Espetáculo realizado pelo SESI Amapá vai retratar os quatro elementos da natureza por meio da dança

Com a proposta de retratar a essência da vida por meio dos quatro elementos da natureza, o SESI Amapá vai realizar a 31ª Mostra de Dança. O tema deste ano, Elementar, vai mostrar que a vida habita no equilíbrio entre os extremos do fogo e água, terra e ar, e que o ser humano torna-se elemento resultante dessas energias.

O tradicional espetáculo vai acontecer na sexta-feira, 1 de dezembro, a partir das 18h30, na quadra da Escola Santina Rioli, no Trem. Ao longo do evento, os bailarinos vão apresentar ao público, coreografias de ballet nos estilos clássico e contemporâneo, além de jazz contemporâneo.

A Mostra tem o objetivo de estimular a prática da dança como expressão artística, contribuindo para o crescimento cultural do estado, além de melhorar a qualidade de vida por meio da adoção de um estilo saudável.

Para a professora de balé, Paula Lopes, a Mostra de Dança é um momento de proporcionar reflexão e, ainda, celebrar o desempenho dos alunos que praticam a atividade no SESI. “A proposta é expressar o simbolismo e harmonia dos quatro elementos da natureza, correlacionando-os ao que temos dentro de cada ser humano. E, claro, mostrarmos o quanto que os alunos evoluíram ao longo do ano”, completou a professora.

Ingresso

A venda de ingressos, no valor de R$ 15 (meia-entrada) está sendo realizada no setor de Atendimento do SESI, localizado na Av. Cônego Domingo Maltês, s/n – Trem. Mais informações: (96) 98414-5300.

Serviço

Data: 1 de dezembro de 2023
Hora: a partir das 18h30
LOCAL: Quadra da Escola Santina Rioli (Rua Jovino Dinoá, 2732 – Trem).

Assessoria de comunicação do SESI Amapá

Comunidades tradicionais são destaque na programação desta sexta-feira, no 28º Encontro dos Tambores

O 28º Encontro dos Tambores segue nesta sexta-feira, 24, com mais uma noite voltada para as comunidades tradicionais. A programação reúne grupos de áreas rurais dos 16 municípios, a partir das 17h, no Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

Em 2023, o Governo do Estado garante hospedagem, deslocamento e alimentação para que pessoas das comunidades do interior do Amapá participem do evento, que conta com muito marabaixo, batuque, zimba e sairé em uma grande roda de celebração da cultura tradicional amapaense.

Ao longo de 10 dias, o Encontro dos Tambores reúne uma variedade de expressões culturais, tradicionais e artísticas, além de contar com praça de alimentação e feira do empreendedor. O evento também contempla debates sobre igualdade racial e direitos da população negra.

O 28º Encontro dos Tambores é uma realização da União dos Negros do Amapá (UNA) com o Instituto Cultural Língua Solta e Grêmio Recreativo Piratas Estilizados. O Governo do Estado apoia o evento, que também conta com apoio da ex-deputada estadual, Cristina Almeida, e do vereador Dudu Tavares, que destinaram recursos de emenda para a festividade.

Confira a programação:

Sexta, 24

• 17h – Comando Musical de DJ Romulo Fantástico
• 19h – Apresentação de Rodas de Capoeira: Arte que Encantou o Mundo; Unicap; Amdecap; Família Capoeira; Raízes do Brasil; Senzalas; Mulheres que Gingam.
• 20h30 – Marabaixo São José do Mata Fome
• 21h – Marabaixo Irmandade São José
• 21h30 – Marabaixo do Laguinho
• 22h – Marabaixo União Folclórica de Campina Grande
• 22h30 – Marabaixo Tia Sinhá
• 23h – Marabaixo Azebic
• 23h30 – Marabaixo Associação Torrão do Matapi
• 0h – Raízes do Marabaixo Mazagão Velho
• 0h30 – Batuque Raízes do Bolão
• 1h – Marabaixo Raimundo Ladislau
• 1h30 – Batuque Foliões de São Benedito

Sábado, 25
Aniversário da União dos Negros do Amapá (UNA) e Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos
Apresentador: Heraldo Almeida e Netto Medeiros

• 15h30 – Plenária da Igualdade Racial e Posse do Conselho Estadual de Igualdade Racial, presença da Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco.
• 16h – Celebração cultural do aniversário do Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos e da União dos Negros do Amapá
• 17h – Comando Musical Dj Robson Alucinado
• 18h – Rodas de Capoeira: Rumo Novo; Arte que Encantou o Mundo; Família da Capoeira; Raízes do Brasil; Capoeira Mestiçagem; Capoeira Senzala.
• 19h – Cortejo cultural (marabaixo, matriz africana, capoeira e batuque) com a presença da Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco
• 19h30 – Show Cultural Verônica dos Tambores
• 20h – Apresentação da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho
• 20h30 – Marabaixo Berço do Marabaixo
• 21h – Marabaixo do Ambé
• 21h30 – Batuque do Ajudante
• 22h – Marabaixo São Sebastião do Igarapé
• 22h30 – Zimba do Cunani
• 23h – Herdeiros do Marabaixo
• 23h30 – Quilombo Mel da Pedreira Azafes do Rei
• 0h – Show Zé Miguel

Domingo, 26
Noite do Samba
Apresentador: Armistrong

• 16h30 – Comando Musical de DJ Luis Carlos
• 17h – Homenagens às Personalidades Negras do Samba do Amapá
• 17h30 – Carlos Piru
• 18h – Nonato Soledade
• 18h30 – Aureliano Neck
• 19h – Grupo Jeitinho Kriolo (Guiana Francesa)
• 19h30 – Cafú Rota Samba
• 20h – Jorginho do Cavaco
• 21h – Show Nacional Fundo de Quintal
• 22h30 – Pagodelas
• 22h40 – Samba New
• 23h10 – Trio Bom Ki Só
• 23h50 – Pegada de Gorila

Texto: Rafaela Bittencourt
Fotos:  Nayana Magalhães, Jorge Júnior, Gabriel Penha, Márcia do Carmo e Maksuel Martins
Secretaria de Estado da Comunicação

28º Encontros dos Tambores valoriza a cultura afro das comunidades rurais do Amapá

O 28º Encontro dos Tambores segue nesta quarta-feira, 22, com três noites voltadas para as comunidades rurais. A programação reúne grupos tradicionais dos 16 municípios, a partir das 17h, no Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

Em 2023, o Governo do Estado garante hospedagem, deslocamento e alimentação para que pessoas das comunidades do interior do Amapá participem do evento, que conta com muito marabaixo, batuque, zimba e sairé em uma grande roda de celebração da cultura tradicional amapaense.

