Poema de agora: Renascer – Pat Andrade

Renascer

renasci mais forte
pra resistir ao peso da vida
que me arrasta para
os precipícios cotidianos

retornei com as asas
que me foram arrancadas
há tempos,
sem anestesia, nem nada

retomei o que é meu por direito
e me foi tirado sem permissão,
em uma época de escuridão

recuperei a voz para dizer
o que quero e preciso,
sem a mão que me tapava
a boca a cada grito

reinventei minhas
noites de insônia,
para ver melhor
a luz do luar

redescobri meus desejos,
respeitando o tempo
de cada coisa

e ainda sou eu mesma,
com remendos na alma,
dúvidas constantes
e um quase nada
[necessário] de calma

Pat Andrade

O “Ferinha” e carência de shows de qualidade em Macapá – Crônica de Elton Tavares

Ilustração de Ronaldo Rony

Macapá é rica em diversidade cultural, onde se mesclam as heranças afrodescendentes, cabocla, indígenas e dos imigrantes em uma identidade única. Só a musicalidade fruto disso tudo já é uma lindeza (quem acompanha este site, sabe que divulgo quase todos os nossos artistas). Imaginem se os empresários do ramo de entretenimento trouxessem artistas e bandas realmente porretas para este lugar no meio do mundo. Acontece sim, mas é raro.

Comecei esse texto/desabafo por conta de hoje rolar na cidade o show do “Moleque, o Ferinha” (ainda bem, não aguento mais aquele comercial na TV), mais um meia boca promovido pelo “Bar da Praia”, assim como os da “Comunidade do Texas”, duas entre muitas produtoras de eventos especializadas em jogar merda sonora (canções feitas somente para o cidadão sem qualquer tipo de acesso à cultura, daqueles que o mercado fabrica e empurra goela abaixo do povo) na capital amapaense e ainda cobrar por isso. Deveríamos ter muito mais acesso a shows de qualidade nestes eventos privados. Afinal, é pago. Então bora pagar por algo que preste.

Enquanto na capital vizinha, Belém do Pará, recebe artistas renomados da música brasileira, Macapá segue presa a um ciclo de repetição, onde os mesmos artistas de sertanejo, aparelhagens, sofrência, entre outros gêneros palhoças, ocupam os palcos locais e que nos deixam aquele gosto amargo de oportunidades perdidas. Sim, já que Titãs, Ira (em 2023), e agora em setembro de 2024, Caetano e Maria Bethânia, podem se apresentar no Estado do outro lado do rio e pra cá não vem nada.

A cultura de massa, impulsionada pelos interesses comerciais e pela busca desenfreada pelo lucro fácil, dá nisso. Os empresários, ávidos por garantir retornos financeiros rápidos, optam por trazer atrações de apelo imediato, mesmo que isso signifique sacrificar a oportunidade de enriquecer a cena musical local com apresentações de mais relevância cultural.

“Cultura não é elitista” ou “Cultura não é somente o que você gosta” dizem alguns defensores dessa merda. Nem vou me dar ao trabalho de explicar essa parte. Quem quiser saber mais sobre toda a questão histórica e social que impede, pode ler aqui: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2023/07/5107726-artigo-cultura-de-rico-cultura-de-pobre.html

Mas o que digo/escrevo aqui é como bem lembrou a advogada (minha prima/irmã), Lorena Queiroz, quando em uma conversa hoje mesmo, usou a citação da ministra da Cultura, Margareth Menezes: “a cultura é uma ferramenta de emancipação do pobre“. Sim, usem bons artistas, os que fazem pensar e para abrir mentes e iluminá-las como faróis na tempestade.

Em contrapartida, na mesma conversa, a Lorena lembrou algo também escroto:

Essa questão em Macapá é muito complexa. Ao mesmo tempo que as produtoras não acreditam no povo, digo na hora de trazer uma atração como Caetano e Maria Bethânia, quando tem um show de graça, como o do Zeca Baleiro, na virada de ano, a maioria da população preferiu ir para o de aparelhagem. Lamentável, pois talvez a cultura esteja empobrecendo. Talvez a boa música esteja fora de moda e a gente não aceita. Talvez o nosso problema seja velhice“, destacou Lorena Queiroz. Eu ri. Pode ser.

