Governo do Amapá leva planetário móvel com simulações realistas sobre astronomia para mais de 500 moradores de Oiapoque

O Governo do Amapá alcançou mais de 500 moradores do município de Oiapoque, no extremo norte do estado, com sessões no planetário digital móvel, uma estrutura que permite aos visitantes aprender mais sobre astronomia, a ciência que estuda os corpos celestes. A ação busca popularizar o conhecimento científico entre a população amapaense.

O planetário é composto por uma cúpula inflável, um projetor altamente tecnológico que possibilita a sensação de realidade aumentada em 360°, caixa de som e ar-condicionado portátil. A ação aconteceu de 9 a 11 de novembro, sob coordenação da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).

A primeira instituição de ensino da cidade a receber a estrutura foi a Universidade Federal do Amapá (Unifap), no Campus Binacional, onde mais de 70 pessoas puderam ter uma experiência imersiva sobre astronomia.

Com o planetário tão perto, a acadêmica Juliane Rodrigues, do curso de pedagogia, não perdeu a oportunidade e participou de uma das sessões.

“O planetário é uma novidade maravilhosa que nós, aqui de Oiapoque, ainda não tínhamos tido a oportunidade de ter acesso. Depois de acompanhar uma das sessões, eu fiquei maravilhada, parece que a gente se transporta para o espaço mesmo”, contou a estudante.

Mais de 220 alunos da Escola Estadual Duque de Caxias, no distrito militar de Clevelândia do Norte, também tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura, durante a programação da 4ª Feira das Ciências Ducaxias.

“A feira é um evento que a gente realiza para estimular e divulgar atividades e projetos científicos de todas as disciplinas, envolvendo todas as instituições de ensino de Oiapoque, que hoje foram presenteadas com a vinda do planetário”, detalhou o diretor da Duque de Caxias, Aldo Pantoja de Souza.

A novidade também alcançou mais de 200 alunos da Escola Estadual Joaquim Nabuco, onde as crianças e adolescentes puderam embarcar em verdadeiras viagens pelo espaço por meio de simulações realistas realizadas no equipamento.

“Esse trabalho itinerante de levar o planetário para municípios do interior tem como objetivo atingir a meta de popularizar a ciência e o conhecimento científico entre a população amapaense”, destacou Paulo França, coordenador de Tecnologia e Inovação da Setec.

Ciência e educação

O Governo do Amapá levou o planetário para a 52ª Expofeira, como uma das atrações disponíveis. A estrutura também já passou pelas escolas estaduais Esther Virgolino e Maria do Carmo Viana dos Anjos, na capital, e fez parte da programação de aniversário de 122 anos da cidade de Amapá.

A estrutura foi adquirida por meio de emenda parlamentar de R$ 1 milhão, articulada pelo ex-deputado federal Luiz Carlos. Com o recurso, a Setec já comprou dois planetários móveis, em um investimento de R$ 392 mil. Com o restante do valor, a secretaria estuda adquirir um equipamento fixo, que poderá ser instalado em Macapá.

Texto: Kelison Neves
Foto: Kelison Neves/Setec
Secretaria de Estado da Comunicação

Poesia de agora: O eclipse – Bruno Muniz

O eclipse de ontem (14/10/2023) – Foto: Márcia do Carmo

O eclipse

Aí o sol foi ficando moreno,
foi ficando pequeno,
e se mudou pra lua.
Aí não tinha mais o dia,
nem existia a noite;
tinha o sereno queimando na pele.
Aí são Jorge ficou nu,
a primavera dava manga,
chovia margarida.
Então eu comprei um óculos de lua
e fui à praia vazia;
conheci tanta gente legal!

