Como hoje é sexta, sempre lembro do velho Liverpool Rock Bar, o melhor pior bar da mundo- Crônica de Elton Tavares

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Hoje é sexta-feira e toda sexta lembro do velho Liverpool Rock Bar, que foi um dos celeiros do rock amapaense. Fundado no final 2004, pelo seu saudoso “Seu Nelson” (falecido há alguns dias ) e sua filha Vânia, o bar, mesmo sem estrutura, fez sucesso entre os amapaenses que gostam de rock and roll.

O Liver foi, até o final de 2009, o refúgio do underground amapaense. Um bar simples, entretanto, frequentado pelas pessoas mais descoladas da cidade. Na categoria “rocker”, foi o bar de rock mais duradouro da história de Macapá.

O Liverpool tinha mesas de bilhar adoradas por 90% dos frequentadores, bandas legais e tínhamos a certeza que íamos encontrar os amigos por lá. No Liver iam músicos, skatistas, jornalistas, boêmios, malucos, caretas, homossexuais e heterossexuais. Era um local democrático, muito longe de uma “vibe” ou “point”. Alguns, mais exigentes, apelidaram o local de “Liverpalha”, mas viviam por lá.

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Hoje temos locais melhores para curtir som, muito mais estruturados, refrigerados e tals, mas todos nós lembraremos do charme sujo que o Liver possuía. A gente quebrava tudo por lá (às vezes, literalmente). Saudades daquela bodega! Saudades do melhor pior bar do mundo!

“O Rock é energia, o desejo ardente, as exultações inexplicáveis, um senso ocasional de invencibilidade, a esperança que queima como ácido” – Nick Horby – Romancista inglês.

Elton Tavares

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