Ao longo de 10 dias, o Encontro dos Tambores reúne uma variedade de expressões culturais, tradicionais e artísticas, além de contar com praça de alimentação e feira do empreendedor. O evento também contempla debates sobre igualdade racial e direitos da população negra.

O 28º Encontro dos Tambores é uma realização da União dos Negros do Amapá (UNA) com o Instituto Cultural Língua Solta e Grêmio Recreativo Piratas Estilizados. O Governo do Estado apoia o evento, que também conta com apoio da ex-deputada estadual, Cristina Almeida, e do vereador Dudu Tavares, que destinaram recursos de emenda para a festividade.

Confira a programação do Encontro dos Tambores:

Quarta-feira, 22

Noite das Comunidades

Apresentador: Rudney Costa

17h – Comando Musical Dj Mega Geová
18h – Apresentação de Rodas de Capoeira: Vidas na Capoeira; Tradição e Fundamento; Origem Brasileira; Proteção Capoeira; Arte e magia capoeira; Raça Amapá; Encandeias; Guerreiros de Judá.
20h – Marabaixo Raízes do Marabaixo Infantil
20h30 – Marabaixo Ressaca da Pedreira
21h – Marabaixo Manoel Felipe
21h30 – Marabaixo Dica Lemos
22h – União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição (UDNSC)
22h30 – Marabaixo da Gungá
23h30 – Marabaixo Santa Luzia do Maruanum
0h – Marabaixo Nova Geração do Maruanum


Quinta-feira, 23

Noite das Comunidades

Apresentador: Rudiney Costa

17h – Comando Musical Ângelo Turbinado
19h – Apresentação de Rodas de Capoeira: Arte Capoeira; Fundação Malícia; Facult; Câmara Capoeira; Muzenza; Verga do Norte; Rumo Novo.
20h – Marabaixo Arthur Sacaca
20h30 – Batuque Malocão do Pedrão
21h – Marabaixo Santo Antônio e São Benedito do Coração
21h30 – Marabaixo São João do Matapi
22h – Marabaixo União São Sebastião de Ilha Redonda
22h30 – Marabaixo Ancestrais
23h – Batuque São Pedro dos Bois
23h30 – Sairé São Tomé do Carvão
0h – Batuque Ufil
0h30 – Marabaixo Rosa Açucena


Sexta-feira, 24

Noite das Comunidades

Apresentador: Rudiney Costa

17h – Comando Musical de DJ Romulo Fantástico
19h – Apresentação de Rodas de Capoeira: Arte que Encantou o Mundo; Unicap; Amdecap; Família Capoeira; Raízes do Brasil; Senzalas; Mulheres que Gingam.
20h30 – Marabaixo São José do Mata Fome
21h – Marabaixo Irmandade São José
21h30 – Marabaixo do Laguinho
22h – Marabaixo União Folclórica de Campina Grande
22h30 – Marabaixo Tia Sinhá
23h – Marabaixo Azebic
23h30 – Marabaixo Associação Torrão do Matapi
0h – Raízes do Marabaixo Mazagão Velho
0h30 – Batuque Raízes do Bolão
1h – Marabaixo Raimundo Ladislau
1h30 – Batuque Foliões de São Benedito


Sábado, 25

Aniversário da União dos Negros do Amapá (UNA) e Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos

Apresentador: Heraldo Almeida e Netto Medeiros

15h30 – Plenária da Igualdade Racial e Posse do Conselho Estadual de Igualdade Racial, presença da Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco.
16h – Celebração cultural do aniversário do Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos e da União dos Negros do Amapá
17h – Comando Musical Dj Robson Alucinado
18h – Rodas de Capoeira: Rumo Novo; Arte que Encantou o Mundo; Família da Capoeira; Raízes do Brasil; Capoeira Mestiçagem; Capoeira Senzala.
19h – Cortejo cultural (marabaixo, matriz africana, capoeira e batuque) com a presença da Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco
19h30 – Show Cultural Verônica dos Tambores
20h – Apresentação da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho
20h30 – Marabaixo Berço do Marabaixo
21h – Marabaixo do Ambé
21h30 – Batuque do Ajudante
22h – Marabaixo São Sebastião do Igarapé
22h30 – Zimba do Cunani
23h – Herdeiros do Marabaixo
23h30 – Quilombo Mel da Pedreira Azafes do Rei
0h – Show Zé Miguel


Domingo, 26

Noite do Samba

Apresentador: Armistrong

16h30 – Comando Musical de DJ Luis Carlos
17h – Homenagens às Personalidades Negras do Samba do Amapá
17h30 – Carlos Piru
18h – Nonato Soledade
18h30 – Aureliano Neck
19h – Grupo Jeitinho Kriolo (Guiana Francesa)
19h30 – Cafú Rota Samba
20h – Jorginho do Cavaco
21h – Show Nacional Fundo de Quintal
22h30 – Pagodelas
22h40 – Samba New
23h10 – Trio Bom Ki Só
23h50 – Pegada de Gorila

Texto: Rafaela Bittencourt
Foto: Maksuel Martins/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

‘Hip hop Somos Cultura’ leva apresentações e batalhas de rimas ao Conjunto Miracema

O Governo do Amapá garantiu apoio à programação ‘Hip hop Somos Cultura’ para celebrar os 50 anos de história do movimento artístico que retrata o dia a dia das periferias através da música e da dança. O evento levou batalhas de MC’s (com rimas improvisadas), apresentações e disputas de Bboys e Bgirls (dançarinos de breakdance) para as ruas do Conjunto Miracema, na Zona Norte de Macapá, no domingo, 12.