Em resumo, não que não tragam esses shows merdas, mas de vez em quando, tragam um bom. Público tem, afinal, todos pagam. É melhor do que ficarmos reféns somente das tais produtoras e seus shows escrotos. E olhem que nem vou falar do populismo. Isso pra ser gentil.

É uma dissonância gritante entre o que é oferecido e o que realmente se anseia, por boa parte da população. Pois é, meu caro leitor, aqui em Macapá, parece que estamos presos em um loop interminável de “shows ferinhas”, com um mar de melodias superficiais, letras simplórias e batidas previsíveis. Como se o refinamento e a profundidade musical fossem conceitos estranhos a essa terra, feita pelos cantadores e tocadores de fora. Sim, pois os daqui se garantem demais.

O problema reside na falta de equilíbrio e na ausência de variedade. É como se estivéssemos condenados a repetir incessantemente as mesmas apresentações ridículas.

Não é uma questão de elitismo, mas sim de acesso à cultura, à música que nos desafia, que nos faz refletir, que nos emociona. Como um dos maiores divulgadores da arte local, em todas as vertentes, sobretudo a música, posso reclamar sim. E mais, não tenho preconceito musical e sim conceito.

“Obrigado por enriquecer nossas vidas com encantamentos” – Frase do livro de Caetano Veloso, usada pela jornalista e apresentadora do Programa Fantástico, Maju Coutinho, ontem (17), ao encerrar a entrevista com ele (Caetano) e Maria Bethânia. É exatamente isso que nos falta nos shows que chegam ao meio do mundo: encantamento. E fim de papo!

Elton Tavares

Macapá vai receber mostra nacional sobre direitos humanos com exibição gratuita de 18 filmes

Por Rafael Aleixo

Entre os dias 18 e 21 de março a Universidade Federal do Amapá (Unifap) recebe a 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. A programação conta com 18 filmes que serão exibidos gratuitamente e que abordam temas como racismo, direito das mulheres, de pessoas com deficiência, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+ (Veja a programação completa no fim desta matéria).

Inscreva-se na mostra

A abertura ocorrerá às 18h30 do dia 18 no auditório do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (Depla). O tema desta edição é “Vencer o ódio, semear horizontes”.

Além das exibições serão realizadas oficinas com o objetivo de formar multiplicadores para apoio do ensino através da arte e dos direitos humanos. A oficina “Cinema, Educação e Direitos Humanos” é voltada para professores da educação básica das redes públicas, arte-educadores e educadores.

Inscreva-se na oficina

A mostra é realizada pelo Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em parceria com o Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Veja a programação:

Dia 18 (segunda):

18h30 Cerimônia e sessão de abertura
Nas Asas da Pan Am (Brasil, 2020, 115 min, livre)
Dia 19 (terça):

15h Programa 3 – Frutos (95 min)
Um Filme de Verão (Brasil, 2019, 95 min, 14 anos)
18h30 Programa 2 – Sementes (118 min)
Ribeirinhos do Asfalto (Brasil, 2011, 26 min, livre)
Adão, Eva e o Fruto Proibido (Brasil, 2021, 20 min, 14 anos)
Nossos espíritos seguem chegando (Brasil, 2021, 15 min, livre)
Me farei ouvir (Brasil, 2022, 30 min, 10 anos)
Escrevivência e Resistência: Maria Firmina dos Reis e Conceição Evaristo (Brasil, 2021, 26 min, livre)

Dia 20 (quarta):

15h Programa 4 – Frutos 2 (90 min)
Tesouro Quilombola (Brasil, 2021, 23 min, livre)
Mutirão, O Filme (Brasil, 2022, 10 min, livre)
Cósmica (Brasil, 2022, 7 min, livre)
O Pato (Brasil, 2022, 11 min, 14 anos)
Debate
18h30 Programa 1 – Raízes (150 min)
Travessia (Brasil, 2017, 5 min, livre)
Filha Natural (Brasil, 2018-19, 16 min, livre)
Nossa mãe era atriz (Brasil, 2022, 26 min, 12 anos)
Mãri Hi – A Árvore do Sonho (Brasil, 2023, 18 min, livre)
O que pode um corpo? (Brasil, 2020, 14 min, livre)
A poeira dos pequenos segredos (Brasil, 2012, 20 min, 14 anos)
Debate

Dia 21 (quinta):

18h30 Sessão Homenagem (102 min)
A Bolsa ou a Vida (Brasil, 2021, 102 min,10 anos)

Serviço:

13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos
Local: Auditório do Departamento de Letras e Artes (Depla) da Unifap, na Rodovia Josmar Chaves Pinto, Universidade, Macapá.
Período: 18 a 21 de março

Fonte: G1 Amapá.

