementam o Programa Territorial da Agricultura Familiar e Floresta (Protaf) do Governo do Amapá.

Conforme o titular da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Reinaldo Picanço, além da estruturação de casas de farinha, o Pro-Agroindústria prevê capacitação na área de gestão, boas práticas na fabricação, controle de qualidade, acompanhamento e supervisão de todas as fases de implantação. Ele disse ainda que o programa se estenderá a outros setores como pesca, extrativismo e agropecuária.

Órgãos envolvidos

O Pro-Agroindústria é coordenado pela Seicom, em parceria com as Secretarias de Estado do Desenvolvimento Rural, da Ciência e Tecnologia (Setec), da Infraestrutura (Seinf), Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), Agência de Pesca do Amapá (Pescap), Instituto de Estudos e Pesquisas do Amapá (Iepa), Vigilância Sanitária (Visa), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).

Associações beneficiadas: dos Moradores e Produtores Remanescentes de Quilombola de São José do Mata Fome; dos Amigos de Santo Antônio da Pedreira; dos Moradores Remanescentes de Quilombola do Mel da Pedreira; dos Moradores Remanescentes de Quilombola da Comunidade de Curralinho; dos Agricultores de Campina Grande; dos Agricultores Familiares da Comunidade de Garimpo de São Tomé; dos Moradores e Agricultores de Ponta Grossa do Piririm; dos Moradores Remanescentes e Quilombolas do Mel da Pedreira.

Também nessa primeira etapa foram contempladas as associações: dos Moradores e Produtores de Maruanum II; dos Produtores Rurais do Maçaranduba II; dos Moradores e Agricultores Familiares do Bacaba do Maruanum e Maçaranduba I; dos Produtores Rurais do Ramal II do Assentamento Piaçacá; Agricultores Remanescentes da Comunidade Quilombola Cinco Chagas do Rio Matapi e dos Agricultores, Trabalhadores Rurais da Comunidade do Livramento.

Agradecimento do produtor

A presidente da Associação dos Produtores Rurais do Maçaranduba II, Diocicley Souza, representante dos beneficiados, agradeceu a iniciativa do governador Camilo Capiberibe. Ela enfatizou que o setor ficou abandonado na gestão passada e que esse suporte para a produção agrícola era uma demanda antiga de sua categoria.

Modernização, certificação e renda para o produtor rural do Amapá


O governador frisou que é fundamental que as associações de agricultores familiares do Amapá recebam a ajuda do Estado para a modernização das casas de farinha. Camilo Capiberibe afirmou que a medida garante as condições sanitárias para a industrialização da mandioca.

A farinha do Amapá é a melhor do país, mas nossos produtores não possuem condições adequadas para certificar o produto. Por isso vamos modernizar e equipar as casas de farinha. Assim garantiremos que nossos agricultores possam vender diretamente para supermercados e miniboxes. Além disso, investiremos na pesca, produção de queijo, mel, entre outros. Isso gera renda para o trabalhador rural e este é o objetivo do Pro-Agroindústria“, ponderou o governador.

Elton Tavares/Secom

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