Sarau proporciona inclusão e diversidade cultural para alunos e pais na zona norte

Os alunos da Escola Municipal José Leoves realizaram o 1º Sarau Cultural da EJA, na noite de terça-feira, 26, com alunos, professores e comunidade. A programação contou com apresentações de dança, canto, capoeira, pintura, teatro, entre muitas outras atividades que aconteceram no prédio da escola, no bairro Renascer. A iniciativa visa a inclusão e a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos.

Segundo a professora Patrícia Cabral, que lida diretamente com as turmas da EJA, o momento é um meio de oportunizar a socialização entre os alunos, a inclusão e a diversidade. “Temos uma realidade de alunos muito diversificada. Percebendo que isso gerava a exclusão desses estudantes, tomamos essa iniciativa de valorizar os saberes desses estudantes por meio do sarau, como uma atividade lúdica e cultural aonde eles pudessem estar debatendo isso diretamente com a comunidade”.

Patrícia dos Santos é professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e foi a grande patrocinadora do estudante Yuri Pedrada, 17 anos. O aluno é autista e um grande fã do desenho Pica-Pau. Ele aproveitou o sarau para fazer o lançamento do seu gibi “Pica-Pau em… Cuidados com o Meio Ambiente”, escrito e ilustrado pelo próprio adolescente. A professora explica que percebeu o talento diferenciado do rapaz durante as atividades e resolveu buscar o apoio da família e demais profissionais da escola para produzir o gibi, que contou com o envolvimento de toda a família.

“O Yuri desenha muito bem e é fanático pelo Pica-Pau. Acabei propondo a confecção dessa história em quadrinho. Nesse processo, acabamos incluindo também a família dele, pois a mãe e o irmão sempre acompanham as atividades que ele produz em sala. Fizemos uma releitura a partir do texto apresentado e o resultado foi essa revista bem divertida que ele pôde vender hoje no Sarau”, explica a professora.

Outra atração de destaque do evento foi a apresentação dos alunos indígenas da aldeia Apalaí, no Norte do Amapá. Os alunos fizeram a exibição de peças produzidas com técnicas indígenas e apresentaram a dança Turé. “Apresentamos nossa cultura hoje, vendendo artesanato e fazendo pintura corporal. Essa é uma forma de não esquecermos nossas origens e de nos apresentarmos aos nossos colegas para que eles compreendam um pouco sobre quem nós somos”, conta o estudante de 23 anos, Wyraiwarepo Waiana, também estudante da EJA da Escola José Leoves.

Além disso, os alunos também apresentaram quatro curtas-metragens sobre lendas folclóricas da Amazônia, todos os produtos audiovisuais produzidos pelos próprios estudantes.

Rafaela Bittencourt
Assessora de comunicação/Semed
Contato: 98805-8150

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