A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde e o programa MP Comunitário do Ministério Público do Amapá (MP-AP) realizaram, no período de 25 a 28 de outubro, atendimentos aos pacientes internados no Hospital de Emergências (HE), com o fim de facilitar o acesso destes aos Ministério Público.
A ação foi motivada pelo grande número de reclamações recebidas na Promotoria da Saúde relatando superlotação do Hospital de Emergências e constante falta de medicamentos e materiais. Os atendimentos foram realizados em frente ao Hospital, utilizando o ônibus do MP Comunitário, que registrou mais de 30 reclamações de pacientes, a maioria necessitando de cirurgias ortopédicas.
O promotor de Justiça de Defesa da Saúde e coordenador do MP Comunitário, André Araújo, inspecionou o HE, na sexta feira (28), e confirmou a superlotação da unidade hospitalar, falta de medicamentos básicos e insumos, desativação de serviços de diagnóstico e grande número de pacientes internados, a maioria esperando cirurgias ortopédicas, dependendo de transferência para o Hospital de Clínicas.
“A situação das pessoas ali internadas é desumana, muitos estão há semanas esperando sua cirurgia e poderão ficar com sequelas graves caso não sejam operadas logo, além de que o hospital está totalmente desabastecido de medicamentos, obrigando os pacientes a comprar do próprio bolso antibióticos e analgésicos”, ressaltou André Araújo.
Dentre os vários problemas, chamou a atenção do MP a desativação de um tomógrafo, há mais de dois anos parado por falta de manutenção, que poderia viabilizar o diagnóstico imediato dos pacientes, hoje obrigados a realizar exames em clínicas particulares contratadas pelo Estado.
A Promotoria de Saúde convocou para o próximo dia 7 de novembro uma reunião com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e dos Hospitais Alberto Lima e de Emergência para tratar dos problemas detectados pelo Ministério Público.
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