Poema de agora: “O sonho é o verbo, o pesadelo é a visão” – Poema porreta de Fernando Canto – @fernando__canto

O sonho é o verbo, o pesadelo é a visão

O sonho move/ o pesadelo retém
Palavras prendem/ o texto liberta
O sonho instiga/ o pesadelo ilumina
A voz se solta/ o eco expande

O sonho é o tempo/ o pesadelo o espaço
A palavra lavra/ o texto laça
O sonho enevoa/ o pesadelo escolhe
A palavra planta/ o texto colhe

Quando o pesadelo
É a brasa
E o sonho
É água
A palavra é sonho
E o texto pesadelo
Quando o texto
É o ralo

E a palavra
Corre
O pesadelo acorda
E o sonho morre

Fernando Canto

(*) Os versos deste texto podem ser lidos de trás para frente; cruzados nos substantivos e verbos; alternados; invertidos em direções diversas ou como o leitor quiser. Pode-se até fazer jogral com a plateia para que se criem novos versos, com novas palavras. O importante é ter sonhos, pesadelos, palavras e textos para que se crie uma filosofia sobre o tema (F.C).

Nunca fui… – Crônica de Elton Tavares (Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica megalomaníaca de Elton Tavares

Nunca fui sonhador de só esperar algo acontecer. Sou de fazer acontecer. Não sou e nunca serei um anjo. Não procuro confusão, mas não corro dela, nunca!

Nunca fui de pedir autorização pra nada, nem pra família, nem para amigos. No máximo para chefes, mas só na vida profissional.

Nunca fui estudioso, mas me dei melhor que muitos “super safos” que conheci no colégio. Nunca fui prego, talvez um pouco besta na adolescência.

Nunca fui safado, cagueta ou traíra, mesmo que alguns se esforcem em me pintar com essas cores.

Nunca fui metido a merda, boçal ou elitista, só não gosto de música ruim, pessoas idiotas (sejam elas pobres ou ricas) e reuniões com falsa brodagem.

Nunca fui “pegador”, nem quis. É verdade que tive vários relacionamentos, mas cada um a seu tempo. Nunca fui puxa-saco ou efusivo, somente defendi os trampos por onde passei, com o devido respeito para com colegas e superiores.

Nunca fui exemplo. Também nunca quis ser. Nunca fui sonso, falso ou hipócrita, quem me conhece sabe.

Nunca fui calmo, tranquilo ou sereno. Só que também nunca fui covarde, injusto ou traiçoeiro.

Nunca fui só mais um. Sempre marquei presença e, muitas vezes, fiz a diferença. A verdade é que nunca fui convencional, daqueles que fazem sentido. E quer saber, gosto e me orgulho disso. E quem convive comigo sabe disso.

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Desconfortáveis encontros casuais – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Encontro um velho conhecido.

Ele: “cara, você tá muito gordo!”. Eu, (em pensamento, digo eu sei caralho, vai tomar no cu!): Ah, cara, sabe comé, sem exercícios físicos, sem tempo pra muita coisa, muita cerveja e porcarias gordurosas (que amo).

Sem nenhum assunto, fico em silêncio.

Ele: virei médico e você?

Eu: sou jornalista.

Ele: ah, legal (com um ar de desdém que vi ao encontrar outros velhos conhecidos advogados, administradores, contadores, ou alguma outra profissão mais rentável).

Aí um de nós subitamente diz que está atrasado e marca uma gelada qualquer dia com nossas respectivas esposas ou namoradas e vamos embora. Com certeza, passaremos mais 10 anos sem nos falarmos, graças a Deus.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

TRE Amapá e EJE-AP inauguram exposição ‘Mulheres Protagonistas’

Em celebração ao Mês da Mulher, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), por meio da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-AP), lançou a exposição fotográfica “Mulheres Protagonistas”, um acervo que reúne as fotos e histórico de figuras femininas que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento do estado nos mais diversos segmentos, como política, cultura, esportes e outros.

O diretor da EJE-AP, juiz Paulo Madeira, destacou a importância da exposição, que funciona como um registro histórico de trajetórias pessoais e profissionais com potencial para influenciar outras pessoas.

