No período de 20 a 27 de janeiro: Exposição fotográfica ‘Povo de Cultura e Fé 2.0’ retrata história e cultura de Mazagão Velho

Foto: Gabriel Penha

O jornalista e fotógrafo mazaganense Gabriel Penha assina a exposição fotográfica “Povo de Cultura e Fé 2.0”, que acontece no período de 20 a 27 de janeiro, no Centro Histórico e Cultural Rozicema Viana, em Mazagão Velho. A amostra das fotografias é apoiada pela Lei Paulo Gustavo, através do Edital de Chamamento Público 002/2023, da Fundação Municipal de Cultura (Edital Multilinguagem) e faz parte das comemorações dos 254 anos da vila de Mazagão Velho, lugar que deu origem ao Município de Mazagão.

As fotografias trazem o olhar do autor às festas do calendário religioso e cultural da comunidade, como as celebrações a são Gonçalo, os rituais da Semana Santa, a coração da Imperatriz e o marabaixo de rua da Festa do Divino Espírito Santo, o encontro das barcas e as folias de Nossa Senhora da Piedade, o auto de Natal Cordão das Pastorinhas e, claro, a Festa de São Tiago. Além de contemplar as fotografias, o visitante poderá ganhar um exemplar da revista-catálogo da exposição – serão distribuídas gratuitamente 50 unidades.

Foto: Gabriel Penha

O projeto é resultado de um trabalho de quase duas décadas de registros fotográfico das referidas festividades. A iniciativa tem reconhecimento em nível nacional – foi contemplada na edição 2015-2016 do edital “Rumos”, do Instituto Itaú Cultural e já percorreu municípios como Oiapoque, Laranjal, Vitória do Jari, Santana e Macapá.

Essa “segunda versão” da exposição inclui fotografias mais recentes e uma nova abordagem, mais artística e incisiva. Segundo o artista visual, o diferencial desse trabalho é ser feito por alguém que conhece e vive as tradições.

Foto: Gabriel Penha

“Resumo esse projeto como um filho da terra mostrando sua história e sua cultura, através do poder da fotografia. Não é só fotografia, é também pertencimento. Faço parte da Cavalaria de São Tiago e sou diretor de Comunicação do instituto que organiza a festividade. Quero ser sempre o olhar que dá visibilidade à cultura herdada de nossos antepassados”, diz o jornalista.

A exposição em Mazagão Velho conta com o apoio instrucional da Fundação Estadual de Políticas de Igualdade Racial (Feppir-Fundação Marabaixo) e do Instituto Cultural da Festa de São Tiago (ICFST).

Foto: Gabriel Penha

Sobre Mazagão Velho

Mazagão Velho é uma vila que guarda um capítulo pouco conhecido do período do Brasil Colonial, quando uma colônia portuguesa foi desativada e transferida para a Amazônia no século 18. Foi fundada pela Coroa Portuguesa em 23 de janeiro de 1770, para abrigar colonos e seus escravos; a Nova Mazagão viveu tempos de prosperidade, mas também foi arrasada por uma epidemia de cólera.

Parte da população resistiu e montou o núcleo populacional da vila, que hoje tem cerca de 8 mil habitantes. A Sede do Município foi transferida para Mazagão Novo e implantado oficialmente em 15 de novembro de 1915.

Do outro lado do Atlântico, os colonizadores trouxeram uma rica e pujante herança religiosa e cultural, preservada até os dias de hoje.

Gabriel Penha

Sobre o autor

Max Gabriel da Silva Penha, 45, é jornalista formado pela primeira turma de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Profissionalmente, atuou em veículos de comunicação como Diário do Amapá, Jornal do Dia, Folha do Amapá, a Gazeta e G1 Amapá; foi assessor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e atualmente exerce a mesma função na Fundação Marabaixo do Governo do Amapá.

