Se ainda estivesse por aqui, papai faria 71 anos hoje (Para jamais esquecermos do Zé Penha)

Meu irmão e papai, em 1996.

No dia de hoje (17), se meu saudoso pai estivesse entre nós, faria 71 anos. Antes eu dizia “se estivesse vivo”, mas ele está, dentro de nós, por isso, ainda é seu aniversário. É difícil definir um modelo de vida, acredito que cada um vive da forma que lhe é aprazível. José Penha Tavares viveu tudo de forma intensa e foi um homem muito feliz. Eu sigo seu exemplo e sou muito feliz.

O mais legal é que ele nunca fez mal a ninguém, sempre tratou as pessoas com respeito e foi muito amoroso com os seus. Meu irmão costuma dizer que ele nos ensinou o segredo da vida: “ser gente boa” (apesar de alguns gatos pingados não comungarem desta opinião sobre mim).

Eu, papai e Clara (sua namorada), em 1997.

Quando o bicho pega, falo com ele. Uma espécie de monólogo, mas juro que sinto conforto em lhe contar meus raros problemas. Acredito que papai escuta e, de alguma forma, me ajuda. Devaneio? Não senhores e senhoras, é que aquele cara foi um grande pai, ah se foi. Portanto, deve mexer os pauzinhos lá por cima.

Ele partiu em 1998, faz e fará sempre falta. Sinto saudade todos os dias e penso nele sempre. Nosso amor vem das vidas passadas, atravessou esta e com certeza a próxima. Gostaria de lhe dar um abraço hoje, desejar feliz aniversário e tomar muitas cervas com o Penhão, como costumávamos fazer.

Nós e o Zé Penha, em dezembro de 1997, no último natal dele conosco.

Republico este texto para o Zé Penha jamais ser esquecido. Não por mim, pelo meu irmão ou os irmãos dele, que nunca o esquecemos, mas sim pela legião de amigos que ele fez durante sua breve jornada por aqui. Faço minhas as palavras do poema Filtro Solar: “dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez”. Saudade, Penhão. Feliz aniversário, papai!

Elton Tavares

  • Lembro muito bem do Penha. Era na verdade, amigo do meu irmão Sílvio Leopoldo. Recordo de uma noitada que terminou nas areias da praia da Fazendinha. Na ocasião, já por volta das 06:00, da manhã, compramos camarão fresco de um canoeiro que estava às proximidades e mandamos cozinhar. Foi o melhor camarão no “bafo” que já comi, tudo, acompanhado de uma farinha “baguda” e dos acordes do violão do Silvio Leopoldo, que nessa hora tocava Samba da Benção, música do Vinicius e do Baden. Além do Penha, estavam presente os notívagos Sívio, Carlos Oliveira, irmão do falecido artista Plástico Frank Asley e o Batota, irmão do alemão e do Vilmar, moradores do bairro do Laguinho e que também já retornaram ao pó. O mês era julho e o ano 1977. Tempos especiais!

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