Mas de tanto calor,
a lua se cansou:
– Você tá me sufocando.
– És tão bela, pena que acordas a cada dia numa fase diferente.
E o sol decidiu se mudar.
Então a lua fez-se cheia, minguante, crescente;
se enfeitou de estrelas,
mas o amor ja tinha se partido.
Nessa partilha,
não se sabe ao certo
quem foi mais triste ou mais alegre.
Sabe-se que esse amor eterno
se acabou na primeira manhã minguante.
Vai ver que de certo na vida,
sejam só as noites;
sejam só os dias;
mas se um eclipse te aparecer,
aproveita.
Vai ver só vai acontecer de novo daqui a cem mil anos.
Vai ver o segredo do ser-pra-sempre
possa estar escondido
entre a humildade de nos reconhecermos frágeis
e a vaidade de sermos tão fortes,
mas tão dependentes da felicidade.

Bruno Muniz

Eclipse Solar Anular poderá ser observado no Monumento Marco Zero do Equador neste sábado, 14

O Governo do Amapá promove neste sábado, 14, a partir das 14h30, no Monumento Marco Zero do Equador, mais uma edição do projeto “Observando no Meio do Mundo”, desenvolvido pelo Clube de Astronomia Mirzam, para acompanhar o eclipse solar anular, que vai possibilitar aos amapaenses, a visão parcial de 70% do sol sendo encoberto pela lua.

A sessão de observação do espetáculo astronômico, que contará com estudantes e especialistas, será coordenada pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur), com participação do Clube Mirzam e Clube de Física da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

O eclipse solar anular é um fenômeno no qual Terra, Lua e Sol se alinham de tal maneira que o diâmetro aparente da Lua é menor que o do Sol, criando uma ilusão de um anel solar.

Para garantir que o público desfrute do eclipse com segurança, a transmissão também será realizada por meio de dois telescópios, que vão exibir as imagens em um grande telão. Os organizadores ressaltam a importância de utilizar filtros específicos para a observação a “olho nu”, para evitar qualquer dano à visão.

A chefe da Divisão de Operacionalização de Projetos Especiais da Setur, Karla Carvalho, reforçou que o Monumento Marco Zero do Equador foi criado com base em uma evidência geográfica e astronômica, portanto, é o local ideal para esse tipo de programação.

“O Governo do Estado está sempre incentivando eventos que possam alinhar cultura, educação, pesquisa e turismo para a população e o cenário mais apropriado para isso, é o Monumento Marco Zero, por onde passa a Linha do Equador”, disse Karla.

O projeto

O projeto “Observando no Meio do Mundo”, atrai estudantes, pesquisadores e pessoas que se interessam por astronomia e costuma ser sucesso de público. O presidente do Mirzam, Germán Javier, explicou que após quatro anos, as atividades do Clube retornam com o mesmo intuito, de difundir e popularizar a astronomia.

“O que a gente quer é despertar o interesse nas pessoas e levar o conhecimento que a gente tem sobre o assunto para incentivar estudos e pesquisas na área de astronomia. A partir dos eventos a gente aproxima a população e chega mais perto do nosso objetivo”, disse Javier.

Clube Mirzam

Fundado em 2013, o Mirzam vem desde então desenvolvendo ações que contribuem para o fortalecimento do turismo no Estado. O Clube, que surgiu a partir da idealização de jovens estudantes, já realizou vários eventos envolvendo astronomia e ciência, no Meio do Mundo.

O retorno em 2023, com apoio do Governo do Estado, depois de quatro anos sem realizar ações, trouxe novamente para a população amapaense a oportunidade de contato mais direto com assuntos referentes à astronomia.

Texto: Cristiane Nascimento
Foto: Maksuel Martins/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Fenômeno ‘eclipse solar anular’ acontece neste sábado e pode ser visto parcialmente no AP

O fenômeno astronômico acontece neste sábado (14) a partir das 15h40 no horário de Brasília. ele poderá ser visto parcialmente no Amapá mas o dia não vai escurecer. Isso ocorre devido ao posicionamento da lua entre o sol e a terra, o que deixa os astros simétricos pelo tamanho aparente ser o mesmo.

É possível observar o sol por traz da lua como um “anel de fogo” em sua volta. Em algumas ocasiões, acontece a escuridão total, em que a sombra da lua irá escurecer o céu no período da tarde, isso acontecerá em diversas regiões do norte e nordeste. A previsão para o próximo eclipse solar anular é em outubro de 2024.

