Na manhã desta terça-feira, 25, representantes do Sindicato dos Batedores de Açaí (Amaçai) estiveram na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) para estabelecer uma parceria no sentido de buscar o licenciamento das batedeiras existentes no município.
A atividade gera uma quantidade aproximada de 6 milhões de toneladas por mês de caroços de açaí e a destinação correta desses resíduos é o que preocupa, pois a grande parte desse material acaba em áreas de ressaca, canais e no próprio aterro sanitário. A intenção é que a partir de agora a Semam possa licenciar as batedeiras de açaí para cobrar e ter mais controle sobre os resíduos gerados.
“Licenciando as batedeiras teremos o controle e o conhecimento do que está sendo gerado pela atividade, e a partir do quantitativo vamos saber o que fazer e o potencial econômico desses resíduos”, disse o titular da Semam, Herialdo Monteiro.
Hoje, de acordo com os dados do sindicato, existem cerca de 6 mil batedeiras de açaí no Estado e que empregam diretamente 42 mil pessoas com a atividade, desde a extração do fruto até o beneficiamento final. A Semam já estuda a possibilidade de iniciar a padronização de todas as batedeiras com utilização de filtro, monitoramento e acompanhamento de armazenamento, controle de qualidade e destinação dos resíduos.
Para executar o projeto, uma batedeira servirá de programa piloto, um modelo para posteriormente ser implantada nas demais. Hoje os caroços de açaí já são utilizados em outras capitais brasileiras na construção de filtros de água, biojoias, compostagem, dentre as diversas utilidades que os caroços podem ter.
Texto e foto: Jamile Moreira/Asscom Semam