Quando a paixão é violenta, cuide-se! – Por @genifrota

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Por Geni Frota

Por certo que já se apaixonou muitas vezes… Algumas perdidamente e por um longo tempo, algumas intensamente mas por pouco tempo.

Por certo que muitas dessas paixões foram muito válidas e lhe acrescentaram muitos aprendizados sobre o que quer ou o que não quer mais para você.

Mais certo ainda é que, quando nos apaixonamos, ficamos mais belos, mais felizes, mais dispostos. Fazemos declarações de amor, fazemos sacrifícios, fazemos tudo para vivermos intensamente o que estamos sentindo…

Pois é… Somos capazes de fazer tudo isso por outra pessoa. Muitas delas que acabamos de conhecer e que ainda nem provaram que tem a mesma valoração moral que nós para conduzir uma relação.

Ao que me leva a pergunta que move este artigo: é capaz de tamanho empenho, dedicação, doação e paixão por você mesmo?

Toda a força e intensidade que é capaz de dedicar a alguém, consegue canalizá-la para cuidar de você?

Esse equilíbrio entre doar-se aos outros e doar-se a si deveria ser buscado continuamente. Aquilo que sou capaz de fazer pelo outro também devo ser capaz de fazer por mim… O presente dado, o tempo dedicado, o afeto oferecido, o esforço despendido… Todo ele deveria estar constantemente sendo exercitado em prol de quem é capaz de dedicar aos outros.

Quando se é capaz de gostar de si mesmo, fica-se mais forte quando a paixão não dá certo. Fica-se mais capaz de suportar a dor de perder alguém que já não está mais vibrando na mesma frequência que você.

É por isso que as pessoas sofrem tanto por amor: porque não conseguem dedicar-se a cuidar de si do tanto que dedicaram ao outro e acabam cobrando “a fatura” do que investiu.

Lamentavelmente, esse tipo de investimento é a fundo perdido… Não há devolução. Mas poderá, neste momento, aproveitar para perguntar-se: por que não consigo amar a mim mesmo do tanto de amor que dediquei a outra pessoa?

Nossa forma de amar é definida pela relação com nossos pais. Mais ou menos intensamente, mais ou menos comprometidamente, mais ou menos dependente, nosso jeito de amar sempre se prestará a suprir nossas necessidades afetivas. Quanto maiores as necessidades, mais fazemos e mais esperamos do outro.

Além da necessidade de “curar” possíveis carências afetivas que se apresentaram ao longo da vida, é necessário investir no fortalecimento da auto estima. E para fortalecer a auto estima é preciso investir em auto conhecimento, tornar-se consciente das possibilidades e limitações, colocar-se em primeiro lugar (e sei que isso é difícil com a cultura de “coitadismo” e pseudo humildade que temos).

Para lhe ajudar a entender, colocar-se em primeiro lugar é parecido com aquele procedimento que o comissário de bordo lhe orienta no avião: coloque a máscara primeiro em você… Sabe o motivo disso? Porque, para salvar os outros, é preciso, primeiro, conseguir salvar a si mesmo.

Boa vida!

* Geni Frota é Consultora e Coach de Vida

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