Sobre a saudade e o tempo – Crônica de Elton Tavares (ilustrada por Ronaldo Rony)

Já falei muitas vezes aqui sobre o tempo. Na verdade, penso isso sempre, quase o tempo todo. Quanto tempo tenho? Quanto tempo temos? Faz quanto tempo? Será que vai dar tempo?

A verdade é que o tempo passa rápido demais. O grande lance é o que você faz com ele. Muita gente lamenta que em outros tempos não era assim ou assado. Outros buscam fazer a diferença há muito tempo. Ainda existem aqueles que lamentam os acontecimentos em suas vidas e querem mudar o passado o tempo todo.

Dizem que o tempo é remédio e o senhor da razão. Concordo. Faz tempo que escrevo aqui minhas memórias, devaneios, “achismos”, atualidades e coisas de outros tempos.

O tempo transforma, ensina, caleja. Como diz Gilberto Gil: “Tempo Rei! Oh Tempo Rei!”

Enquanto o misterioso tempo acelera, traz alegrias e leva tristezas, dou tempo ao tempo, mas trabalho para melhorar o tempo todo. Afinal, sempre é tempo de sonhar.

Outra verdade (as verdades ditas aqui são só minhas) é que lembro mais dos bons tempos. Pois os tempos difíceis, superados com muito trampo, foram só aprendizado. O que marcou mesmo foi o tempo bom com pessoas queridas.

Há muito tempo, só quero saber do que pode dar certo, por não ter mais tempo a perder.

Pois é tempo livre de ser.

Há tempos, não somos mais tão jovens.

Mas não foi tempo perdido.

E como sinto falta de algumas coisas de outros tempos, uso as palavras de Mario Quintana: “A saudade é o que faz as coisas pararem no Tempo”.

Elton Tavares

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