Procurou aliar a fotografia cultural ao seu fazer jornalístico. Um de seus trabalhos em terras mazaganenses foi a exposição fotográfica “Memorial da Festa de São Tiago”, em conjunto com a publicação da revista “Festa de São Tiago – Uma epopeia no coração da Amazônia”, em julho de 2014, com segunda edição publicada em 2015. Também assina a arte dos cartazes da Festa de São Tiago nos anos de 2010, 2011, 2012, 2014 e 2015. Com seu fazer artístico, procura evidenciar e difundir a identidade cultural de Mazagão Velho, além colaborar para o seu fortalecimento. O atual projeto é o “Povo de Cultura e Fé”, um trabalho sem precedentes que evidencia a cultura de Mazagão Velho, através de três ações: exposição fotográfica, palestras e distribuição de materiais, como revistas e DVDs.

Assessoria de comunicação

Exposição fotográfica virtual celebra aniversário de Instalação da Justiça do Amapá

Com 33 anos de história desde a instalação oficial da Justiça do Amapá, ocorrida em 25 de janeiro de 1991, o Poder Judiciário amapaense carrega consigo muitas conquistas e momentos que marcam a trajetória de um povo em busca dos seus direitos. Neste dia, celebramos também a posse dos primeiros desembargadores do Tribunal de Justiça do Amapá. Em homenagem à data, lançamos hoje uma exposição fotográfica virtual sobre o início da instalação da Justiça Estadual. Confira aqui: Exposição fotográfica virtual “33 anos da Instalação da Justiça do Amapá e posse dos primeiros desembargadores do TJAP”

Com o título “33 anos da Instalação da Justiça do Amapá e posse dos primeiros desembargadores do TJAP”, a exposição é realizada virtualmente, em formato de site. Uma forma de o público relembrar memórias e conhecer um pouco mais sobre a história do Judiciário Amapaense.

A iniciativa conta com a curadoria dos servidores da Seção de Memória Institucional do TJAP, o historiador Marcelo Jaques de Oliveira e o museólogo Michel Duarte Ferraz, e com a colaboração da equipe de Secretaria de Comunicação da instituição.

A Mostra convida todos os internautas para uma viagem no tempo, na qual poderão prestigiar como foi o início do processo da Justiça por meio da criação das comarcas, postos avançados e juizados itinerantes. São apresentados registros da sessão solene que instalou a Justiça do Amapá, realizada no Fórum de Macapá, em 25 de janeiro de 1991.

Na ocasião tomaram posse seis desembargadores: Dôglas Evangelista Ramos, Honildo Amaral de Melo Castro, Mário Gurtyev de Queiroz, Gilberto de Paula Pinheiro, Luiz Carlos Gomes dos Santos e Benedito Leal de Mira. A Corte foi complementada em março do mesmo ano, com a nomeação do sétimo desembargador, Marco Antônio da Silva Lemos, também oriundo da magistratura.

Os desembargadores empossados foram os responsáveis não apenas pelos primeiros concursos da magistratura e dos servidores, como pela organização de carreiras e estruturação física do poder judiciário.

Confira aqui: Exposição fotográfica virtual “33 anos da Instalação da Justiça do Amapá e posse dos primeiros desembargadores do TJAP

– Macapá, 25 de janeiro de 2024 –
Assessoria de Comunicação Social
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Resex do Rio Cajari (sobre minha visita lá, há mais de uma década)

RDS2
Resex do Rio Cajari – Foto: Elton Tavares

O ano era 2011. Fui cobrir ações do Governo do Amapá na Reserva Extrativista do Rio Cajari, no sul do Estado. Lá, a população tradicional explora açaí e castanha-do-brasil.

Criada em março de 1990, a Resex possui 481.650 quilômetros quadrados. É uma área de domínio das populações tradicionais, e tem como finalidade a cultura de subsistência, assegurando o uso de forma sustentável sem prejudicar o meio ambiente.

Certamente, um dos locais mais lindos do Amapá e que fui na vida. O meu trabalho me dá essas oportunidades, graças a Deus!

Parece que foi ontem, mas já faz 13 anos na estrada do tempo.

Elton Tavares

Lei Paulo Gustavo: inscrições abertas em editais no valor de R$ 22,6 milhões no Amapá

Por Rafael Aleixo

Estão abertas até 22 de fevereiro as inscrições nos editais para seleção de projetos culturais no Amapá a partir de recursos da Lei Paulo Gustavo. Produtores e agentes culturais podem participar dos editais Latitude Zero e de premiação Maré Cheia.

Os editais lançados pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) somam aproximadamente R$ 22,6 milhões e devem contemplar cerca de 1,2 mil iniciativas nos 16 municípios do estado.