Segundo o meteorologista Jefferson Vilhena, o Estado do Amapá não passará pelo período de escuridão total por estar fora da área de umbra, que é a parte mais escura e central da sombra.

“Temos a umbra e a penumbra, nós estamos localizados na penumbra, teremos cerca de 95% de visibilidade do fenômeno, mas não vamos ficar no escuro durante a tarde”, disse.

Aprecie o fenômeno com cuidado, pois olhar diretamente para o eclipse pode trazer danos irreversíveis à saúde dos olhos, podendo até queimar as córneas.

O que utilizar para observar:

Óculos com filtros para eclipses solares
Telescópios de observação solar com filtros especializados
Vidros de solda com filtro 14 ou superior

O que evitar:

Óculos de sol
Chapas de raios-X
Fundo de garrafa
Filmes negativos de fotografia

Fonte: G1 Amapá

Governo do Amapá monta planetário com simulações realistas do céu noturno na 52ª Expofeira

O Governo do Amapá montou um planetário móvel digital na 52ª Expofeira para oportunizar ao público ampliar os conhecimentos sobre astronomia durante a programação, que começa na sexta-feira, 29, no Parque de Exposições da Fazendinha, na capital. Com a estrutura, o objetivo é atender, especialmente, estudantes da rede pública.

O planetário é composto por uma cúpula inflável, um projetor altamente tecnológico que possibilita a sensação de realidade aumentada em 360°, caixa de som, ar-condicionado portátil e capacidade para comportar até 35 pessoas por sessão. No ambiente, haverá palestras e simulações realistas do céu noturno. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).

“Levar um planetário para a 52ª Expofeira é muito significativo neste retorno do evento, pois é inovação pura que o Governo do Estado coloca à disposição da população amapaense, que, com certeza vai sair de lá com outra visão e entendimento sobre os corpos celestes”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia, Edivan Andrade.

Com essa estrutura, a ideia é possibilitar aos alunos uma experiência imersiva única, que terá uma duração média de 30 minutos. As sessões para os estudantes ocorrerão das 9h às 11h e das 16h às 18h. Os demais visitantes da feira poderão visitar o planetário das 19h às 22h.

A expectativa é de que mais de 1,4 mil pessoas passem pelo planetário até o fim da maior feira de negócios do Amapá, que está de volta após quase dez anos.

Ciência e inclusão

As atividades no planetário vão iniciar na quinta-feira, 28, um dia antes da abertura oficial da 52ª Expofeira do Amapá, com uma sessão especial voltada para pessoas com deficiência atendidas pelo Centro Educacional Raimundo Nonato Dias Rodrigues, Centro de Altas Habilidades e Centro de Atendimento ao Surdo.

O planetário foi adquirido por meio de emenda parlamentar de R$ 1 milhão, articulada pelo ex-deputado federal Luiz Carlos.

Com o recurso, a secretaria já comprou dois planetários móveis, em um investimento de R$ 392 mil. Com o restante do valor, a Setec estuda adquirir um equipamento fixo, que poderá ser instalado em Macapá.

Texto: Kelison Neves
Foto: Divulgação.Fulldome Planetário
Secretaria de Estado da Comunicação

Equinócio da Primavera terá observações astronômicas e atrações culturais no monumento Marco Zero

O Governo do Amapá promove neste sábado, 23, a programação do Equinócio da Primavera 2023, no monumento Marco Zero do Equador, em Macapá, com visitas monitoradas e atrações culturais, como apresentações de marabaixo, batuque e exposições artísticas. A partir das 19h, haverá observação astronômica com o Clube Mirzam.

A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) é responsável pela organização do evento que marca a chegada da estação da primavera no hemisfério sul e do outono no hemisfério norte. O fenômeno atrai diversos visitantes e turistas ao monumento, que é um dos principais pontos turísticos do Estado.

“O Equinócio já faz parte do calendário de eventos do estado. Esse ano, a programação vai contar com visitas monitoradas, oficinas de astronomia, gastronomia, observação da lua com telescópios, apresentações culturais, lançamento da edição especial da HQ do Capitão Açaí, caricaturas personalizadas, venda e exposição de artesanato”, pontuou a secretária de Turismo, Anne Monte.