“A Escola Judiciária Eleitoral está muito satisfeita em promover este evento porque é a reafirmação de que nós temos compromisso com a cidadania e não se pode falar em cidadania plena quando apenas um grupo ocupe os espaços de liderança, é preciso que as mulheres também sejam incluídas e ocupem seus espaços de poder”, disse.

Mulheres que atuaram e atuam nos seguimentos da magistratura, jurídico, artes plásticas, educação, música, medicina, política, esporte, comunicação social entre outros. A diversidade das homenageadas chama a atenção para a presença das mulheres em diferentes papeis na sociedade.

“Temos que homenagear essas mulheres que inspiram, elevá-las ao patamar que merecem, nas áreas política, judiciária, cultural e tantas outras, e que demonstram que é possível sim que uma mulher chegue aonde ela deseja chegar”, reforçou a vice-diretora da EJE, a juíza eleitoral Ariadne Alencar.

O presidente do TRE Amapá, desembargador João Lages, que cumpre agenda institucional em Brasília, participou do evento por videoconferência. Em seu pronunciamento ele destacou a importância do incentivo e defesa da equidade de gênero pelas instituições públicas, especialmente pela Justiça Eleitoral e encerrou prestando congratulações as homenageadas, e todas as mulheres presentes.

Lançamento

O lançamento da exposição aconteceu no hall do Plenário do TRE Amapá, com a participação das homenageadas ou representantes, além de magistrados e servidores do Tribunal.

A cantora Oneide Bastos, uma das mulheres que compõem a exposição, fez uma apresentação no evento. A artista e reconhecida pela obra que valoriza a cultura amazônica de caboclos, negros e índios.

“Vou levando a minha música incentivando as mulheres a se libertarem da opressão, para que elas procurem conhecer seus direitos e lutar por eles”, falou a cantora.

Exposição

A mostra apresenta um conjunto de 27 obras que celebram o legado de mulheres do Amapá que se destacam em diferentes campos. O design das peças foi criado pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE-AP).

O acervo foi aberto ao público a partir da quinta-feira, 14 de março, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, localizado na avenida Mendonça Junior, 1502, Centro, no horário das 13h às 18h, de segunda a sexta-feira. Os quadros estarão em exposição durante todo o mês de março, em celebração ao Mês da Mulher.

Homenageadas

As obras contemplam figuras femininas como a juíza de direito, dra. Alaíde de Paula, que compôs a primeira turma de magistrados do Amapá e foi a primeira juíza a assumir a diretoria do Fórum de Macapá, a deputada Alliny Serrão, primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa do Amapá, a Procuradora de Justiça do Estado do Amapá, Ivana Cei, a primeira mulher amapaense nomeada ao Cargo de Conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a tia Zefa do Quinca, compositora e cantora de ladrões de Marabaixo, precursora da cultura do estado, Keila Palikur, artista plástica indígena do Povo Palikur que ressalta a beleza ancestral em suas obras e outras mulheres notáveis que já desenvolveram e desenvolvem ações para fortalecer a importância feminina na sociedade amapaense e brasileira, como Alcinéa Cavalcante, Alline Calandrini, Alzira Nogueira, Cristina Almeida, Dilma Célia de Oliveira Pimenta, Fleur Duarte, Helena Guerra, a Coronel Heliane Braga de Almeida, Janete Silva, Maria Dalva de Souza Figueiredo, Moara Negreiros, Oneide Bastos, Raquel Capiberibe, Sulamir Monassa, Keila Palikur, Janete Capiberibe, Raimunda Clara Banha, Simone Karipuna, Juíza Stella Ramos; In Memorian: Lucimar Alves, Maria Sá, Margarete Salomão e Zeneide Alves De Souza.

Assessoria de Comunicação – Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP)
Central de atendimento ao público do TRE-AP: (96) 3198-7504 (Ramal 7504) / (96) 98406-5721

Edital oferta mais de 2 mil vagas para cursos profissionalizantes em Macapá e Santana

Iniciou na quinta-feira (14) e segue até a terça-feira (19) as inscrições, via internet, para as 2.057 vagas em cursos de oito centros profissionalizantes de Macapá e Santana.

Os cursos ofertados de forma gratuita são de francês básico, artesanato, enfermagem, pintor, fotografia e interprete instrumentista.

