Representantes da prefeitura e da Justiça Federal fazem visita técnica ao prédio do Hospital Metropolitano

Nesta quarta-feira, 26, representantes da Prefeitura de Macapá e da Justiça Federal fizeram visita técnica ao prédio do Hospital Metropolitano, na zona norte da cidade. A iniciativa é fruto da audiência feita no dia 18 de abril entre Município e Estado, por intermédio da Justiça Federal, que busca uma solução para o funcionamento do hospital. A prefeitura sinalizou o interesse em concluir as obras, desde que repasse a administração para o Governo Estadual, já que não possui recursos para a manutenção do mesmo em funcionamento.

Na visita, o juiz federal João Bosco Soares recomendou ao Município que mantenha um efetivo permanente da Guarda Municipal para evitar a depredação do espaço, já que em 2011 e 2012 a obra sofreu vários furtos e ações de vândalos. O magistrado firmou o compromisso de intermediar junto ao Ministério da Saúde (MS) a liberação do restante do recurso para a conclusão da obra, caso seja assinado o Termo de Cooperação entre prefeitura e governo. “Se o Estado assinar o termo com o Município, se comprometendo a administrar o hospital depois de pronto, solicitaremos, junto ao MS, a liberação do valor que falta para a conclusão do hospital. Nosso esforço é para colocar esse lugar em funcionamento e impedir que essa estrutura continue sofrendo o desgaste do tempo e do vandalismo”.

De acordo com os levantamentos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob), essas ações refletem em um acréscimo de mais de R$ 1 milhão. “O prédio só passou a ter uma ronda da Guarda Municipal a partir de 2013. Antes disso, todo tipo de ação de vandalismo foi feito, como furto de fiação e motores dos elevadores, por exemplo. De imediato, cumpriremos a recomendação e o prédio passará a ter um efetivo para resguardar o patrimônio”, disse o titular da Semob, Emílio Escobar.

Uma das alternativas apresentadas pela prefeitura é transferir parte dos atendimentos clínicos feito no Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal) para o Metropolitano, na tentativa de desafogar o sistema de saúde estadual. “O hospital em funcionamento é uma das opções para liberar leitos no Hcal e, consequentemente, desafogar a demanda de cirurgias ortopédicas no Hospital de Emergências”, informou a secretária municipal de Saúde, Silvana Vedovelli.

Participaram também da visita a promotora da Defesa da Saúde, Fábia Nilci; a procuradora-geral do Município, Taisa Medonça; o procurador do Estado do Amapá, Raul Sousa; o subsecretário municipal de Saúde, Eldren Lages; o secretário municipal de Assuntos Extraordinários, Evandro Milhomem e técnicos do Ministério Público do Estado do Amapá.

O Hospital Metropolitano

A obra iniciou em 2001 e foi paralisada por irregularidades em 2004, durante a Operação Pororoca. Em 2012, foi retomada com um novo contrato, que não vingou por causa de uma sequência de erros no levantamento de custos. Readequações foram necessárias devido ao longo período de paralisação e às mudanças na legislação e nos valores de materiais e equipamentos. Atualmente, o prédio precisa de um total de R$ 14 milhões para ser concluído. Desse valor, R$ 6 milhões estão em conta.

A construção possui uma estrutura para atendimentos nas áreas de pediatria, cirurgia, clínica geral e obstetrícia, além de emergência de média complexidade. Com uma área de mais de 6 mil metros quadrados, o projeto conta ainda com laboratório de alta complexidade; 58 leitos de internação; centro cirúrgico; 14 leitos de UTI, sendo 8 para pacientes adultos e 6 para crianças; necrotério; setor administrativo; blocos de apoio técnico e logístico; amplo estacionamento; cozinha industrial, dentre outros espaços necessários para o funcionamento de um empreendimento desse porte.

Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa
Contato: 99135-6508
Fotos: Max Renê

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