Semana da Amazônia: planta considerada como milagrosa desperta interesse de visitantes no Bioparque

Considerada um milagre da natureza por suas propriedades terapêuticas e alimentícias, a Moringa Oleífera contém mais de 92 nutrientes e 46 tipos de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, sendo 9 deles essenciais que não são fabricados pelo corpo humano.

As folhas frescas da planta contêm 7 vezes mais vitamina C do que a laranja, 17 vezes mais cálcio que o leite, 10 vezes mais vitamina A do que a cenoura, 15 vezes mais potássio que a banana, 2 vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, o que equivale à carne de boi), 25 vezes mais ferro que o espinafre, além de outras vitaminas e minerais importantes.

A planta foi exposta ao público durante a programação da Semana da Amazônia, realizada pela Prefeitura de Macapá no Bioparque, e despertou a curiosidade e o interesse dos visitantes. Centenas de semente foram distribuídas em uma sacolinha ecológica.

Fátima Santos, pedagoga e gerente do orquidário do Bioparque, disse que a moringa é uma verdadeira farmácia natural. “Os benefícios da planta são inúmeros. A semente da moringa pode ser utilizada para a purificação da água, a flor é consumida em salada, a folha verde para fazer panquecas e pães, e a folha seca para chás medicinais. Além disso, a moringa é utilizada na área da perfumaria e cosméticos”, enumerou.

Características/benefícios

Nativa do Himalaia, a moringa é também designada como acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro e quiabo-de-quina. A árvore em si não é muito robusta, mas desenvolve ramos que crescem até cerca de 10 metros de comprimento, repletos de pequenas e saborosas folhas que são muito nutritivas, podendo ser consumidas refogadas ou cozidas no vapor, bem como as vagens verdes. As sementes quando secas podem ser colocadas dentro dos recipientes de água potável da casa, atuando na purificação da água. Além disso, das sementes se produz o óleo de Ben, usado em pintura artística.

Por suas propriedades alimentícias, apresenta valor medicinal, sendo usada na África por pessoas com o vírus HIV como combate aos efeitos debilitadores dessa doença. Por ser rica em proteínas, vitaminas e sais minerais, é também poderosa arma contra a desnutrição crônica.

Resultados positivos ocorreram no tratamento de câncer da próstata, reumatismo, tumores, lúpus, artrites e outras doenças autoimunes, bem como hipertensão arterial, hepatite, epilepsia, fadiga crônica, males causados pelo tratamento de câncer, tratamento pré-natal, glaucoma, cura de irritação gastrointestinal, de dermatoses, bronquites e inflamações de mucosas em lactentes. As raízes são laxativas, mas também abortivas e as flores e sementes são vermífugas. Além disso, a planta produz efeito renovador das células epiteliais, dos órgãos sexuais e do cérebro.

A árvores apresenta rápido crescimento e no primeiro ano já começa a produzir sementes. Quando reproduzida através da técnica de estaquia, suas raízes tornam-se capazes de conter a erosão dos solos.

Cresce principalmente em áreas semiáridas tropicais e subtropicais, sendo seu habitat preferencial o solo seco e arenoso. Tolera solos pobres, como em áreas costeiras. No cultivo em larga escala, seu tronco é submetido a podas regulares de forma que sua altura não vai ultrapassar cerca de um metro e meio, visando facilitar a colheita das folhas.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Volnei Oliveira
Assessor de comunicação
Fotos: Rafael Oliveira

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