Por Fabiana Figueiredo
Um ator e diretor pernambucano, que mora há mais de 30 anos no Amapá, foi destaque em um livro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que reconhece os mestres do teatro de bonecos em todo o país. Aguinaldo José Gomes de Mélo, o Mestre Guiga, de 59 anos, acredita que o registo é o reconhecimento dessa arte de contar histórias, que resiste ao passar dos anos.
“Nós que fazemos a arte de bonecos somos a resistência. Passam governos, políticas, mas o teatro de bonecos se mantem vivo. É interessante porque ele está retomando o Brasil de novo. E o teatro de bonecos tem uma importância fundamental para a educação, para a história do Brasil”, descreveu o mestre.
Guiga aprendeu a arte de contar histórias através dos fantoches com outros mestres nordestinos. Eles também são reconhecidos no livro “Teatro de Bonecos Popular do Nordeste”, que premiou 40 artistas que marcaram a história dessa manifestação cultural.
“Nesse livro existem grandes mestres do teatro de bonecos do Brasil e alguns foram meus mestres. Eu sou o mais novo do livro, a maioria tem muito mais tempo de trabalho do que eu. Então é muito prazeroso ter participado disso, mesmo morando aqui no Amapá há mais de 30 anos”, comentou.
Nascido em Pernambuco, Mélo começou a produzir os bonecos e montar as histórias ainda jovem. Em Macapá, o mestre usa a arte principalmente para alegrar e passar ensinamentos a crianças de várias idades, entre os da cidade e ribeirinhos.
“O interesse é divulgar cada vez mais o teatro de bonecos já que a gente tem um registro em livro. Eu acho que o Iphan deve entregar esse livro para escolas, bibliotecas, e continuar o trabalho, e é muito legal fazer com que essa arte continue”, finalizou Guiga.
*Com informações da Rede Amazônica no Amapá.
Fonte: G1 Amapá