*Veja o edital
*Inscreva-se

O edital do governo do Estado prevê cursos nas modalidades técnico de nível médio subsequente, para maiores de 18 anos e que já tenham concluído o ensino médio; e cursos de formação inicial e continuada (Fic), que são de menor duração e com requisitos específicos disponíveis no edital.

Além disso, o edital prevê vagas destinadas para cotas. Sendo 10% delas para pessoas com deficiência (PCD), 5% para afrodescentes e 5% para indígenas. Ambas as vagas precisam de comprovação.

A pré- matricula está marcada para iniciar em 8 de abril e segue até o dia 10. Essa etapa vai obedecer a ordem de inscrição online.

O candidato deve comparecer na secretaria do Centro escolhido com os seguintes documentos:

01 foto 3×4;
Certidão de Nascimento;
Documento de identidade (RG);
CPF;
Comprovante de endereço;
Comprovante de matrícula ou declaração escolar da rede pública estadual de ensino;
Certificado de conclusão do Ensino Médio (para os cursos de EPT);
Se cotista afrodescendentes: autodeclaração
Se cotista PCD: Laudo médico especificando a deficiência;
Se cotista indígena: Declaração da FUNAI atestado de etnia;
01 classificador transparente.
Histórico Escolar do Ensino Médio (apenas para curso técnico subsequente dos Centros CEPGRS e CEPAVCP
Após o período de 1° chamada a organização deve fazer um balanço das vagas remanescentes e realizar a 2º chamada.

Veja os cursos e vagas:

Foto: Maksuel Martins/Secom

Centro Walkíria Lima – Macapá
Qualificação Profissional:

Intérprete instrumentista contrabaixo – 30 vagas;
Intérprete instrumentista flauta doce – 24 vagas;
Intérprete instrumentista saxofone – 12 vagas;
Intérprete – 36 vagas;
Instrumentista violão – 24 vagas;
Intérprete instrumentista clarinete – 6 vagas;
Intérprete instrumentista contrabaixo elétrico – 10 vagas;
Intérprete instrumentista guitarra – 20 vagas;
Músico interprete cantor – 10 vagas;
Intérprete instrumentista saxofone – 8 vagas;
Intérprete instrumentista em percussão – 20 vagas;

Foto: Erich Macias

Centro Danielle Mitterrand – Macapá
Qualificação Profissional:

Francês Básico – 750 vagas
Centro Cândido Portinari – Macapá
Qualificação Profissional e Curso Técnico

Artesão de pintura em tecidos – 15 vagas;
Ilustrador – 75 vagas;
Pintor de arte – 15 vagas;
Cartonageiro á mão – 15 vagas;
Gravurista – 15 vagas;
Artes Visuais – 45 vagas;
Processos Fotográficos – 15 vagas
Centro Cultural Franco-Amapaense – Macapá
Qualificação Profissional:

Francês Básico – 240 vagas;
Francês aplicado a serviços turísticos – 30 vagas;
Artesão de biojoais – 25 vagas;
Recreador Cultural – 25 vagas;
Artesão de pintura em tecido – 25;
Centro Graziela Reis – Macapá
Curso Técnico:

Enfermagem – 200 vagas;
Centro Formação em Pesca e Aquicultura – Santana
Curso de formação iniciada e continuada:

Artesão de biojoias – 15 vagas;
Produtor de licores – 15 vagas;
Operador de beneficiamento de pescado – 15 vagas;
Centro Bi Trindade – Santana
Qualificação Profissional:

Músico de Banda – 80 vagas;
Ilustrador – 40 vagas;
Artesão de Pintura em Tecidos – 40 vagas;
Francês Básico – 40 vagas
Intérprete instrumentista violão – 30 vagas;
Intérprete instrumentista flauta – 40 vagas;
Centro Profª. Maria Salomé – Santana
Curso Técnico:

Mestre de obras – 30 vagas;
Agente de limpeza e conservação – 30 vagas;
Eletricista instalador predial de baixa tensão – 30 vagas;
Assistente de recursos humanos – 30 vagas;
Artesão de biojóias – 15 vagas;
Produtor de licores – 15 vagas;
Operador de beneficamente de pescado – 15 vagas;

Fonte: G1 Amapá.