Equipes da Fundação Marabaixo e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) participaram da organização do evento, que promoveu a interação dos moradores, especialmente crianças e adolescentes, com o hip hop.

“Trata-se de uma cultura que surgiu nos guetos norte-americanos e se fortaleceu nas periferias brasileiras. Hoje, ganha ainda mais força, com seus elementos. E aqui no Amapá, não é diferente, contamos com um movimento que ganha bastante força”, destaca a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos.

O dançarino de breakdance Alberto Brito, que é integrante da Frente Estadual de Hip Hop, conta que programações como essa ajudam a levar para a comunidade uma imagem positiva do gênero musical.

“Nós trouxemos os elementos do movimento hip hop para dentro do Miracema. O mais gratificante foi a aceitação e a reposta positiva da comunidade. Assim, conseguimos difundir e principalmente mostrar o que o hip hop traz de bom”, avalia o dançarino.

Texto: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha/ Fundação Marabaixo
Secretaria de Estado da Comunicação

Governo do Amapá apoia 28ª edição do Encontro dos Tambores

Para fortalecer a cultura das comunidades negras do Amapá, o Governo do Estado apoia a realização do 28º Encontro dos Tambores, de 17 a 26 de novembro, no Centro de Cultura Negra (CCN) Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

A edição de 2023 contará com apresentações de marabaixo, capoeira e hip hop, entre outras manifestações culturais e Feira Quilombola. Estão previstas caminhadas, palestras, rodas de debates e oficinas sobre o Mês da Consciência Negra.

O ponto alto da festa é a Missa dos Quilombos, que acontece no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. A missa contará com a presença de sacerdotes e membros de religiões de matriz africana, que relembram a África Antiga, em rituais como a oferenda de alimentos.

O Encontro dos Tambores é coordenado pela União dos Negros do Amapá (UNA). A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) garante as estruturas de palco, som e iluminação para toda a programação e o pagamento de cachê para os grupos que se apresentam no período da programação.

“O Governo do Estado é parceiro deste evento e vai garantir a estrutura completa. São várias linguagens artísticas que compõem essa programação e serão contempladas”, reforça a secretária de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli.

Toda a apresentação remete à resistência do povo negro, com homenagens ao legado do lider quilombola Zumbi dos Palmares. A proposta principal do Encontro dos Tambores é integrar as comunidades tradicionais do Amapá.

“O Governo do Estado contribui para o fortalecimento do Encontro dos Tambores, que une as nossas comunidades remanescentes e evidencia a cultura ancestral. Os saberes dos nossos povos devem sempre ser respeitados”, assinala a diretora adjunta da Fundação Marabaixo, Laura Ramos.

Texto: Gabriel Penha
Foto: Arquivo/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Bailarina do AP ganha ouro e bronze no Circuito Norte em Dança: ‘lutamos para manter nossa arte’

Por Núbia Pacheco

A bailarina amapaense Letícia Fernanda paixão da Rocha, de 24 anos, foi premiada em duas categorias com medalhas de ouro e bronze no Circuito Norte em Dança onde competiu com artistas de toda a região. O evento aconteceu no Theatro da Paz, em Belém, no Pará.

A bailarina e professora de arte conquistou o 1º lugar na categoria solo de jazz adulto feminino com a apresentação “Eu Sou o Templo” em que se inspirou na frase “eu sou minha única musa, o assunto que conheço melhor”, de Frida Khalo.

“Essa vitória traz muita felicidade, satisfação e paz. Nós bailarinos da Amazônia, lutamos todos os dias para ter condições de manter a nossa arte e quando temos o nosso trabalho reconhecido é uma sensação que dignifica o nosso trabalho que é árduo”, expressou.

Na coreografia de Jazz, Letícia dança no salto e mostra a importância de se reconhecer no próprio espaço e ter a própria essência como referência de dança e movimentação.

O 3º lugar veio na categoria solo de dança contemporânea adulto feminino com a coreografia chamada “Encanto Amazônico”. A referência do trabalho é a própria ancestralidade da artista, neta de uma curandeira da Amazônia. A coreografia fala sobre seres, corpos e as presenças que habitam a região amazônica.

“Não consigo encontrar palavras para descrever a minha gratidão. São anos de estudo, dedicação e principalmente amor a dança. Além do Âmago [ grupo do qual a artista faz parte], sou grata por minha família que me apoia e, na oportunidade, gostaria de oferecer a conquista dessas premiações para minha mãe, que até nos momentos em que nem eu acreditava, ela tinha plena certeza”, escreveu nas redes sociais.

O Circuito Norte em Dança é consagrado por ser muito concorrido por pessoas de todos os estados do norte e por ter a maior banca de jurados da região com avaliadores do Brasil e do exterior.

O evento aconteceu na última semana de setembro e terminou em 1º de outubro (último domingo).

Fonte: G1 Amapá.

