A mesa diretora da Câmara de Vereadores de Oiapoque, no extremo Norte do Amapá, declarou nesta terça-feira (4) extinto o mandato de vice-prefeito do município, ocupado pelo indígena Erlis Karipunas (PSB), e declarou o cargo vago.
O legislativo alegou que a função é de dedicação exclusiva e que Erlis deveria ter se desincompatibilizado do cargo de professor da rede estadual, o qual ocupava antes de se eleger em 2016. Com a extinção, o município deixa de ter um vice-prefeito até o próximo mandato em 2021.
À Rede Amazônica, o vice-prefeito disse que está sofrendo retaliação política e que desconhecia algum impedimento legal para continuar trabalhando como professor.
Disse ainda que vai consultar a assessoria jurídica pra avaliar a melhor forma de recorrer contra essa decisão.
A Câmara decidiu pela saída de Karipunas após denúncia enviada ao Legislativo que apontou a dupla função do político, que teria acumulado os salários de professor e vice-prefeito, recebendo indevidamente mais R$ 170 mil nesse período.
Segundo o decreto legislativo, o vice-prefeito deveria optar por uma das duas remunerações, que juntas somam mais de R$ 8 mil mensais.
Erlis Karipunas assumiu em julho por cerca de um mês a gestão de Oiapoque, quando a prefeita Maria Orlanda (PSDB) foi afastada depois de uma operação da Polícia Federal que investigou o suposto desvio de remédios e de testes pra diagnóstico da Covid-19.
Fonte: G1 Amapá