TJAP e MP consolidam nova cooperação para compartilhamento de acesso à internet em comarcas do interior

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Com o objetivo de compensar as limitações características do Estado na oferta de serviços de acesso à Internet sem aumentar as despesas para a instituição, o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP) e o Ministério Público Estadual do Amapá (MP-AP) acabam de estreitar ainda mais sua tradicional cooperação. Unidades Judiciais do interior do Estado, como as comarcas de Laranjal do Jari e Oiapoque, poderão, a partir de agora, compartilhar seu link de dados.

Segundo o Diretor do Departamento de Informática e Telecomunicações do TJAP, Genner Moreira, se os usuários particulares, que usam menor fluxo de dados, têm problemas, instituições grandes como o TJAP e o MP sentem ainda mais essa limitação. “Com este maior aproveitamento de uma ligação em rede que já possuímos, poderemos compartilhar nosso acesso com o MP quando seu meio de comunicação falhar, e vice versa”, explica.

No caso específico de Laranjal do Jari, o link da comarca é inferior ao do MP em termos de velocidade e possui mais ocorrências de queda de acesso que o MP, mas em Oiapoque acontece o inverso. “Desta forma, um contribui com o outro e, assim, garantimos o atendimento ao público com menos interrupções, causadas por limitações técnicas”, complementa o diretor de Informática do TJAP.

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No momento, a parceria específica contempla estas duas comarcas, mas outras podem ser incluídas a partir de estudos que estão sendo realizados. “Entre elas, há possibilidade de incluir futuramente as comarcas de Porto Grande, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho e Calçoene”, acrescenta.

Tendo em vista que diversas instituições são ocasionalmente afetadas pelos mesmos problemas, o diretor do Departamento de Informática e Telecomunicações ressalta que outras cooperações podem ser fechadas com objetivos semelhantes.

Já estamos em contato com o Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap), com o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amapá (TRE-AP) e com a Universidade Federal do Estado do Amapá (UNIFAP), verificando a viabilidade de ampliar essa rede de auxílio mútuo”, complementa.

Perguntado sobre até que ponto uma rede interligada não criaria uma vulnerabilidade, expondo os integrantes a eventuais ataques de hackers, por exemplo, Genner Moreira tranquiliza: “o acesso que cada instituição terá aos dados das outras vai ser restrito a informações autorizadas, cada uma com suas devidas”.

Armazenamento compartilhado de dados

Além da cooperação contemplando o link de acesso compartilhado à internet, o TJAP também trabalha atualmente no processo de compartilhamento de infraestruturas de armazenamento de dados. Segundo Genner Moreira, o TJAP tem atualmente três grandes fatores “consumidores de espaço”: a virtualização da justiça – que implica na gravação de áudios e vídeos, as imagens de videomonitoramento de audiências e as cópias de segurança (backups).

Com o crescente, e até explosivo, consumo de espaço de armazenamento, a tendência é gerar um igualmente crescente investimento em estrutura que o contemple. “No contexto atual, procuramos soluções criativas e que proporcionem a segurança, especialmente dos nossos backups. Desta forma, o Judiciário hoje pretende manter três cópias de segurança de seus dados: uma nos próprios servidores (hardware) do TJAP, uma em estrutura de parceiros e outra, futuramente, em nuvem privada”, explica o diretor de informática e telecomunicações do TJAP.

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Genner Moreira

A “nuvem”, que seria um espaço de armazenamento externo hospedado em servidores informáticos de terceiros, ainda segue em estudos, pois pode tanto ser por um contrato direto do TJAP (nuvem privada contratada) como também por uma nuvem fornecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – uma proposta ainda em vias de concretização.

O uso desse recurso é fundamental não apenas pela simples segurança de dados (difíceis de recuperar e obrigando a refazer audiências, decisões etc.), mas por todo um incalculável prejuízo que seria gerado em cascata para toda a sociedade em uma eventual falha”, preocupa-se Genner Moreira.

Assessoria de Comunicação TJAP

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