Audiência Pública debate Hip Hop como instrumento para cidadania

Integrantes de grupos de Hip Hop do Amapá participaram, na manhã da sexta-feira (18), na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), da audiência pública com o tema: Hip Hop, o Movimento como ferramenta de transformação social. O debate foi proposto pelo deputado Pastor Oliveira (Republicano) e contou com a presença do secretário estadual de Desporto e Lazer, José Rudney Cunha Nunes, do presidente da Comissão do Hip Hop Amapaense, Carlos Augusto Paraense da Conceição, o Zulu; da secretária extraordinária de Políticas para Juventude, Priscila dos Santos Magno, Cirley Picanço, presidente do Conselho de Política Cultural do Amapá, coordenador de Desenvolvimento e Normatização de Políticas Educacionais, Cleibeton Souza e de lideranças do movimento hip-hop amapaense. “Nós fizemos essa audiência com a finalidade de mostrar que o hip-hop contribui no crescimento da sociedade”, justifica Pastor Oliveira, acrescentando que o objetivo também foi de parabenizar todos os envolvidos, os idealizadores desse movimento no hip-hop no Estado do Amapá e discutir políticas públicas. “Procuramos reforçar a relevância do Hip-Hop como meio de expressão artística, cultural e política, além de seu potencial para promover mudanças significativas nas comunidades locais, proporcionar a conscientização e incentivar a participação cidadã”, comentou.

Os relatos de competições sendo interrompidas pela Polícia Militar se tornaram um dos pontos de partida para o reconhecimento do Hip-Hop no Estado. Durante a audiência, foi apresentado um vídeo com depoimentos de superação de vida de várias pessoas através desse estilo.

De forma remota, o Rapper e ativista cultural Rafa Rafuagi, elogiou o movimento na participação das pautas fundamentais para construir uma política de fortalecimento do Hip Hop no Amapá e no Brasil, destacando o Amapá na elaboração do dossiê com mais de duas mil páginas onde foi o inventor nacional participativo da cultura Hip Hop. O documento foi entregue ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que estará analisando para reconhecer o Movimento Hip Hop do Brasil como patrimônio cultural e imaterial do País. “Esse reconhecimento é válido para todos os estados e municípios do Brasil. É um mérito da construção coletiva de milhares de hip hops”. Informou ainda que está previsto para o dia 04 de setembro às 11h30 no Palácio do Planalto a assinatura do Decreto Presidencial de reconhecimento e fomento à cultura Hip Hop. “O Brasil será o primeiro país do mundo a ter um decreto de valorização e fomento à cultura Hip Hop nacional”, destacou o rapper, acrescentando que o Amapá em breve será mais um estado a lançar a frente parlamentar em defesa do movimento.

Quanto à criação da frente parlamentar em defesa do Hip Hop, o deputado Pastor Oliveira informou que a modalidade foi incluída na Frente Parlamentar em Defesa do Esporte, Cultura e Lazer. O secretário da Sedel, Rudney Nunes, comentou que a cultura Hip Hop sempre foi marginalizada pela sociedade. “Em Tokyo 2020, o skate e o surfe foram incluídos como esportes olímpicos. E agora, em 2024, em Paris na França vamos ter o Break Dance, o que nos motiva a apoiar essa modalidade e ter possibilidade da participação de um amapaense na seleção”, comentou.

A audiência pública sintetizou a necessidade da aprovação de projetos voltados para esse segmento. “Não buscamos reconhecimento na Assembleia Legislativa, e sim legalidade, legitimidade para que leis que venham reconhecer essas ações nos permitam ingressar nas escolas com oficinas para podermos transformar a vida desses jovens e fazê-los cidadãos melhores”, frisou Carlos Augusto Paraense da Conceição, o Zulu.

A secretária estadual de Políticas para Juventude, Priscila Magno, elogiou a iniciativa da Assembleia Legislativa de abrir as portas e mostrar um pouco sobre o hip hop, disseminar a cultura que hoje é esporte. “Além de ser cultura, promoção de saúde e esporte olímpico, o movimento hip hop gera uma transformação social”, destacou a secretária.

Esse movimento cultural ganhou espaço no Amapá e hoje se configura como o segundo maior encontro de jovens da Região Norte que através da Federação Amapaense de Dança de Rua Original e outras instituições, se organiza para dar mais força aos apaixonados por esse estilo artístico que encanta e mobiliza multidões.

Vários eventos municipais e estaduais já foram desenvolvidos pelo movimento do Hip Hop no Amapá, movimento que já reúne mais de 300 pessoas. Para finalizar o primeiro grupo de Rap do Amapá, Clã Revolucionário Guerrilha Verbal (CRGV) fez uma apresentação.

Origem

Hip hop é um gênero musical com uma subcultura própria, iniciado durante a década de 1970 nas comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Configura-se como um movimento social e juvenil marcado pelo protesto e pela contestação que seriam características essenciais de todo movimento social que permite aos jovens desenvolver uma educação política e, consequentemente, o exercício do direito à cidadania.

Texto: Everlando Mathias
FOTOS: Olavo Reis
Dircom/Alap

Governo do Estado apoia projeto social que apresenta hip hop a moradores das áreas periféricas de Macapá

A dança, a música e a poesia tomaram conta do Conjunto Habitacional Miracema no sábado, 15, com mais uma edição do projeto ‘Hip Hop Dance Periferia’, promovido pela Frente Estadual do Hip Hop, com apoio do Governo do Amapá. A competição busca difundir a manifestação cultural em áreas periféricas e habitacionais de Macapá.

A grande novidade do evento foi a utilização dos critérios de avaliação que estarão presentes nas Olimpíadas de 2024, em Paris. Foram analisadas a técnica utilizada, grau de dificuldade, musicalidade e coreografia de duplas. Os vencedores foram a dupla b-boy Françoá e King, na categoria masculina, e b-girl Emily, na feminina.

“Como é uma novidade para a categoria, estamos introduzindo essa nova forma de avaliação dentro dos nossos eventos, uma forma de preparar o atleta, então utilizamos esses critérios e os populares, para garantir essa transição inclusiva na modalidade”, explica o coordenador da competição, Sidarta Amorim.

A competição apresentou para a comunidade do Miracema os elementos que compõem o movimento: breaking DJ, MC, graffiti e conhecimento. Entre os competidores, a Suzane da Silva, de 24 anos, conhecida por b-girl Ellasttyck, conta que foi através de projetos como este que ela entrou no breaking e hoje tem a oportunidade de representar o estado em competições nacionais.

