Ontem (8), durante o segundo natal de amapaenses e paraenses (na verdade, em Belém (PA) e aqui tem mais religiosidade durante o Círio do que no Natal), rolou o almoço de Círio na casa da vó Peró. Quem me conhece sabe, não possuo um comportamento politicamente correto, mas tem duas coisas que são primordiais para mim: a minha família e o meu trabalho.
Fazia tempo que a gente não reunia na casa da vovó e eu tava com uma baita saudade desses encontros.
O mais legal é que essas reuniões colorem nossas vidas. Nelas, nem todo muito bebe e nem todo mundo samba, mas consertamos o mundo, reinventamos a vida, conversamos sobre assuntos diversos, até inusitados. Além de muita memória afetiva (lembranças bacanas do vovô e papai, que já viraram saudade), brincadeiras, boa comida, ótima música e, é claro, cerveja pra caramba!
Outra coisa bacana é que lá o papo é sincero e sem hierarquia. Nos posicionamos sobre o contexto atual do país, Amapá, mundo e nosso micromundo também conhecido como “Macapá”. Não somos “bonzinhos”, mas tentamos ser justos. Até brincamos com nossas imperfeições.
Me orgulho de nortear minha vida pelos princípios aprendidos com minha mãe, pai, tios tias e avós paternos. Garanto que, apesar das maluquices que cometo, preservo a retidão do meu caráter, a exemplo dessas pessoas, fundamentais na minha vida.
Meu falecido pai, Zé Penha (meu super-herói absoluto!), primogênito do vô João disse-me uma vez: “é preciso dizer que você ama as pessoas em vida, pois depois que elas partem, já era”. Assim fazemos a cada encontro desses. É sempre emocionante!
E olha que falamos de tudo. Desde temas tidos como polêmicos em muitas rodas como política, orientação sexual, religião, futebol. E outros bem inspiradores, como literatura, cinema, além de bobagens legais.
Bom, é assim. Seguimos com amor mútuo. Ah, não só no Círio, mas sempre. A gente se junta, se ama e é feliz! Boa semana pra todos nós. Principalmente, para minha família.
Elton Tavares