A programação contará com o Clube da Astronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap), que fará uma explicação ao público sobre os detalhes técnicos do fenômeno.

O Equinócio da Primavera é um fenômeno astronômico que costuma acontecer entre os dias 22 e 23 de setembro, quando o dia e a noite têm a mesma duração, com 12h cada. Este ano, o fenômeno acontece às 3h50.

Confira a programação do Equinócio da Primavera 2023

Sábado, 23

14h – Oficina do Clube da Astronomia, rapel, abertura dos empreendimentos gastronômicos, Dj Orey;

15h – Tio Samuca: animação e pintura de rosto, Marabaixo Torrão do Matapi;

16h – Capoeira Manancial, Vem Jogar pra Ilha, início da transmissão da rádio Difusora;

16h30 – Dj Suly;

17h – Início do controle de acesso ao terraço, cortejo teatral,

Exposições: Ronaldo Rony (HQ Capitão Açaí); Grupo Urucum; Da Gama (caricatura);

18h – Batuque Malocão do Pedrão;

19h – Início da observação com telescópios: Clube de Astronomia Mirzam; Cafu Rota Samba;

20h – Judas Sacaca;

21h – Deize Pinheiro.

Texto: Luan Rodrigues .Colaboradores: Cristiane Nascimento
Foto: Arquivo/Secom
Secretaria de Estado da Comunicação

Equinócio da Primavera terá Clube da Astronomia e atrações culturais no monumento Marco Zero

O Governo do Amapá promove neste sábado, 23, a programação do Equinócio da Primavera 2023, no monumento Marco Zero do Equador, em Macapá. O evento marca a chegada da estação da primavera no hemisfério sul e do outono no hemisfério norte.

A programação contará com o Clube da Astronomia, para explicar ao público os detalhes do fenômeno. Também haverá oficina de gastronomia, com incentivo ao empreendedorismo, e atrações culturais.

O Equinócio da Primavera é um fenômeno astronômico que costuma acontecer entre os dias 22 e 23 de setembro, quando o dia e a noite têm a mesma duração, com 12h cada. No Amapá, o fenômeno atrai visitantes e turistas ao monumento, que é um dos principiais pontos turísticos do Estado.

Serviço:

SÁBADO, 23 DE SETEMBRO DE 2023
Hora: a partir das 14h
Local: Monumento Marco Zero, Rodovia Josmar Pinto, Zona Sul de Macapá

Texto: Vithória Barreto
Foto: Secom/GEA e Clube de Astronomia
Contato: (96) 8414-4088
Secretaria de Estado da Comunicação

‘Superlua azul’ atrai multidão ao monumento Marco Zero do Equador para observar fenômeno astronômico

Com o apoio do Governo do Amapá, o evento “Observando no Meio do Mundo” atraiu uma multidão para acompanhar o fenômeno ‘superlua azul’, no monumento Marco Zero, em Macapá. A ação foi organizada pelo Clube de Astronomia Mirzam e permitiu que a população observasse mais de perto o evento considerado raro e que só volta a acontecer daqui a 11 anos, em 2032.

Durante esse evento, a lua cheia se deu próxima ao perigeu, que é quando ela está a uma distância inferior a 360 mil quilômetros da Terra. Dessa forma, ela pôde ser vista até 14% maior do que o normal e 30% mais brilhante.

Para estudante de jornalismo Liliane Pereira, o “Observando no Meio do Mundo” proporcionou o seu primeiro contato com um telescópio.

“Foi encantador, sempre fui admiradora da Lua, e é muito mais linda do que vemos normalmente. Fiquei extremamente encantada com os detalhes, como se ela tivesse vários buraquinhos brilhantes e bem branquinha! Me senti plena com essa experiência”, disse a estudante.

A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) é reponsável pela administração do monumento. Para a gestora da pasta, Anne Monte, não haveria local melhor para receber essa ação.

