Por Sérgio Roxo
Por décadas, o ex-senador Eduardo Suplicy foi uma voz quase solitária na política brasileira em defesa da implantação de um programa de renda mínima. O coronavírus mudou esse quadro.
Na sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, protocolou um projeto de lei que institui a renda básica de cidadania emergencial em casos de epidemias e pandemias.
Declaradamente inspirada em Suplicy, a proposta visa a garantir o benefício de, no mínimo, R$ 300 por pessoa, por pelo menos seis meses para todos os brasileiros com renda familiar per capita inferior a três salários mínimos.
Quem já tem direito ao Bolsa Família receberá suplemento do mesmo valor. O benefício máximo por família previsto é de R$1.500.
A equipe de Randolfe estima que o programa custaria até R$ 23 bilhões, cerca de 75% do valor destinado anualmente ao Bolsa Família.