Do total de recursos, R$ 14,6 milhões foram destinados ao segmento audiovisual, R$ 5,6 milhões para outros segmentos culturais e R$ 1,1 milhão para a operacionalização da lei.

O governo informou ainda que R$ 1,3 milhão foi destinado a uma adaptação do Centro de Difusão Cultural João de Azevedo Picanço para uma Sala de Cinema.

Edital Latitude Zero

O edital seleciona até 365 projetos do audiovisual, com valores que variam de R$ 1,5 mil até R$ 400 mil. O responsável pelo projeto deverá exercer a função de criação, direção, produção, coordenação ou gestão artística de destaque com capacidade de decisão dentro do projeto.

Veja o edital
Inscreva-se

Edital Maré Cheia

O edital de premiação Maré Cheia vai selecionar agentes culturais de diversas áreas que tenham prestado contribuição relevante para o desenvolvimento artístico e cultural no Amapá há pelo menos dois anos. Serão mais de R$ 5,6 milhões em premiações para 835 projetos, que podem variar de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Veja o edital
Inscreva-se

Lei Paulo Gustavo

A proposta foi batizada em homenagem ao ator e humorista que morreu em maio de 2021, vítima da Covid-19. Paulo Gustavo era um dos artistas mais populares do país e faleceu aos 42 anos.

Para o Amapá foram destinados cerca de R$ 30 milhões pelo governo federal, sendo cerca de R$ 22,6 milhões para o estado e R$ 7,5 para os municípios. No estado, a lei foi regulamentada através do Decreto nº 8.901 de 13 de novembro de 2023, onde se dispõem que os recursos previstos serão utilizados em ações emergenciais destinadas ao setor cultural.

Os cinco municípios com maior previsão de transferência de recursos no Amapá são Macapá (R$ 4,6 milhões), Santana (R$ 952 mil), Laranjal do Jari (R$ 419 mil), Oiapoque (R$ 233 mil) e Porto Grande (R$ 189 mil).

Fonte: G1 Amapá

Jornada Fé, Luta e Arte acontecerá no período de 19 a 21 de janeiro na biblioteca comunitária do Amapá Garden Shopping

Poeta Carla Nobre

O Projeto “Jornada Fé, Luta e Arte” reunirá no período de 19 a 21 de janeiro, artistas de vários segmentos da cultura e da literatura amapaense, na Bibliogarden – biblioteca comunitária localizada no Amapá Garden. Durante três dias, o espaço estará aberto ao público que poderá participar de oficinas e apreciar recitais, performances de dança e poesia, exibição de filmes, encontro com escritores e exposições fotográficas. A programação diversificada e gratuita acontecerá a partir das 16h.

O objetivo, além de promover encontros com talentos locais para compartilhar a diversidade de obras e expressões artísticas que são produzidas no estado, é comemorar o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, que acontece domingo, 21. O evento é realizado pelo grupo Abeborá das Palavras, com o apoio da Prefeitura de Macapá, Coletivo Juremas, Maré Literária, Arte da Pleta e Amapá Garden Shopping.

Poeta Bárbara Primavera

“Essa programação compartilhada num espaço democrático, que é a Bibliogarden visa dar visibilidade a diversidade de manifestações religiosas e artísticas. É preciso respeitar e conhecer os diversos credos que nos rodeiam. Essa é mais uma ação em que nossos artistas irão trocar experiências com o público e todos estão convidados”, frisou Carla Nobre, escritora, poeta e uma das coordenadoras da Bibliogarden.

Confira a programação:

Local: Bibliogarden – Garden Shopping – Rodovia Josmar Chaves Pinto

Fotógrafo Aog Rocha

Sexta-feira, 19

16h – Exposição fotográfica: Macapá em Prosa & Verso – Aog Rocha
Exposição fotográfica: Ecos do Amapá – Raih Amorim
Exposição fotográfica: Salmos e Paisagens – Bárbara Ribeiro
Exposição Poemas de Sustentabilidade – diversos escritores e artistas
Oficina de Caderno Artesanal – Carla Nobre, Bárbara Primavera, Ana Anspach e Raih Amorim

