Sítios arqueológicos são descobertos em Amapá e Pracuúba

Por Eloisy Santos

Especialistas do Museu de Arqueologia e Etimologia do Amapá (MAE), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult), localizaram sítios arqueológicos nos municípios de Amapá e Pracuúba. Ambos foram identificados em agosto e dezembro do ano passado, respectivamente. As estruturas são muito semelhantes às do sítio já identificado no município de Calçoene. São círculos de pedras existentes possivelmente há 2 mil anos, que auxiliavam, por meio da observação, moradores daquelas regiões a calcularem a estação do ano, por exemplo.

O sítio de Amapá está localizado 13 quilômetros a leste da sede do município, em área de planície. O localizado no município de Pracuúba, por sua vez, está a norte da sede, a 8 quilômetros, em extensa área de mata. Neste, somente 30% das pedras estão de pé.

Segundo o gerente do MAE, Adervan Lacerda, após a localização dos sítios, foi produzido um relatório sobre o achado, que já foi encaminhado pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) também foi acionado.

“A ideia é montarmos uma equipe multidisciplinar que retorne aos sítios e comecemos, juntos, a fazer a delimitação, reconhecimento e estudo deles, para posteriormente traçar estratégias a fim de preservá-los da melhor maneira possível”, contou Lacerda, complementando que nestas áreas não há pedras do mesmo tipo que as localizadas.

Ainda de acordo com o gerente, em termos históricos, o achado é fundamental por fazer saber que há centenas de anos a região já era ocupada. “Aqui habitavam povos que tinham uma inteligência fora do normal, calculando a estação do ano a partir da observação. Não só o país, mas o mundo precisa saber disso, pois são poucos os países que possuem sítios arqueológicos”, frisou.

Mazagão

No ano de 2016 foram localizados 53 esqueletos humanos no sítio histórico de ruínas da primeira igreja construída no município de Mazagão.

Uma audiência pública aconteceu no fim do mês de março, com objetivo de levantar possíveis destinos aos artefatos. “O Iphan estipulou cinco metas para que a prefeitura do município cumpra e sejam realizadas obras no sítio, onde os achados seriam colocados em urnas de vidro e expostos”, explicou Lacerda.

Uma nova audiência deve acontecer para decidir se os esqueletos continuam em Mazagão ou são transportados para uma reserva técnica na capital para melhor conservação até o cumprimento das metas e obras.

Fonte: Blog do Calandrini

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