“Já é habitual que o Marco Zero receba eventos relacionados à astronomia, como os equinócios das Águas e da Primavera, e a própria torre do Monumento é dedicada ao sol, então, nada mais justo receber um evento dedicado à lua. Sem contar que são muito proveitosas iniciativas como essa, que despertam a curiosidade sobre uma ciência tão interessante como a astronomia”, explicou a secretária Anne.

O presidente do Clube Mirzam, Germán Neto, acredita que o evento superou suas expectativas, atraindo um público maior do que o previsto, o que demonstra o interesse dos amapaenses pela astronomia.

“Nossa meta é fazer um evento para o eclipse solar que teremos dia 14 de outubro. Além disso, queremos começar a fazer atividades mensais na Mirzam. Geralmente utilizamos o período de janeiro a julho para atividades como palestras e oficinas e de julho a dezembro fazemos as observações, essa divisão acontece por causa do clima, onde temos menos tendência de nuvens e chuva”, disse Germán.

Texto: Luan Rodrigues
Foto: Maksuel Martins/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

‘Superlua azul’: clube do AP faz observação gratuita do raro evento astronômico nesta quarta-feira (30)

Por Rafael Aleixo

O Clube de Astronomia do Amapá Mirzam vai realizar nesta quarta-feira (30) uma sessão de observação da “superlua azul’, evento astronômico em que a Lua fica mais próxima da Terra. O evento, que ocorrerá das 19h às 21h no Monumento Marco Zero do Equador, na Zona Sul de Macapá, é gratuito e aberto a todos os públicos.

O evento “Observando no Meio do Mundo” marca o retorno das observações do clube, que completa 10 anos em 2023. De acordo com o coordenador do projeto, Germán Javier Neto, os telescópios estarão disponíveis para pessoas de todas as idades.

“Nosso foco sempre foi esse, observações e palestras para promover esse contato com a astronomia e desenvolver o interesse do público. Em 2023 completamos 10 anos. Atualmente somos 6 pessoas envolvidas, entre professores e engenheiros”, disse o coordenador.

Clube de Astronomia do Amapá Mirzam

Mirzam é como é conhecida a estrela β Canis Majoris, a segunda estrela mais brilhante da constelação do Cão Maior. A escolha do nome para o clube se deu pelo fato de Mirzam ser a estrela que representa o Amapá no desenho da bandeira do Brasil.

‘Superlua azul’

A primeira superlua deste mês ocorreu no dia 1º de agosto, a chamada “Superlua de Esturjão”. Mas a lua estará ainda mais próxima na noite desta quarta-feira (30) – a cerca de 357.344 quilômetros de distância. Por ser a segunda lua cheia no mesmo mês, ela leva o nome de lua azul.

A última vez que duas superluas completas apareceram no céu no mesmo mês foi em 2018. Isso não acontecerá novamente até 2037.

Fonte: G1 Amapá.

Pesquisa aponta relação de técnicas astronômicas usadas há 2 mil anos na Amazônia com outras civilizações

Por Rafael Aleixo

Um artigo científico publicado no início desde mês apresentou os resultados de uma pesquisa que analisou as técnicas aplicadas por indígenas há cerca de 2 mil anos para a construção de um observatório astronômico na Amazônia. A pesquisa durou 14 anos e ocorreu no Parque Arqueológico do Solstício, no município de Calçoene, no Norte do Amapá.

O artigo Cartografia de técnicas arqueoastronômicas no cromlech equinocial de Calçoene, produzido pelo pesquisador Olavo Facundes, identificou as técnicas de observação astronômicas uadas no sítio sob a perspectiva da astronomia acadêmica atual.

Uma hipótese levantada pelo pesquisador indica que as técnicas usadas no Amapá coincidem com observatórios construídos por outras civilizações que habitaram a América.

“Existe a hipótese de que os indígenas na Amazônia tivessem algum tipo de contato com outras civilizações como as dos Incas ou Astecas, que tinham um domínio melhor sobre a observação astronômica na ápoca”, disse Fagundes.

No local, também conhecido como “Stonehenge da Amazônia”, há um conjunto de rochas fincadas no solo, que segundo pesquisadores foi utilizado para observações astronômicas e rituais funerários.

