Raízes Aéreas – A lenda da fita desaparecida (Por Osmar Jr.)

Por Osmar Jr.

Na minha idade crística, 33 anos, conheci Antonio Messias e Naldo Maranhão. Lascou.

De ciências ocultas, quântica, experiências extraterrenas, muita droga, portais para os ascensionados mestres através do Daime, e muita, muita música e amor, estávamos chorando som.

Me encontrei acampado no estúdio da Borges Publicidade em Belém em dois mil e pouco junto com a galera do Raízes Aéreas. Foram dias inesquecíveis.

Agora que eu sei da influência Beatnik não aconselho, mas digo que viver essa estrada é necessário a poetas roqueiros viajantes deste mundo.

Com uma estranha formação informal se apresentaram a mim, Messias (in memorian) , Naldo, Helder Espírito Santo , Black, Nena, Alexandre (in memorian), Joatan Santarém, Beto Oscar e Helder Brandão.

Logo percebi que eles eram o salto quântico, o outro pólo ideológico que me faltava, algo opositor ao movimento Costa Norte (que jamais será careta), uma linguagem mais adiante, uma harmonia que me deixava sem graça, vinda das melodias cortantes de Naldo, Messias (recebedor de pontos de umbanda) Beto Oscar (que é um budista), Helder Brandão (poeta e policial). Enfim, eu perguntei: que merda é essa, meu Deus?

Eu me ofereci para produzir aquilo, e foi uma experiência transformadora. Fizemos uma demo implacável, inclusive com a ajuda da bateria de João Batera.

O fato é que trouxeram essa fita para Macapá, inexplicavelmente ela desapareceu, nada de místico, acho. Mas vocês podem ouvir o resgate desse trabalho no álbum Raízes Aéreas por Beto Oscar, Helder Brandão e Helder Espírito Santo. Confira, se puder. Não é pra qualquer um.

Osmar e Naldo. Amigos!

Disso tudo, minha saudade é grande do mestre que nos ensinou a língua dos anjos, Antonio Messias. Hoje ele é nome de escola.

Fui.

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