“Foi com um projeto desses que conheci a cultura hip-hop e cheguei aqui, eu só assistia, hoje eu sou uma mulher que tomou o seu lugar e vou representar o Amapá lá fora”, explica.

Ela participará da competição nacional “Quando as Ruas Chamam”, que irá definir o melhor bboy e bgirl brasileiro para representar o país. O evento ocorre em agosto, no Mato Grosso do Sul, com as seletivas e finais em Brasília, no Distrito Federal.

O b-boy Snoopy Wallyson Amorim conta que ocupar os espaços onde muitos projetos não chegam é uma forma de resgatar a juventude através da arte.

“O hip hop é da periferia e é para a periferia, que hoje consegue alcançar outros espaços e se estabelece como esporte olímpico para agregar muito mais, estamos aqui hoje porque o Miracema é um bairro novo, com muitos jovens com potencial, então vamos apresentar essa cultura de paz e poesia para eles”, relata.

O evento rapidamente atraiu a atenção dos moradores do habitacional, como Maria da Conceição, de 50 anos. Para ela, foi uma forma de animar o sábado e proporcionar um lazer para os netos.

“Ainda não conhecia o estilo, mas gostei bastante, meus netos estão se divertindo e eu também, é uma forma de se distrair no fim de tarde”, conta.

Cultura Hip hop

Este ano, comemora-se o cinquentenário do hip hop no mundo, com data oficializada em 11 de agosto. O movimento surgiu na década de 1970, no bairro do Bronx em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Para fortalecer os grupos esportivos e culturais, o Governo do Amapá apoia as atividades desenvolvidas pela Frente Estadual do Hip-Hop, que envolvem o público jovem com oficinas, eventos e capacitações dentro das comunidades mais vulneráveis.

Texto: Rafaela Bittencourt
Foto: GEA
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM

Mercado Central apresenta ritmos e talentos na 1°edição do Festival Municipal de Dança

Talento e arte foram os grandes destaques da noite deste domingo (9) no palco do Mercado Central no 1° Festival Municipal de Dança que reuniu 23 apresentações de variados segmentos. Movimentos, coreografia, gingado, técnica, sincronia e carisma embalaram as apresentações que fazem parte da programação oficial do Macapá Verão 2023 o maior de todos tempos.

O tecnobrega abriu a grande noite de apresentações no Mercado Central. Grupos de dança e duplas deslizaram nos ritmos de música clássica, dança de salão, marabaixo, melody, brega, funk, hip hop, pagode, samba, música popular brasileira, zumba, fit dance, axé chorinho, e outros segmentos.

A professora Francinete Oliveira, conta que veio prestigiar o evento no Mercado Central por sua paixão pela dança.

“A música é algo que nos transmite paz, faz bem para o corpo e para a mente. O ambiente organizado e seguro é perfeito para curtir com a família”, declara.

A performance dos bailarinos e bailarinas emocionou o público que lotou a área próxima ao palco para conferir o espetáculo com coreografias, movimentos sincronizados, cores e muita luz. As apresentações foram em um estilo eclético, indo de músicas clássicas ao samba.

Com os passos nos mesmo ritmos coreografados pelo professor de dança de salão Silvano Santos, acompanhado de seu par Juliane Taila, se apresentou em duas ocasiões e apostou no estilo dança de salão. Além disso, trouxe 15 alunos para participar do Festival.

“Essa oportunidade é algo maravilhoso para nós que através da dança buscamos levar qualidade de vida e alegria envolvendo pessoas desde os mais novos até os idosos. Além disso, a dança é uma atividade física, funciona como terapia e proporciona bem-estar”, destacou Silvano.

Com muita postura e posicionamento para dança a dois, os dançarinos Henrique Alves, de 23 anos e Naiara da Silva, de 26 anos, apresentaram um número de dança sob o ritmo de melody.

Outro número que despertou encantamento no público foram os grupos de dança que se apresentaram ao som de hits do momento, interpretando sertanejo, forró e outros ritmos.

O 1° Festival Municipal de Dança é uma realização da Prefeitura de Macapá através da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult). As apresentações ocorreram durante toda a programação do Macapá Verão de 2023.

Marcas oficiais do Macapá Verão 2023 o maior de todos os tempos:

CEA- Grupo Equatorial Energia, CSA- Concessionária de Saneamento do Amapá, Você Telecom, Mercadão dos medicamentos, Santa Rita Engenharia, Domestilar, AK Motor’s, Águas da Amazônia, Ecopostos, Laboratório Dr. Paulo J. Albuquerque, Center Kennedy, Limpex Hospitalar, Tratalyx, Rede Amazônica, TV Equinócio, Faculdade Estácio, Claro Brasil.

Secretaria Municipal de Comunicação Social

Grupo amapaense de dança apresenta espetáculo aberto ao público no centro de Macapá

Por Camila Karina Ferreira

Movimentos artísticos e reflexão sobre a existência são a premissa do estilo de dança que bailarinos apresentam na Mostra de Dança, nesta quinta-feira (29), na Rua General Rondon, nº 145, a partir das 19h. O ingresso custa R$5,00 e mais 1kg de alimento não perecível.

De acordo com Amanda Galvão, uma das gestoras do Núcleo Âmago, o evento é organizado pelo núcleo, onde os alunos são preparados para fazer parte da companhia de dança, e quer mostrar à comunidade em geral o trabalho realizado pelos professores.

O grupo possui 5 anos de estrada com várias participações e premiações em festivais nacionais e internacionais. Já o Núcleo nasceu um ano depois.

“A ideia para o Núcleo sempre foi de passar nossos conhecimentos sobre dança fazendo com que o bailarino venha adquirir o conhecimento do seu corpo através das experimentações corporais realizadas através do método Âmago”, explicou Amanda.