Poeta Pedro Stkls

Sábado, 20
18h – Exibição do filme Tempo de Chuva – Direção: Nani Freire
Exibição do filme Capitão Açai – Direção: Marcelo Nobre
19h – Recital “Quem me benze” – Bárbara Primavera
20h – Performance “Variações do Infinito” – Carla Nobre
20h30 – Leitura de Poemas Paquete “O Exílio dos Olhos” – Pedro Stkls e convidados
21h – Performance “Toda reza é santa” – Grupo Abeporá das Palavras

Fotógrafa Raih Amorim

Domingo, 21
19h – Poesia e Mandalas Poéticas – Pedro Henrique
20h – Performance Fragmentos – Talita Espósito
20h30 – Performance “Vozes Negras” – Andreia Lopes e convidados
21h – Espetáculo profano/sagrado – Tonny Silo

Assessoria de comunicação

Hoje é o Dia do Fotógrafo #diadofotógrafo #Macapá #amapá

Hoje (8) é comemorado o Dia do Fotógrafo e da Fotografia. Acredita-se que a data é relembrada no Brasil por conta da chegada do daguerreótipo, vindo de Paris (FRA). Segundo um artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, o aparelho de Louis Jacques Daguerre embarcou na madrugada de 25 de setembro de 1839, chegando à América do Sul em 8 de janeiro de 1840.

O fotógrafo, de acordo com o conceito da palavra, “é um profissional que elabora fotografias estáticas ou dinâmicas. Eles atuam em áreas diversas, como fotografia de filmes, fotojornalismo, fotografia de publicidade, fotografia de natureza, fotografia de moda, aerofotografia, fotografia subaquática, fotografia documental, fotografia de guerra e fotografia panorâmica”.

Até aí, nenhuma novidade; mas o lance que diferencia um fotógrafo de um reles apertador de botão é a sensibilidade, o olhar, o talento de capturar imagens. Os verdadeiros fotógrafos sacam os elementos necessários para obter uma boa foto. Por exemplo, eles percebem que tipo de luz, qual ângulo e tantos outros elementos para seus registros. É preciso muito estudo e conhecimento para se tornar grande nesta área.

Existem meros apertadores botão, como eu, que registram imagens pelo simples prazer de congelar momentos ou meramente por gostar de fotografia. Mas este post é uma homenagem aos fotógrafos de verdade, os profissionais.

Sabem aquela famosa frase: “uma imagem vale mais do que mil palavras”? Pois é, tem muita gente que faz fotos que não precisam de um grande texto ou legenda. Admiro quem é capaz de fazer fotografias deste tipo.

Já trabalhei com muitos fotógrafos, a maioria deles muito bons e uma minoria nem tanto. Admiro muitos deles. Alguns pelo talento, outros pelo profissionalismo e aqueles que são grandes amigos.

Portanto, hoje homenageio estes profissionais, que às vezes não são reconhecidos, mas que são fundamentais para o jornalismo. Minhas homenagens aos repórteres fotográficos e aos fotojornalistas que fazem fotos com maestria, muitas das vezes colocando poesia em pixels.

É por meio das lentes desses profissionais que conseguimos ver o que acontece em nossa cidade, país e mundo. Eu particularmente, me encanto com uma bela foto, seja artística ou jornalística.

Meus parabéns vão principalmente aos amigos: Maksuel Martins, Márcio Pinheiro, Aog Rocha, Bernadeth Farias, Gabriel Penha, Daniel Alves, Vandy Ribeiro, Regi Cavaleiro, Alexandre Brito, Jorge Junior, Sal Lima (o mais doido e brother que conheço), Alex Silveira, Kise Machado, Kurazo Okada, Geová Campos, Toninho Junior (Javali), Kitt Nascimento, Hellen Cortezolli, Sérgio, Silva (Serginho), Jaciguara Cruz, Gê Paula, Chico Terra, Marcos Xis, Max Renê, Alcinéa Cavalcante, Marcelo Corrêa, Cleito Souza, Erich Matias, Rui Brandão, Flávio Cavalcante, Floriano Lima, Raimundo Fonseca, Gilberto Almeida, Juvenal Canto, Marcelo Loureiro, Nicole Cavalcante, Luciana Macedo, Ewerton França, Paulo Rocha, Paulo Gil, Kallebe Amil, Lee Amil, Halanna Sanches, Camila Karina, Rosivaldo Nascimento, Stephan Bitencourt, Fabiano Menezes, Carol Chaves, Flávio Lacerda, Kledison Mamed e Márcia do Carmo (a fotógrafa mais boçal do Amapá).

