Teatro: Cia. amapaense Ói Nóiz Akí recebe em Macapá o projeto ”MARIA CUTIA rumo ao norte’

Fruto da parceria entre a Cia. amapaense Ói Nóiz Akí e o grupo mineiro Maria Cutia, chega a Macapá o projeto ”MARIA CUTIA rumo ao norte”. Até aqui, eles já passaram por Porto Velho, Boa Vista e Manaus. Dia 20 de novembro aterrissam em Macapá com os seus três espetáculos de repertório : COMO A GENTE GOSTA, CONCERTO EM RÉ e NA RODA. Todos os espetáculo são de rua, tornando-os acessível para todo e qualquer público. 

MARIA CUTIA

O Grupo Maria Cutia foi criado em 2006, na cidade de Belo Horizonte. Seus trabalhos, inicialmente, contemplavam mais as músicas regionais, o resgate de brincadeiras populares e o teatro de rua em sua forma mais arcaica, sem grandes cenários ou armações. Com o passar dos anos, foi estruturando-se como uma companhia de teatro que mistura gêneros, linguagens, cultivando pesquisa própria, a qual denomina de música-em-cena.

Alicerçando sua produção na música (em todos os espetáculos do grupo ela é integralmente executada ao vivo pelos atores) e na improvisação permitida pelo jogo do palhaço e da máscara, mescla o regional/popular com a mistura de gêneros rítmicos e de interpretação.

Durante essa intensa escavação cênica, outras linguagens foram se incorporando e consolidando como importante foco de experimentação do grupo. Ao trabalhar com diversos profissionais, como os diretores argentinos Raquel Sokolowicz e Marcelo Savignone, José Regino Oliveira (de Brasília), os palhaços europeus Jeannick Dupont e Johnny Melville, além de Ésio Magalhães, Alice Viveiros de Castro, Márcio Ballas,  Adelvane Néia, Ana Luisa Cardoso, Grupo Galpão, Clowns de Shakespeare, Grupo Teatro XIX, Os Satyros, Ói Nois Aqui Traveiz, dentre outros, construiu um arcabouço teórico/prático bastante extenso sobre a interpretação teatral e, mais especificamente, a da figura do palhaço.

A pesquisa com a máscara expressiva é iniciada ainda no curso profissionalizante do Teatro Universitário da UFMG (T.U.) – na qual Fernando Linares ocupa a cadeira de Interpretação Dramática. Desenvolvendo experimentações com as máscaras neutra, larvária, inteira de olhos pintados, balinesa, da Commedia Dell´arte e das expressivas, pôde estender esse trabalho, principiado com Linares, para dentro do grupo. Neste momento, inicia investigações com a máscara expressiva também com outros profissionais como Marcelo Savignone e Ésio Magalhães. Ainda sob o impacto de tais referências, inicia sua própria pesquisa, confeccionando máscaras e levando-as para a experimentação na rua com o público.

Atualmente, o grupo alicerça seus pensamentos, questões e experimentos dentro do universo dessas três artes: amúsica-em-cena; a máscara expressiva; e o palhaço; acreditando que vários aspectos de representação se aproximam e dialogam entre essas linguagens.

COMO A GENTE GOSTA
Exilados pelo novo duque, Rosalinda e Orlando são obrigados a deixar a corte. Ela foge acompanhada por sua prima Célia e, para se protegerem dos perigos da floresta, Célia se disfarça da camponesa Aliena e Rosalinda do jovem Ganimedes. Na floresta de Arden, Rosalinda – como Ganimedes – brinca com seu enamorado Orlando, fazendo-o imaginar que ela (travestida de homem!) fosse de verdade sua amada e lhe dá lições de como se curar da febre do amor. Célia se apaixona por Oliver – irmão mais velho de Orlando que vai até a floresta em busca de seu irmão – e Oliver por Aliena (o disfarce de Célia). Pela floresta, também encontramos Sílvio devotadamente apaixonado pela pastora Febe – que se enamora por Ganimedes, sem saber que ele é de fato uma mulher. Rosalinda, no meio deste qüiproquó de amores, tece sua trama para resolver toda a confusão desta ciranda de paixões, numa peça como a gente gosta.

Concerto em Ré
A famosa banda Maracutaia apresenta para seu grande público um show inesquecível. De traz pra frente, esse showzão começa no bis e acaba na passagem de som. No repertório, canções de palavras doces, que retratam o universo das mulheres e dos homens, além de cantar sobre nosso mundo Real (suas tartarugas, araras, micos, onças e garoupas). Na bateria, Marmota – a baterista de coração arritimado; no baixo e violão, Tadeu (e um charme que é só seu!); na guitarra, com seu grande topete, Felim; e no vocal, aquela que veio pra cantar todos os seus admiradores, Begônia – uma flor em pessoa.

NA RODA
A história de um menino sem nome, a opereta de Martim e Mariana e sua grande banda, a música de uma fazenda e de seus animais são contadas e cantadas ora por palhaços, ora por máscaras expressivas, ora por atores brincantes em contínuo diálogo com o público que, ao final, entra na roda e brinca também. Espetáculo brincante com repertório de canções colhidas no Vale do Jequitinhonha e no norte de Minas.

Agenda do grupo Dia 22 (quinta) – de 14h às 18h – oficina brincante na Sede do Conselho de Cultura em Macapá/AP. Dia 23 (sexta) – 18h – CONCERTO EM RÉ na Praça da Bandeira em Macapá/AP. Dia 24 (sábado) – 19h – COMO A GENTE GOSTA na Casa do Artesão em Macapá/AP. Dia 25 (domingo) – 18h – NA RODA na Casa do Artesão em Macapá/AP.

Dan Alves, do Ói Nóiz Akí
  • Agenda do grupo

    Dia 22 (quinta) – de 14h às 18h – oficina brincante na Sede do Conselho de Cultura em Macapá/AP.

    Dia 23 (sexta) – 18h – CONCERTO EM RÉ na Praça da Bandeira em Macapá/AP.

    Dia 24 (sábado) – 19h – COMO A GENTE GOSTA na Casa do Artesão em Macapá/AP.

    Dia 25 (domingo) – 18h – NA RODA na Casa do Artesão em Macapá/AP.

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