Fora do convencional

O grupo Âmago procura novas influências de dança além da escola clássica, com preparo de alunos focado em metodologias de construção e desconstrução do corpo dos bailarinos. A pluralidade de ritmos e estilos também faz parte da formação como: marabaixo, jazz, balé clássico, carimbó, stiletto, circo e danças urbanas.

“Nessa mistura de saberes adotamos a dança contemporânea como nossa principal ferramenta de trabalho corporal, além de trabalhar em conjunto com a música, artes visuais, poesia, artes cênicas. Nossa proposta é que os olhos amapaenses possam ver mais do que danças clássicas em um palco ou em uma apresentação, queremos que eles se reconheçam como uma dança importante também”, concluiu Amanda Galvão.

Serviço:

Data: 29 de junho ( sexta-feira)
Local: Colégio Intergenius – Rua General Rondon, nº 145
Hora: 19h
Ingresso: R$5,00 + 1 kg de alimento não perecível

Fonte: G1 Amapá.

Hoje é Dia/Noite de São João! (sobre o santo e a festa junina)

SÃO-JOÃO-BATISTA

Hoje é o Dia de São João. De acordo com a história, João Batista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo nos Evangelhos da Bíblia. Ele é considerado o santo mais próximo de Cristo, pois além de ser seu parente de sangue, Jesus foi batizado por João nas margens do rio Jordão.

O Evangelho de Lucas (Lucas 1:36, 56-57) afirma que João nasceu cerca de seis meses antes de Jesus; portanto, a festa de São João Batista foi fixada em 24 de junho, seis meses antes da véspera de Natal. Este dia de festa é um dos poucos dias santos que comemora o aniversário do nascimento, ao invés da morte, do santo homenageado.

Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos, como o “precursor” do prometido Messias.

Em sua missão de adulto, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo. Daí o nome João Batista, ou seja, João, aquele que batiza.

Aliás, ele batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.

São João Batista é muito importante no Novo Testamento, pois ele foi o precursor de Jesus, anunciou sua vinda e a salvação que o Messias traria para todos. Ele era a voz que gritava no deserto e anunciava a chegada do Salvador. Ele é também o último dos profetas. Depois dele, não houve mais nenhum profeta em Israel.

Outras religiões

Para alguns Espíritas, Elias reencarnou como João Batista. Mais tarde, teve outras experiências reencarnatórias como sacerdote druida entre o povo celta, na Bretanha. Depois como o reformador Jan Hus (1369-1415), na Boêmia. Na França foi Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), o qual utilizava o pseudônimo Allan Kardec como codificador do Espiritismo. Sua última existência corpórea se deu no Brasil, nascido dia 23 de Fevereiro de 1911 com o nome de Oceano de Sá, mais tarde chamado de Yokaanam:. (fundador da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal), reconhecido como tal por diversas escolas sérias e reconhecidas mundialmente, embora o mesmo não assumisse publicamente pois nunca achou necessário e não queria tirar proveito algum de tal reconhecimento.

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João Baptista é venerado como messias pelo mandeísmo, também considerado pelos muçulmanos como um dos grandes profetas do Islão. Na Umbanda, este santo é sincretizado como uma das manifestações do orixá Xangô, responsável por um agrupamento de espíritos que trabalha para a saúde e o conhecimento, que congrega médicos e cientistas. Já no Islamismo, é reverenciado pelos muçulmanos sunitas como sendo um dos seus profetas. O santo também é o padroeiro da Maçonaria (por conta da criação da entidade, em 24 de junho de 1717).

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Sobre a festa junina de São João

A festa se originou na Idade Média na celebração dos chamados Santos Populares (Santo António, São Pedro e São João. Os primeiros países a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal. Anteriormente os festejos ocorriam por conta do solstício de verão, as quais marcavam o início da colheita. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo acreditava. Um deles era Juno, esposa de Júpiter, que era considerada a deusa da fecundida. Nessas festas, chamadas “junônias”, as pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos.

Os jesuítas portugueses trouxeram os festejos joaninos para o Brasil. As festas de Santo Antônio e de São Pedro só ccomeçaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho, passaram a ser chamadas de juninas.

Nunca gostei de festas juninas, mas sei da importância delas na cultura brasileira. Gosto de algumas comidas típicas do período (vatapá então…nossa!), assim como adorava as bombas. Na época de moleque, era obrigado a dançar quadrilha. Aí ficava mais puto ainda com o mês de junho. Na foto, ali em cima, tô com meu irmão, Emerson Tavares, alegre por ter acabado a tortura infantil do “taran ran ran, taran ran ran”.Hoje em dia, até vou, mas só se for a trabalho, para cobrir o evento.

Bom, o Dia de São João é celebrado com festas recheadas de muita dança, comida e alegria. Neste sábado, nas cidades nordestinas, onde a tradição é mais forte, as quadras ferverão ao som do forró (For All). Aqui no Norte, as fogueiras serão acesas também, com quadrilha e brocas legais. Enfim, para quem curte, é onda bacana.

Portanto, minhas homenagens ao santo e uma ótima festa aos amantes da quadra junina. Viva São João!

Elton Tavares
Fontes: Wikipédia, CruzTerraSanta e Calendarr Brasil.

Arraiá do Povo promovido pelo Governo do Amapá começa neste sábado, 24

Neste sábado, 24, o Governo do Estado inicia a programação mais aguardada de junho, o Arraiá do Povo, que reúne os três maiores festivais de todo o Amapá com 53 quadrilhas participando, além de várias apresentações especiais.

O evento é realizado em parceria com a Liga Junina de Macapá (Ligajum), Federação de Entidades Juninas e Folclóricas do Amapá (Fejufap) e Instituto Sociocultural Junino Arraiá no Meio do Mundo e conta investimento de R$ 2 milhões articulados pelos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, mais contrapartida do tesouro estadual.

Para os primeiros três dias de Arraiá, o 4º Festival Junino Sandro Rogério, realizado pela Ligajum, contará com a participação de 20 grupos, sendo oito quadrilhas tradicionais neste sábado, e mais 12 estilizadas divididas entre domingo, 25, e segunda-feira, 26.

