Sílvio de Barbosa Assis, preso hoje pela PF, é um velho conhecido

O lobista Sílvio de Barbosa Assis, um dos presos temporários da Operação Registro Espúrio, é um velho conhecido da Justiça e dos bastidores políticos de Brasília.

Ele foi alvo recente de denúncia da Veja, flagrado acertando com a também lobista Verusca Peixoto da Silva, presa hoje, o pagamento de R$ 3,2 milhões em propina para ajudar na liberação de registro do Sindicato das Pequenas e Micro Empresas de Transporte Rodoviário de Veículos Novos do Estado de Goiás (Sintrave).

Amapaense, Sílvio começou como dono de jornal no Amapá, sendo apadrinhado de José Sarney. Fugiu para a capital federal depois de acusações de envolvimento com o crime organizado no estado – foi indiciado e preso após investigações da CPI do Narcotráfico. É visto há anos circulando pelas rodas de políticos de seu estado e no Distrito Federal.

Ainda no Amapá, levou um tiro e foi preso após acusações de envolvimento com o tráfico de drogas. Isso teria sido decisivo para sua mudança e de seus irmãos para Brasília.

Nos anos 2000, no Amapá, a Justiça Federal decretou a prisão temporária por 30 dias de Sílvio, pelo mesmo motivo de sua detenção. A medida judicial foi pedida depois que o empresário deixou de comparecer a diversas sessões da CPI do Narcotráfico.

Celina Leão, Sílvio de Assis (centro) e Rodrigo Rollemberg

Em Brasília, se apresentava como “operador do mercado financeiro”. Criou um jornal digital chamado FatoOnline, contratando a peso de ouro diversos jornalistas conhecidos.

Aproximou-se do governador Rodrigo Rollemberg e da deputada distrital Celina Leão (foto abaixo), conseguindo indicar nomes para o Detran-DF. Quando perdeu a boquinha, deixou de pagar os funcionários do site.

O lobista já bancou passagens aéreas de Vavá, irmão de Lula, e se vangloria da amizade com Carlinhos Cachoeira, financiador de Jovair Arantes (PTB).

Processos trabalhistas

Em Brasília, fundou o portal de notícias Fato Online, no início de 2015, com nomes de peso do jornalismo nacional, como Helena Chagas, Cecília Maia, Rudolfo Lago e Orlando Brito. No entanto, por falta de pagamento, menos de um ano depois a redação foi desfeita e, atualmente, o site é alimentado apenas com material de agências de notícias. Devido a isso, Sílvio responde ainda por cerca de 100 ações na Justiça do Trabalho.

Fontes : O Antagonista

E site Metropoles. 

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