Desejo a todos estes amigos o melhor ângulo, a câmera mais porrada, a melhor imagem e, é claro, ainda mais sucesso.

Ah, é preciso citar o velho fotógrafo Antônio Sena, o nosso querido “Paparazzi”, que foi fotografar no céu, há quatro anos. Papa, “in memoriam”, que fique registrado, onde estiver, você é brother!

“A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, mui bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativos os curiosos fatigados” – Eça de Queirós.

Elton Tavares

DIÁLOGO DOS MUDOS (*) – (Tributo ao poeta Alcy Araújo) – Por Fernando Canto

Pedra do Guindaste – Arquivo de Floriano Lima.

Por Fernando Canto

– Ó Pedra! Ó Pedra do Guindaste. Nunca tive esta sensação tão esquisita. – O que ocorre nestas plagas?
– O que há, bela Fortaleza?
– Exala um perfume nas minhas masmorras.
– Deve ser a preamar do Amazonas…

Foto: Floriano Lima.

– Não, não me sinto molhada. E as águas já começam a baixar.
– Então pergunta ao Rio. Ele poderá te explicar, pois daqui também sinto o delicioso aroma.
– Anda, Amazonas, me conta a razão desta apreensão. Algo toma conta de toda a minha estrutura. Algo permeia em mim cruzando os baluartes. É uma fragrância inusitada que emerge das entranhas.
– Mas o que será?

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Não sei, ó Fortaleza, mas ontem vi um anjo viajando no meu dorso..
– Ele cantava rasgando a madrugada.
– E o que dizem suas canções, ó formoso Rio?
– Diziam que as dores de Rosinha se acabaram, que Sheerazade sucumbiu num turbilhão de areia no deserto e que os doces fiordes da Noruega congelaram subitamente.
– E o que quer dizer tal coisa, Rio dos Rios?
– Apenas testemunhei. Não cabe a mim a interpretação das melodias angelicais, Fortaleza da minh’alma.

Foto: Floriano Lima.

– Ah, esse trapiche que te adorna… Saberá ele de algo mais?
– Talvez saiba, ó símbolo telúrico, pois sua vigília vem de um tempo mais recente.
– Diz-me, então, ilustre madeirame, tu que conheces cada passo dos habitantes desta margem. – O que houve, o que está havendo?
– Ouvi o teu chamado, sólido vizinho. Pensei que havia chegado a primavera, pois adere nos meus pés de aquariquara a profusão desse perfume encantador.
– O que sabes, então, ó caminho para o Rio?

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Sei o que os barcos me falaram. Eu também vi o que o Rio testemunhou.
– Fala-me, por favor. Não quero mais esta angústia explodindo no meu peito.- Oh, sublime Marco da Conquista Lusitana, é triste a sina dos homens desta terra. Barcos, velas, velhas vigilengas andam a esmo, como em busca do abstrato. Dizem que quebraram os estaleiros e os portos se fecharam para sempre.
– Oh, não! O que haveria de causar todo esse encanto? Ó Sol, ó Sol, só tu poderás me responder. Diz-me agora Rei dos Astros, não te fecha em nuvens de ameaça.

Foto: Manoel Raimundo Fonseca

– Fecho-me de tristeza, ó Fortaleza. A rosa que desabrochou pela manhã noticiou-me em prantos.
– Finalmente, Finalmente! Finalmente alguém sabe a causa da fragrância vinda do fundo da terra, do cheiro bom que se prolonga nos estirões do Rio e infesta o ar. – Conta-me, ó Sol, o que aconteceu?

Foto: arquivo do jornalista Edgar Rodrigues

– Ocorreu na madrugada alcoolada o ternural fim do “Homem do Cais”.

(*) Texto escrito em 1989 e publicado no livro Introdução à Literatura do Pará, Volume V – Antologia. Organizado pela Academia Paraense de Letras pelos acadêmicos José Ildone, Clóvis Meira e Acyr Castro. Editora Cejup, Belém, 1995.

