Um brinquedinho para Trump – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

O twitteiro-mor da Casa Branca domina o mundo para ridicularizá-lo (putz! Que difícil esta palavra! Tentei falar enquanto escrevia e quase desisti).

O cara tem topete, além do topete mesmo, e quer puxar o tapete de todo mundo (admito que este trocadilho é brabo, mas o que não é brabo hoje em dia?).

Na verdade, (para quem tenta compreender e para quem já desistiu), o Trump, como representante da maior potência mundial, representa muito bem esse tipo de ser humano (supondo, claro, que se trate de um ser humano). Aquele que não tem o menor resquício de respeito pelos outros habitantes da Terra, planeta que Trump tenta destruir. Aquele sujeito que não perde a oportunidade de alfinetar seus semelhantes com toda sorte de recados mal-educados, que revida a qualquer provocação, que arrota sua arrogância diariamente nas tais redes sociais.

Parecia que o Bush Segundo seria o ápice da intransigência e da prepotência de que é revestida a maioria dos presidentes dos Estados Unidos. Não é que ele foi superado pelo ocupante atual do trono (leia-se vaso sanitário) da Casa Branca?

O Donald Trump parece aquele garoto otário dono da bola, a exigir que o resto da turma tenha que engolir todas as regras que ele inventa para ser sempre o vencedor. É uma criança mimada alçada a um posto muito alto e não duvido muito que, numa dessas reuniões de líderes mundiais, ele pregue chiclete na cadeira de algum presidente ou primeiro-ministro, faça escândalo se não o deixarem falar primeiro do que uma mulher, passe uma rasteira no garçom ou se irrite com a cor da toalha da mesa. E se não forem acatadas todas as suas vontades, ele vai fazer mais beicinho do que já é natural e despejar sua vingança em falácias e bravatas enviadas via Twitter.

Tomara que ele arranje logo um brinquedo novo, talvez um hand spinner bem fodão, com todo o aparato tecnológico a que a ciência atual foi capaz de chegar. Meu medo é que ele queira disputar com seu colega da Coreia do Norte, também acometido da mesma imaturidade crônica, quem é capaz de mostrar ao mundo, de forma calamitosa, quem é o dono do brinquedo mais perigoso.

 

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