Tragédia do Novo Amapá completa 33 anos


Era noite de 6 de Janeiro de 1981, quando o barco ribeirinho Novo Amapá naufragou na foz do rio Cajari, próximo ao município de Monte Dourado (PA), levando as águas mais de seiscentas pessoas. Trezentas destas perderam a vida e dezenas passaram horas de pânico e desespero, imersas na água e na escuridão.

A embarcação, com suporte para transportar no Máximo 400 pessoas e meia tonelada de mercadoria, partiu do Porto de Santana com mais de 600 passageiros e quase um tonelada de carga comercial. Seu destino era o município interiorano de Monte Dourado, com escala em Laranjal do Jari. 

A lista de passageiros, segundo a Capitania dos Portos na época, tinha registrado cerca de 150 pessoas licenciadas pelo despachante Osvaldo Nazaré Colares. Mas na embarcação havia mais de 600 vidas. O despachante (falecido em abril de 2001, vitima de Dengue Hemorrágica) afirmou que só foi informado da tal lista após já ter partido há certas horas e que a lista foi deixada sob sua mesa, quando ele estava ausente.

Segundo a lista da Capitania dos Portos do extinto Território Federal do Amapá, cerca de 650 pessoas embarcaram no Novo Amapá e menos de 180 puderam sobreviver. 

O fato entrou em processo jurídico um ano depois da tragédia o advogado Pedro Petcov assumiu o caso, rolando pela Justiça federal por quase 15 anos. Após a morte do advogado em 1996, o caso foi arquivado sem ter alcançado o principal objetivo: indenizar os familiares das vitimas mortas e os sobreviventes. 

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