Um bando de sonhos e ideias para o Turismo no Amapá- Por Fernando Canto – @fernando__canto (com fotos de @floripa62)

Foto: Floriano Lima

Por Fernando Canto

Muito se tem falado a respeito dos novos caminhos para o turismo amapaense, de situações que possam favorecer o desenvolvimento da atividade por meio de novos insumos e capital investido pelos setores público e privado. Porém, é bom lembrar que esse processo de desenvolvimento ganha mais impulso quando se investe em atividades paralelas e úteis para a sua aceleração. O que será de uma cidade se seus administradores não se preocuparem com o seu funcionamento e embelezamento, com o seu asfaltamento e trânsito?

Foto: Floriano Lima

Ora, sabe-se que Macapá é proporcionalmente uma das cidades mais violentas do país em relação ao trânsito; que a chuva a fustiga com austeridade grande parte do ano; que ela cresce desproporcional e irregularmente por causa da alta migração, das invasões e de leis limitadoras, e que precisa haver conscientização da população sobre as leis urbanas, a questão do lixo e, sobretudo de praticar ações para impedir o alastramento de doenças como o dengue e a malária.

Foto: Floriano Lima

Ao conversar com profissionais e amigos que atuam no setor turístico surge sempre a preocupação com o descaso de quem administra certas áreas a ele ligadas, seja à esfera estadual ou municipal. A falta de compromisso e de amor à terra são coisas sempre citadas. Não posso afirmar que isso possa contribuir com a retenção do crescimento, mas faz tempo que escuto essa conversa. Na realidade, a atividade turística requer mesmo é de criatividade e de novos projetos de impacto, que venham possibilitar novos investimentos.

Foto: Floriano Lima

Mas é importante acreditar que para desenvolver o turismo deve-se promover um padrão de desenvolvimento humano e uma cultura da vida e das relações sociais integrais, pois o turismo, assim como a cultura, deve ser olhado como uma cadeia de sustentabilidade, e jamais dissociada da práxis democrática, porque é parte da mesma realidade. Daí a necessidade de produzir a diversidade de criação e pensamento e de respeitar novas ideias.

Muitas vezes temos ideias e não as tornamos públicas porque ou elas são grandes demais e achamos impossível de realizá-las ou porque não temos relações políticas que possam permitir executá-las no futuro. Se essas ideias forem transformadoras é necessário mostrá-las, principalmente se forem para beneficiar a população.

Foto: Floriano Lima

Muita coisa mudou no turismo amapaense. E há muito ainda a mudar. Por aqui nós vamos sonhando, abstraindo nossas utopias nos encontros e reencontros pela cidade. E pensamos e questionamos nessas conversas. Por que não construir um “Mirante Equinocial” no fim da Avenida Equatorial, na beira do Rio Amazonas com um píer para lanchas de passeio? E um “Mercado de Frutas Regional” e de produtos derivados, na capital, já que há tanto festival pelo interior do Estado? E um “Rally das Águas” com porfia de lanchas e de montarias regionais a remo sobre as ondas da baía de Macapá, aos domingos de maré cheia? Pensamos que se devem colocar novos desenhos e mais emoção regional na confecção do artesanato nessa constante busca de uma identidade amapaense; procurar novas formas e novas matérias-primas artesanais; pesquisar novos objetos e debater sobre o souvenir e o mercado e estudar perspectivas e políticas de comércio desses produtos.

Foto: Floriano Lima

De uma hora para outra as ideias surgem e todo mundo viaja no seu sonho. Por que não fazer réplicas, livros ilustrados, filmes e canções do/sobre o dendrobata, espécie de sapo que mordeu o cientista Ruschi na Serra do Navio? Pensar em arte ao construir um “Parque de Esculturas” na orla da cidade, sempre reverenciando o rio Amazonas; montar “trilhas ecológicas no Curiaú e Curralinho” e os “Bailes da Lua Cheia”. Instituir o “Prêmio Anual de Turismo”, fazer voos panorâmicos sobre a floresta e o rio; incentivar a implantação de “restaurantes aquáticos”; promover cursos de graduação sobre Gestão de Turismo e Hotelaria na Universidade Estadual; realizar festival de esportes radicais como paraquedismo na Base Aérea do Amapá e competições de windsurfe no trecho Macapá-Fazendinha; montar um “Museu do Estuário Amazônico”; trabalhar uma iluminação submersa ao longo do Amazonas; incentivar campanhas populares do tipo “Plante uma flor no seu jardim” e projetos para adolescentes ambientalistas como camping para “Amanhecer no Cerrado”, por exemplo.

