Sobre quem deveria defender Direitos, quem deveria defender sua classe e os absurdos da vida

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Fotógrafa Márcia do Carmo

Sabem, algumas coisas ainda me impressionam nestes tempos de absurdos. Entre as coisas que prezo, como família e amigos, entre tantas outras que me são caras, estão essa nobre profissão de jornalista e a justiça. Vamos por partes, uma colega e amiga de trabalho, a fotógrafa Márcia do Carmo teve que pedir (sim, pedir) para receber pagamento por um trabalho executado. A instituição contratante é a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amapá (OAB/AP).

Aí, eu e alguns colegas da área, diante da postura da instituição de protelar a quitação da prestação de serviçabsurdoo, sensibilizados com a insensibilidade de tal instituição que agrega respeitados profissionais, segundo a Constituição Federal, indispensáveis à administração da Justiça, noticiamos o fato. Publicamos a nota da fotojornalista em nossos respectivos sites e blogs. Além dos que também o fizeram através das redes sociais Facebook e Twitter.

blogue-imprensa-liberdade-de-imprensaSe a reivindicação pública de pagamento de um serviço prestado, direcionada à uma instituição tão respeitada já não fosse demais da conta, a OAB em sua lógica reversa, negou o débito e mandou avisar (pasmem) pela presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amapá (Sindjor/AP), que irá interpelar os jornalistas que noticiaram a “cobrança” da fotógrafa. Dentro deste contexto existem três aberrações: a Ordem se esquivar de pagar, já que a profissional está documentada e possui testemunhas; a ameaçlutara da instituição a mim e aos colegas que reproduziram um FATO e por fim, não menos ridículo, a total omissão do Sindjor para com essa situação.

Vale ressaltar que Márcia do Carmo é uma fotógrafa de grande respeitabilidade profissional. Não se trata de uma simples discordância, choque de idéias, briga política, guerra egocêntrica ou problema pessoal com quer que seja. Mas sim uma surpreendente ejornalgemas-0-comissao-nacional-da-Unesco triste cadeia de acontecimentos atrozes em série.

Quando perguntam qual a minha profissão, digo que sou jornalista, assessor de comunicação e editor de um site, mas que, um dia, gostaria de ser escritor. E acredito mesmo ser um bom profissional. Além do mais, sem nenhuma modéstia, digo-vos: sou honesto, responsável e não sou covarde.censura1

Não sou nenhum moleque de recados, puxa saco ou profissional cuja palavra é um risco na água. E exijo respeito e comprometimento, assim como sempre fiz.

Portanto, que a OAB interpele, processe, exerça seu “jus esperniandi“, bata o pé e faça bico, mas pague sua dívida. Confio na Justiça e afirmeu-nao-sei-o-que-e-pior-julgar-nao-ter-senso-de-humor-ou-ser-covarde1o que irão perder, pois não inventei nada escrito aqui.

Sobre o Sindjor, não faço mais parte e irei apoiar uma chapa dissidente na próxima eleição do Sindicato, pois essa aí só serve pra marcar café da manhã, encontros sociais e outras futilidades, mas que na hora de brigar por direitos do jornalista, se omite. O correto seria a nossa associação de classe se posicionar, pisar na beira, dizer: aqui não, violão! Ao invés dissoCovardes, a entidade está inerte, acovardada e calada. Mas como disse o escritor alemão Franz Kafka em um de seus contos: “existem “bestas-feras”, que detonam tudo, ferram com a sua vida. Mas que mesmo sendo feras, não deixam de ser bestas”. É bem por aí.

Não é uma situação no mínimo asquerosa? Parece um conto difuso, abstrato mal ajambrado e horroroso onde o mocinho se torna vilão no meio e pensam que não haverá final feliz para a parte oprimida. Ledo engano.13567231_1355040194526161_7789927641550300432_n

Apesar do esforço descomunal de distorcer o FATO, alguns vaidosos senhores serão desmentidos publicamente e nacionalmente. Estamos alinhados e preparados. E garanto: a bicuda será no ângulo e o gol é certo. Somos mais audazes do que imaginavam alguns doutores e estamos nessa de corpo, alma e coração. Jornalistas uniu-vos, vamos à luta!

Elton Tavares

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