Santiago e os riscos da vida de jornalista


Jornalismo é uma profissão de riscos.

Alguns bons, como o risco de se apaixonar por contar histórias.

E para contar histórias a gente vai chegando pertinho delas. Meio sem pedir licença.

Não se faz bom jornalismo de um helicóptero.

Santiago Andrade foi morto na rua, no meio de um protesto, no meio de uma história.

Ah, sim, há também os riscos ruins da profissão, como o risco de morrer tentando contar uma história.

Porque, por mais que pareça improvável, há o risco de um babaca acender um rojão no meio da história.

E o jornalista, acostumado a dar o sangue, derrama seu sangue.

E os outros jornalistas, que seguimos vivos, ficamos confusos com tantos riscos para calcular, o que vale a pena correr, o que não vale, logo nós, que nunca fomos bons em cálculos. Apenas em contar histórias.

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