Os grupos se apresentam em uma megaestrutura montada pelo Governo do Amapá em frente ao anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá, na orla da cidade.

“Nosso espaço foi pensado para garantir o conforto do público e dos grupos que irão se apresentar pela primeira vez em um palco com medidas oficiais como vemos nos eventos nacionais. Além disso, trouxemos o São João do Amapá para um dos nossos maiores patrimônios, que é a Fortaleza de São José de Macapá, interligando a nossa história como estado e a quadra junina nesses 80 anos de criação do Amapá”, destaca a secretária de Cultura, Clicia Vieira Di Miceli.

A programação segue até 1º de julho com os demais festivais. O 5º Forrozão do Primo Sebastian, da Fejupa, e o 14º Arraiá no Meio do Mundo, realizado pelo Instituto Sociocultural.

Competição dos grupos juninos
Cada grupo deverá se apresentar nos 30 minutos previstos na regulamentação de cada festival. Entradas e saídas da quadra com atraso contam para pontuação final na competição.

Os jurados irão avaliar tema, miss caipira, marcador, indumentária, danças, passos de quadrilha, conjunto, harmonia de passos e evolução, criatividade e a entrada e saída da quadra.

No 4º Festival Junino Sandro Rogério, será escolhida a melhor quadrilha de Macapá, enquanto nos 5º Forrozão do Primo Sebastian e 14º Arraiá no Meio do Mundo, são eleitos o representante nacional do Amapá e a melhor quadrilha do Estado, respectivamente.

Empreendedorismo
Além das apresentações, o local contará com a comercialização de comidas típicas de empreendedores credenciados pelas entidades parceiras. Serão 15 boxes disponibilizados com vendas variadas e mais 20 ambulantes circulando pelo espaço durante os oito dias de festa.

Programação do Arraiá do Povo

Sábado, 24 – IV Festival Junino Sandro Rogério

20h – Quadrilha Rosa dos Ventos

20h40 – As Piranhas dos Matutos

21h20 – Explosão dos Matutos

22h – Considerados dos Matutos

22h40 – Fúria Junina

23h40 – Os Bagunçados dos Matutos

0h – Garota Safada

0h40 – As Piriguetes dos Matutos

Domingo, 25 – IV Festival Junino Sandro Rogério

20h – Flor do Sertão

20h40 – Renovação Junina

21h20 – Guerreiros Fogo

22h – Atração Junina

22h40 – Explosão Junina

23h40 – Reino de São João

Segunda-feira, 26 – IV Festival Junino Sandro Rogério

20h – Pequena Dama

20h40 – Inspiração Junina

21h20 – Coração Caipira

22h – Estrela Dourada

22h40 – Simpatia da Juventude

23h40 – Revelação

0h – Evolução Junina

Terça-feira, 27 – Forrozão do Primo Sebastian

19h – Piranhas dos Matutos

19h45 – Explosão Junina

20h30 – Simpatia da Juventude

21h15 – Revelação

22h – Sorriso Cristalino

Quarta-feira, 28 – Forrozão do Primo Sebastian

19h – Estrela Santanense

19h45 – Evolução Junina

20h30 – Estrela do Norte

21h15 – Explode Coração

22h – Guerreiros do Fogo

29, 30 e 1/07 – XIV Arraiá no Meio do Mundo

Ainda em realização de seletivas.

Texto: Rafaela Bittencourt
Foto: Jorge Junior/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação – SECOM

O discurso discriminador do Marabaixo – Texto/Resgate histórico paid’égua de Fernando Canto – @fernando__canto

Foto: Márcia do Carmo

Por Fernando Canto

Não é de hoje que o Marabaixo é discriminado. Aliás, as manifestações culturais de origem africana sempre foram vistas como ilegais ao longo da história do Brasil. Do samba à religião, seus promotores foram vítimas de denúncias que os boletins de ocorrências policiais e os processos judiciais relatam como vadiagem, prática de falsa medicina, curandeirismo e charlatanismo, entre outras acusações, muitas vezes com prisões e invasões de terreiros.

Essa discriminação ocorreu – e ainda ocorre – em contextos históricos e sociais diferenciados, e veio produzida por instituições que tinham o objetivo de combater o que lhes fosse ameaçador ou que achassem associadas às práticas diabólicas, ao crime e à contravenção.

Foto: Max Renê

No caso do Marabaixo, há anos venho relatando episódios de confronto entre a igreja católica (e seus prepostos eclesiásticos e seculares), e os agentes populares do sagrado, estes que, por serem afrodescendentes, mestiços e principalmente por serem pobres, foram e são discriminados, visto o ranço estereotipado de que são “gente ignorante” e supersticiosa.

Foto: Gabriel Penha

É do século XIX a influência do evolucionismo que tomava como modelo de religião “superior” o monoteísmo cristão e via as religiões de transe como formas “primitivas“ ou “atrasadas” de culto. Para Vagner Gonçalves da Silva (Revista Grandes Religiões nº 6), nesse tempo “religião” opunha-se a “magia” da mesma forma que as igrejas (instituições organizadas de religião) opunham-se às “seitas” (dissidências não institucionalizadas ou organizadas de culto).

É do século XIX também os primeiros escritos sobre o marabaixo. Em um deles um anônimo articulista o ataca, dizendo-se aliviado porque “afinal desaparece o o infernal folguedo, a dança diabola do Mar-Abaixo”.