Há 26 anos, morreu o genial Tim Maia #TimMaia

Hoje faz 26 anos que Sebastião Rodrigues Maia, o talentoso músico, cantor e compositor, produtor musical e pai do Soul nacional, Tim Maia, subiu. Em 15 de março de 1998, a voz rouca e poderosa do artista calou-se. Ele tinha 55 anos de idade e a causa da morte foi um colapso do organismo causado por infecção generalizada, decorrente das doses cavalares de drogas e álcool que ele consumiu ao longo da vida.

Tim foi uma força da natureza, descrita no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, do jornalista e amigo do cantor, Nelson Motta. Li a obra há 11 anos e fiquei fascinado. A publicação serviu de base para o filme exibido nos cinemas brasileiros em 2014.

Ah, o Tim Maia era louco? Sim, era. Um genial doido varrido. Viveu do jeito que quis e nunca se preocupou em ser exemplo. Sou fã de gente assim. Canções como “Azul da Cor do Mar” e “Primavera”, entre tantas outras músicas maravilhosas, são a prova do que foi o cantor e compositor.

A obra de Tim fala de alegria e amor. O artista não seguiu as regras, foi debochado, esquentado, brigão, malandro, egoísta, porra louca (como não rolar uma identificação?), entre outros tantos rótulos que nada são perto do tamanho do talento e do que o cara representou para a música brasileira.

Não fumo, não bebo e não cheiro. Só minto um pouco” – Tim Maia.

Elton Tavares

Mais vida, menos grana – Crônica de Elton Tavares – (do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”)

Crônica hedonista de Elton Tavares

Certa noite , ao conversar com amigos e dizer que não guardo um vintém do que ganho com o meu suado trabalho, eles ficaram assombrados. Disseram que é loucura, que ‘issos’ e ‘aquilos’, especialmente sobre reservas econômicas para possíveis emergências. Eu disse que prefiro mais vida e menos grana.

Não, não é que eu não goste de dinheiro. Claro que gosto, mas tudo que ganho, no batalho e sempre honestamente, é repassado para custos operacionais e caseiros. O restante é gasto e muito bem gasto em vida. E não sobra nadica de nada para acumular.

Além da minha incorrigível falta de perspicácia financeira, nunca ganhei somas consideráveis com meus trampos, seja neste site, na assessoria de comunicação ou escritos (sim, vivo literalmente de palavras). Mas o que entrou no meu bolso, apesar de eu não conhecer essa tal de economia, jamais foi desperdiçado.

Eu bebo e não é pouco. Gosto de viagens e dos momentos em que fiz um monte de merdas legais com os meus brothers. Isso tudo custa caro. Em nem todo o dinheiro do mundo poderia comprar aqueles dias de volta. Ou seja, mais vida, menos grana.

Quando não usei minha grana pra curtir a vida com amigos, ajudei pessoas. E essa é a melhor forma de torrar os trocados. Como disparou outro gordo louco no passado: “não quero dinheiro, eu só quero amar”. Grande Tim!

Falando em citações (amo usar frases de ídolos), uma vez o Belchior disse: “e no escritório em que eu trabalho e fico rico, quanto mais eu multiplico, diminui o meu amor“, na canção “Paralelas”. Boto fé nisso.

Algumas pessoas que conheci no passado, amigos e até familiares, após se estribarem, ficaram um tanto pavulagem demais e com suas vidas muito menos divertidas.

E isso me recorda o bom e velho Johnny Cash, que certa vez pontuou: “às vezes eu sou duas pessoas. Johnny é o legal. O dinheiro causa todos os problemas. Eles lutam”.

Ou os Paralamas do Sucesso, na canção “Busca a vida”: “…Ele ganhou dinheiro, ele assinou contratos, e comprou um terno e trocou o carro. E desaprendeu a caminhar no céu …e foi o princípio do fim!“.

Aos que desaprenderam o caminho, deixo a canção-poema : “Desejo que você ganhe dinheiro, pois é preciso viver também. E que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem“.

No meu caso, sigo dando mais valor em viver do que em poupar para um futuro incerto. Menos grana, mais vida, meus amigos.

É isso!

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”.

Poesia que não se esgota (texto poético Fernando Canto) – @fernando__canto

A poesia não se esgota no pensamento porque ela é o esforço da linguagem para fazer um mundo mais doce, mais puro em sua essência;

A poesia procura tocar o inacessível e conhecer o incognoscível na medida em que articula e conecta palavras e significados;

Cada imagem representada, projetada pelo sonho, pela imaginação ou pela realidade, é um símbolo que marca o que sabemos da vida e seus desdobramentos, às vezes fugidios.