“A gente vê que os blocos de rochas não estão erguidos na vertical, mas estão inclinados. Essa inclinação tem um propósito de registrar exatamente os eventos principais, que são os equinócios, os solstícios e as horas do dia também. E foram colocados de uma forma muito precisa, que pode ter levado muitos anos”, explicou o cientista.

Fagundes explicou que a construção do observatório pode ter ocorrido durante muitos anos, por conta das grandes rochas e também das observações, já que os fenômenos do equinócio e do solstício ocorrem em poucos períodos do ano.

O pesquisador também informou que a precisão das inclinações das rochas fazem com que a observação de ambos os fenômenos seja possível durante duas vezes ao dia, na data de ocorrência de cada um. Isso se difere, por exemplo, do Monumento Marco Zero do Equador, em Macapá, que foi erguido totalmente na vertical e possibilita a visualização uma vez apenas nos períodos dos fenômenos.

O estudo ocorreu de 2007 a 2021 e foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A ideia agora, segundo o pesquisador, é descobrir o local exato da retirada das rochas que foram usadas para a construção do observatório.

“Stonehenge da Amazônia”

O sítio megalítico está localizado às margens do igarapé do rego Grande, a 18 quilômetros da sede do município de Calçoene.

As características das urnas funerárias feitas em cerâmica indicaram que a região foi habitada pelo povo Arawak, que tem como descendentes os indígenas da etnia Palikur, que atualmente ocupam a fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa.

Solstício e Equinócio

O dia em que o sol atinge o maior grau de afastamento angular do equador é possível ser visualizado através de sombras projetadas nas rochas do sítio em Calçoene. O solstício de inverno acontece entre 21 e 23 de dezembro, e o de verão entre 21 e 23 de junho.

O equinócio ocorre em dois momentos do ano. Em março, marca o início da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. Já em setembro, o equinócio marca o início do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

A disposição das pedras e os buracos indicam o alinhamento astronômico dessas estruturas e a possibilidade do monitoramento meteorológico. Arqueólogos acreditam que o espaço era usado para acompanhar mudanças do período de estiagem para o chuvoso, duas únicas estações meteorológicas perceptíveis no Amapá em razão da linha do Equador.

Fonte: G1 Amapá.

Planetário amazônico itinerante vai levar Astronomia para escolas do Amapá e Pará

Já pensou entrar em um planetário que fica no meio do mundo, ou melhor poder acompanhar esse planetário em várias viagens pela Amazônia? Um projeto do Instituto Federal do Amapá (Ifap) pretende levar astronomia, astronáutica e ciência às escolas do Amapá e do Pará através de um planetário itinerante.

Este é o segundo planetário instalado no Amapá. O primeiro funcionava dentro do Museu Sacaca, mas foi desativado em 2019. Hoje o local abriga o esqueleto da baleia-jubarte de 12 metros achada encalhada na Foz do Rio Amazonas em 2018.

De acordo com o coordenador do projeto, professor de física Willians Almeida, a localização do Amapá é privilegiada em termos de estudo da astronomia e possui um excelente contexto didático para divulgação da ciência.

“A capital amapaense é a única do Brasil que é cortada pela linha do equador, tendo, portanto, posição privilegiada para observação do céu no que diz respeito a sua posição geográfica, pois em latitude 0° é possível observar constelações tanto do hemisfério celeste sul quando do norte”, informou o professor.

E a aventura não para por aí! Dentro de um planetário digital, de acordo com o professor Cássio Renato Santos, que também faz parte da equipe do projeto, ainda é possível simular viagens fictícias em naves espaciais, ver de perto a superfície de outros planetas, simular expedições ao fundo dos oceanos ou viagens por dentro do corpo humano.

“Um planetário oferece ao público uma experiência de observação das constelações em um ambiente totalmente livre de poluição visual das cidades e dá a sensação de imersão total. As apresentações podem ser feitas por meio de vídeos roteirizados ou ao vivo e têm duração que varia de 20 a 30 minutos”, disse Cássio.