Foto: Márcia do Carmo

Ele afirma que “será uma felicidade, uma ventura, uma medida salutar aos órgãos acústicos se tal troamento não soar mais…”. Na sua narrativa preconceituosa vai mais além ao dizer que “Graças ao Divino Espírito-Santo, symbolo de nossa santa religião, que só exige a prática de boas ações, não ouviremos os silvos das víboras que dansam ao som medonho dos gritos dos maracajás (…), que é suficiente a provocar doudice a qualquer indivíduo”. Assevera adiante “Que o Mar-Abaixo é indecente, é o foco das misérias, o centro da libertinagem, a causa segura da prostituição”. E finaliza conclamando “Que os paes de famílias, não devem consentir as suas filhas e esposas frequentarem tão inconveniente e assustador espetáculo dessa dansa, oriunda dos Cafres”. (Jornal Pinsonia, 25 de junho de 1898).


Discursos de difamação do Marabaixo como este e a posição em favor de sua extinção ocorreram seguidamente. O próprio padre Júlio Maria de Lombaerd quebrou a coroa de prata do Espírito Santo que estava na igreja de São José e mandou entregar os pedaços aos festeiros. O povo se revoltou e só não invadiu a casa padre para matá-lo graças à intervenção do intendente Teodoro Mendes.

Com a chegada do PIME – Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras – em Macapá (1948) o Marabaixo sofreu um período de queda, mas suportado com tenacidade por Julião Ramos, que não o deixou morrer. Tiraram-lhe inclusive a fita da irmandade do Sagrado Coração de Jesus, da qual era sócio fiel.

Colheita da Murta – Foto: Arquivo pessoal de Fernando Canto

Nesse período os padres diziam que o Marabaixo era macumba, que era coisa ruim, e combatiam seus hábitos e crenças, tidos como hediondos e pecaminosos, do mesmo jeito que seus antecessores o fizeram no tempo da catequização dos índios. Mas o bispo dessa época, D. Aristides Piróvano, considerava Mestre Julião “um amigo” (Ver Canto, Fernando in “A Água Benta e o Diabo”. Fundecap, 1998).

O preconceito dos padres italianos com o Marabaixo tem apoio num lastimável “achismo”. Os participantes são católicos e creem nos santos do catolicismo, tanto que a festa é dedicada ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade e não a entidades e voduns como pensam. Nem ao menos há sincretismo nele.


E se assim fosse? Qual o problema? Antes de emitirem um julgamento subjetivo sobre um fato cultural é preciso conhecê-lo. É preciso ter ética. Ora, sabe-se que todos os sistemas religiosos baseiam-se em categorias do pensamento mágico. Uma missa ”comporta uma série de atos simbólicos ou operações mágicas” (Vagner Silva op. cit.). Observem-se as bênçãos, a transubstanciação da hóstia em corpo de Cristo, por exemplo. Um ritual de umbanda comporta a mesma coisa. O Marabaixo tem rituais próprios, ainda que um tanto diferentes. Por isso e apesar do preconceito ainda sobrevive. Valei-nos, Santo Negro Benedito!

(*) Do livro “Adoradores do Sol – Novo Textuário do Meio do Mundo”. Scortecci, São Paulo, 2010.

Hoje é o Dia Estadual do Marabaixo – Meu texto sobre a data da maior manifestação cultural do Amapá

Foto: Márcia do Carmo

Hoje, 16 de junho, é o Dia Estadual do Marabaixo. A data foi escolhida para homenagear a Santíssima Trindade, por conta do Projeto de Lei nº 0049/10, do deputado Dalto Martins, já falecido, que constituiu a celebração.

A Lei foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Amapá e declarou o dia 16 de junho, Dia Estadual do Marabaixo Amapaense, como data comemorativa no âmbito do Estado do Amapá.

Arte: Carol Chaves/Secom/TJAP

O Dia Estadual do Marabaixo foi sancionado em 2010, por conta de protestos realizados em 16 de junho de 2009, quando os festeiros de Macapá, Mazagão, Campina Grande, Ilha Redonda e outras várias comunidades, protestaram contra a falta de apoio do poder público ao Ciclo do Marabaixo.

Naquele ano, a manifestação saiu pelas ruas de Macapá em um grande ato contra a desvalorização do marabaixo. O protesto passou pelo Palácio do Setentrião, Tribunal de Justiça, Câmara de Vereadores, Prefeitura de Macapá e Assembleia Legislativa. Cada instituição recebeu uma carta com reivindicações para o marabaixo.

Foto: Max Renê

O Marabaixo é um tradição secular que passa de geração em geração através dos anos. É dançado na capital, Macapá, anualmente, nos meses de maio, junho e julho, nos bairros do Laguinho, na Favela e na comunidade do Curiaú.

O Marabaixo através da história

Para explicar sus história, seus rituais e sua importância enquanto elemento cultural característico do estado, sobretudo, do município de Macapá, o escritor Fernando Canto lançou o livro “O Marabaixo através da história”.

Na obra, Fernando conta sobre os vários rituais que compõem essa manifestação e dos personagens que dão vida à tradição – tocadores de caixas (tambores), cantadores e dançadeiras – que, em sua maioria, são descendentes de negros que habitavam as localidades de Mazagão Velho, Maruanum, Curiaú e os bairros Laguinho e Santa Rita, antiga Favela.

Foto: Chico Terra

Para saber mais sobre o Marabaixo, assistam o documentário Um documentário completo sobre o Ciclo do Marabaixo, produzido por Thomé Azevedo, Ana Vidigal Vidigal Zezão Reis, Bruno Jerônimo e outros amigos do audiovisual:

Ainda bem que o Poder Público apoia a tradição. Ainda bem que os poetas versam o Marabaixo e os fotógrafos o retratam. Ainda melhor ainda que o amigo Fernando Canto escreve crônicas sobre ele com o amor laguinense que lhe transborda. Ainda bem que a população vai até a Favela, aos campos do Laguinho, Campina Grande e ao Curiaú prestigiar a festa. Viva (vivencie mesmo) o Marabaixo do Amapá!

Foto: Elton Tavares

Elton Tavares, com informações de Fernando Canto, Edgar Rodrigues e Cláudio Rogério.

*Abaixo dois vídeos sobre Marabaixo: