Projeto universitário leva mais cor, vida e consciência ambiental à bairro periférico de Macapá

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Por Eloisy Santos

No último fim de semana, acadêmicas do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) desenvolveram um belo e atraente trabalho de arborização, e urbanização consciente no canteiro central do bairro Congós, área periférica da Zona Sul de Macapá.

A partir de um trabalho acadêmico da disciplina de planejamento urbano e regional, disciplina do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifap, as acadêmicas Ana Paula Tavares, Lorena Proietti, Camila Pernambuco e Luiza Costa junto à colega Mariana de uma instituição particular foram designadas a fazer qualquer tipo de intervenção na cidade, qualquer coisa que pudesse impactar de forma positiva a comunidade de qualquer ponto da cidade de Macapá, o importante seria perceber a reação das pessoas em função do que estava sendo feito.

Ana Paula Tavares, uma das acadêmicas responsáveis pela intervenção explica o porquê da escolha daquele espaço em específico para que pudessem realizar o que lhes foi delegado, e os materiais utilizados. “Detectando aquele trecho, no canteiro central e a falta de privilégio do bairro, que é periférico, nós partimos destes princípios. Nós planejamos para criar objetos diferentes fazendo reciclagem, mostrando que qualquer membro daquele bairro poderia fazer. Pegamos paletes usados, armações em madeira, pneus de carro, mudas de plantas, pintamos o material para fazer deles um elemento marcante”, explicou.

Segundo a estudante, foi muito boa a receptividade e o interesse da comunidade, uns se mostraram curiosos acerca do que estava sendo feito, outros se propuseram a ajudar, visto que os próprios moradores já haviam feito uma ação parecida, mas somente com a plantação de mudas, sem o quesito de reciclagem e urbanização com “q” de decoração e ar de descontração e cor para aquele espaço.

Há planos para novas intervenções, sempre em lugares como este, menos privilegiados, mas que possam se tornar mais belos e valorizados, mediante a comoção e ajuda mútua. Ana Paula finaliza, ressaltando a importância social do projeto para uma Macapá mais bonita, atraente e bem cuidada, a partir do fazer de cada um.

“É uma questão de valorização da cidade, nós de arquitetura e urbanismo, que estudamos o objeto cidade, a gente vê os espaços públicos muito degradados, e as pessoas não possuem intimidade com aquilo, não há identidade, não tratam o espaço público como seu. Acreditamos que com o despertar da comunidade, o sentido de cuidar fique mais em evidência, e o cuidar do público como seu, deixando a cidade mais limpa, mais bonita”, enfatizou.

Como ressaltou a estudante, esta é a primeira intervenção, o plano piloto. Mas enfatiza que buscará apoio para que possam ser feitas ações maiores, para impactos sociais e ambientais mais positivos ainda, sempre partindo de locais periféricos e esquecidos pelo poder público, onde a boa vontade e colaboração da comunidade é mais evidente.

Fonte: Jornal do Dia

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