Selecionado pelo CNPq

O projeto, “Planetário Itinerante: uma proposta para popularização na Amazônia Oriental” foi uma das propostas selecionadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

E essa seleção trouxe para o “Planetário Itinerante” um recurso total de quase R$ 385mil e o projeto vai adquirir um planetário digital móvel, que é um local semiesférico onde se simula o céu e é possível projetar diferentes objetos celestes para observação. O coordenador diz também que o orçamento engloba a oferta de pagamento de bolsa para estudantes do Ifap que desejarem participar das atividades.

Os professores do projeto explicam que a chamada do CNPq pretendeu apoiar projetos de exposições itinerantes e ações de popularização da Astronomia e exploração espacial que estimulassem a curiosidade científica e o pensamento crítico para contribuir com a divulgação do conhecimento, considerando as peculiaridades de cada local e região.

A partir dessa divulgação extrair os possíveis impactos da experiência sobre a percepção da população a respeito da história da exploração espacial e assuntos ligados à Astronomia e Astronáutica.

Fonte: G1 Amapá.

O telescópio James Webb: Uma revolução para a astronomia mundial lançado da Guiana Francesa – Por Gutemberg de Vilhena Silva

Satélite James Webb posicionado na base de lançamento Ariane 5. Fonte: https://blogs.nasa.gov/webb/2021/12/14/webb-placed-on-top-of-ariane-5/

Por Gutemberg de Vilhena Silva

A cidade de Kourou, na Guiana Francesa, estará no centro das atenções do mundo agora em dezembro, principalmente para quem se dedica ou é apaixonado por astronomia. De Kourou será lançado o telescópio James Webb (Foto 1), um megaprojeto de U$ 10 Bilhões que surgiu por uma parceria entre agências espaciais da América do Norte e da Europa Ocidental com o objetivo de fornecer dados sobre a complexa formação do Universo e de suas estruturas, o que inclui o sistema solar, exoplanetas, física e tipos estelares, buracos negros supermassivos e busca por sinais de habitabilidade potencial. Com essa colossal meta, ele ocupará a posição de principal observatório de ciências espaciais do mundo até então ocupado pelo telescópio Hubble.

O telescópio olhará para quase 14 bilhões de anos, desde os primeiros feixes de luz criados após o big bang e assim analisará com maior precisão que seu antecessor o Universo, incluindo as primeiras formações de galáxias. Para isso, o James Webb observará o Universo no infravermelho – em comprimentos de onda maiores do que a luz visível, a partir de um conjunto de câmeras, espectrógrafos e coronógrafos de ponta. Para chegar em solo guianense, o telescópio viajou da Estação das Armas Navais de Seal Bech, na Califórnia, até o porto de Pariacabo, em Kourou, por 16 dias, passando pelo Canal do Panamá.

Rota para chegada do telescópio na Guiana Francesa. Fonte: Califórnia News times

Mas por que será lançado da Guiana Francesa? A localização geográfica de Kourou cumpre dois requisitos fundamentais: o primeiro é o de estar perto do equador (apenas 4 graus ao norte) de modo que assim consuma menos energia para entrar em órbita do que em outras partes do planeta; em segundo, porque aquela base de lançadores está numa posição próxima do oceano Atlântico, o que impede que problemas com os lançamentos afetem áreas habitadas.

Representação da estrutura da base espacial de Kourou. Fonte: https://www.techno-science.net/glossaire-definition/Centre-spatial-guyanais.html

A base de lançamento em Kourou é considerada o “porto espacial da Europa”, pois há lançamentos regulares, com economia de combustível como já visto, por meio de três diferentes lançadores. O primeiro, utilizado há 4 décadas e que está em sua quinta versão, é o Ariane, líder mundial no mercado de satélites comerciais, com uma média de seis lançamentos por ano e por onde será lançado o James Webb. Os outros dois lançadores, o russo Soyuz e o italiano Vega, permitem variar a gama de satélites apoiados pelo Ariane.