Mas nem sempre é o poeta o autor dessa representação, pois tudo o que surge tem base social e comunitária, depende da vivência de realidade de quem propõe a linguagem e a criação poética.

Quando isso ocorre estamos diante da autenticidade do texto poético. E todos somos poetas, embora nem sempre saibamos disso. E ainda que nem tentemos sê-lo.

Fernando Canto

*Do livro “O Centauro e as Amazonas”.

**Fernando Canto é o maior escritor vivo do Amapá, além de querido amigo. 

Hoje é o Dia Nacional da Poesia

Hoje é o Dia Nacional da Poesia. A data é comemorada em 14 de março por ser o dia do nascimento de Castro Alves, em 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

Sou fã de poesia e poetas. Adoro Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, entre outros tantos poetas brasileiros, mas gosto mesmo é dos poeteiros amigos. Sim, os que admiro tanto quanto estes nomes aí de cima.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é a toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Hoje, minhas homenagens são para os poetas que são meus amigos. São eles: Fernando Canto, Alcinéa Cavalcante, Pat Andrade, Luiz Jorge Ferreira, Paulo Tarso Barros, Bernadeth Farias, Carla Nobre, Andréia Lopes, Ronaldo Rodrigues, Pedro Stkls, Thiago Soeiro, Lara Utzig, Bruno Muniz, Marven Junius Franklin, Leacide Moura, Ricardo Iraguany, Maria Ester, Kássia Modesto, Tiago Quingosta, Mary Paes, entre outros que tenho a sorte de ter a amizade ou parceria. Muito obrigado!

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas que inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Viva a poesia!

Elton Tavares

Grupo Equatorial vai investir R$ 10 milhões em projetos culturais e esportivos em sete estados

O Grupo Equatorial lançou seu primeiro edital de seleção pública para o patrocínio de projetos culturais e esportivos aprovados em leis federais de incentivo. A companhia vai destinar R$ 10 milhões para iniciativas do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul, Amapá e Goiás. As inscrições devem ser feitas até o dia 17 de março, por pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos), conforme os critérios descritos no edital, disponível no site Projetos Equatorial (www.projetosequatorial.com.br).

De acordo com Kézia Marques, Gerente de Responsabilidade Social do Grupo Equatorial, o objetivo geral do edital é promover o desenvolvimento social, cultural e esportivo por meio de projetos que contribuam para um ambiente mais inclusivo e socialmente responsável. “A realização do edital vai dar oportunidade a produtores culturais e esportivos de desenvolver ou impulsionar iniciativas que promovam a diversidade cultural, o acesso à arte, ao esporte e à educação que estejam alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)”, explica.

A ONU desenvolveu a Agenda 2030, um pacto global com objetivos e metas pelo planeta e pela sociedade. O Grupo Equatorial é signatário do pacto. No Edital, serão priorizados projetos que estejam alinhados aos ODS 7 (energia limpa e acessível); 4 (educação de qualidade) e 8 (trabalho decente e desenvolvimento econômico).

Os projetos submetidos ao edital deverão ainda se enquadrar em pelo menos um dos eixos principais das áreas de enfoque, que são: valorização da cultura e identidade local; salvaguarda de patrimônio cultural; educação/capacitação; geração de trabalho e renda; formação de atletas; projetos com perfil social e de itinerância; e, inclusão social.

“Aqui no Grupo Equatorial nós acreditamos que o amanhã vai ser bem melhor se a gente fizer algo hoje. Por isso, buscamos gerar impactos positivos a longo prazo por meio de projetos que proporcionem desenvolvimento cultural, esportivo ou social nas comunidades em que atuamos”, afirma Kézia.

Os projetos selecionados serão divulgados no dia 15 de maio, por meio dos sites do Grupo Equatorial. Para esclarecimentos de dúvidas e obtenção de informações, os proponentes devem utilizar o endereço de e-mail [email protected].

Assessoria de comunicação do Grupo Equatorial

Poema de agora: Poros (Jorge Herberth)

Poros

O calor
No amor
Eva poras

O amor
No frio
Congela
O vapor
Do mar

No amor
Viajam
Continentes
Gêiseres
Geleiras
Sol

Na natureza
Do amor
Haverá sempre
Um aroma
De enxofre
E cobre
Oxigênio
O amor
Antropofágico
Eva poros

Jorge Herberth