Com uma base física montada para abrigar toda a complexa estrutura aeroespacial, a Guiana Francesa tornou-se uma vitrine de uso de tecnologia de ponta na região das Guianas sob o comando do Centro Espacial Guianense (CSG). É um mercado altamente cobiçado com envio de satélites de observação, como é o caso do James Webb, e de telecomunicações. Tais equipamentos se tornaram essenciais para a defesa, a meteorologia, a transmissão de dados, o sistema audiovisual e agora para ampliarmos o conhecimento da história do universo e de sua composição ainda desconhecida.

* Gutemberg de Vilhena Silva é pesquisador e professor na Universidade Federal do Amapá. Contato: E-mail: [email protected]

“Escrito nas estrelas” – Por Gabriel Penha* (@GabrielPPenha) – Via @alcinea

Foto: Gabriel Penha

O Município de Amapá, a cerca de 350 quilômetros de Macapá, guarda grandes capítulos de nossa história. Entre eles, a famosa Base Aérea, construída pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, o local é um museu a céu aberto que por si só já vale a pena conhecer.

Mas sempre imaginei fazer fotos da Via Láctea por lá. Em julho, cheguei a me planejar para ir, mas não deu certo – mas, tudo acontece quando tem que acontecer. Na sexta-feira passada, dia 8, cheguei à terra de Cabralzinho. No sábado, dia 9, ainda pela manhã, bem cedinho, fui ao local fazer um “reconhecimento” para ter noção da composição de uma foto de astronomia, isso na companhia do meu amigo, guia local, historiador, assessor de comunicação da Prefeitura de Amapá e um entusiasta da história e da cultura daquele Município, João Ataíde, O Viajante.

Foto: Gabriel Penha

Chegamos lá por volta de 19:53, segundo me apontam os metadados da primeira imagem. Consegui o enquadramento, com velhos maquinários e árvores. Mas, naquele momento as nuvens insistiram em atrapalhar – as primeiras imagens até ficaram legais e as nuvens ainda deram um ar de Aurora Boreal, mas o que eu queria era mesmo o “veio do céu”.

Voltamos para a sede do Município, já frustrados e determinados a retornar no outro dia. Mas as nuvens, como mágica, se desfizeram quando caiu uma forte e rápida chuva. As estrelas voltaram a ser as grandes protagonistas do céu e não tive dúvidas: “João, vamos voltar lá!”

Foto: Gabriel Penha

Retornamos ao local já eram quase 21h. A euforia foi tão grande que até esqueci de iluminar o chão com calma para verificar se não havia cobra como fizemos mais cedo. Na primeira foto já o resultado esperado. Durante uns 40 minutos, fizemos a sequência de imagens que vocês acompanham aqui.

Nota do autor:

Quero agradecer à Prefeitura de Amapá, na pessoa do prefeito Carlos Sampaio e de toda sua competente e acolhedora equipe, pela hospitalidade, cordialidade e todo o apoio possível e incondicional durante minha estadia naquele Município.

*Gabriel Penha é jornalista e fotógrafo.

Fonte: Blog da Alcinéa.

Escola SESI Amapá conquista 61 medalhas na Olimpíada de Astronomia e Astronáutica

Sessenta e uma medalhas, sendo 12 de ouro, 30 de prata e 19 de bronze. Esse é o saldo das conquistas dos estudantes da Escola SESI Amapá na 24ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em 2021. Além do feito, dois alunos foram convidados para participarem de seletivas internacionais.

A competição envolveu alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Este ano, por conta da pandemia, a participação dos jovens aconteceu de forma remota, por meio de prova contendo questões de astronomia e astronáutica.

A diretora da Escola SESI, Valena Calandrini, destaca o incentivo que a instituição dá aos estudantes para participação em torneios. “A escola vibra de alegria quando recebe um resultado como este. Nós sempre incentivamos a participação dos nossos alunos em torneios. Esse é um modo de trabalhar a conquista de conhecimento nas mais diversas áreas a partir da proposta abordada em cada competição”, completa Valena.

Com o objetivo de fomentar o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica e ciências, a olimpíada é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Ascom SESI/SENAI – AP
Contato: (96) 3084-8944
E-mail: [email protected]