Foto: Floriano Lima

São muitas as ideias que podem se tornar projetos lucrativos e referenciais turísticos do nosso Estado. Mas não basta só inventar, deve-se continuar inventando e cavando a possibilidade de realizar. Depois disso seria importante pensar num poético banco de sonhos, de projetos e de idéias que tivesse a contribuição de todos os cidadãos que pensam um futuro mais digno para o Amapá. Isso faria a diferença.

Com registro de PM grávida, fotógrafo do Amapá é premiado em concurso internacional

Por Rafael Aleixo

O fotógrafo amapaense Doriwendel Sá de Souza, de 47 anos, foi premiado na 30ª edição do concurso Outstanding Maternity Award, na categoria de ‘Ensaio de Gestante’. A seleção internacional teve a participação de profissionais de países como a Ucrânia, Polônia, Rússia e Estados Unidos.

Doriwendel é major da reserva da Polícia Militar do Amapá (PM). Ele descreveu que fez o ensaio em março, durante um projeto do 1º Batalhão da PM, em Macapá.

“Como eu achei muito legal essa foto, então eu disse pra ela que eu inscreveria no concurso e ela aceitou. Eu fiz essa inscrição em novembro e saiu agora o resultado no dia 20 e nós fomos contemplados com o prêmio. Orgulho de colocar o Amapá entre os melhores do Brasil e do mundo”, descreveu Doriwendel.

Ensaio fotográfico com a soldado Andreza da Costa foi realizado em março deste ano — Foto: Doriwendel Sá de Souza/Arquivo Pessoal

A soldado Andreza Costa, de 32 anos, deu à luz em agosto a um menino e descreveu a emoção de participar do momento.

“Fiquei muito feliz em participar do ensaio e com a premiação pela fotografia. No meu primeiro dia das mães, foi um presente eternizar este momento”, descreveu a soldado.

A seleção dos vencedores foi realizada por um painel de jurados respeitados no campo da fotografia. Os critérios julgados pelos profissionais foram a iluminação, posicionamento e a edição final.

Outras premiações

Essa foi a terceira vez que o fotógrafo amapaense foi selecionado no concurso internacional. Em 2022, na 26ª e 27ª edição ele teve imagens selecionadas.

“Esse é o meu terceiro prêmio nesse que é um site que trabalha justamente esse tipo de concurso para fotografias infantis, de maternidade e de família. E eu tive uma outra premiação pela 35 Award, que é mais aberta e fiquei entre os 50 fotógrafos do Brasil”, explicou.

Sobre o fotógrafo

Doriwendel trabalha com fotografia profissional desde 2015 e tem graduação em tecnologia em fotografia e pós-graduação em fotografia por faculdades particulares.

Sempre buscando aperfeiçoamento profissional, o fotógrafo fez ainda os cursos: básico, intermediário, avançado, avançado de estúdio, avançado de fotografia externa e direção de modelo.

O que era um hobby desde 1994 se transformou no trabalho cotidiano após passar pro quadro da reserva da PM.

Fonte: G1 Amapá.

Segunda divisão profissional é a maior novidade no Campeonato Amapaense de Futebol

O campeonato Amapaense de Futebol Profissional de 2024 será marcado por muitas novidades no calendário. Antes disputado em consonância com o campeonato nacional, agora será disputado junto com os outros estaduais do Brasil.

Com o início marcado para o dia 04 de fevereiro de 2024, dia do aniversário da capital, o campeonato terá a duração de três meses, e terminará antes do início do Campeonato Brasileiro.

Equipes como Trem – atual campeão – Independente, Santana, Oratório, Ypiranga, Santos, São Paulo e Macapá farão o Campeonato Amapaense da Série A. O critério de escolha dos clubes foi a participação no torneio de 2023. Esses times serão os primeiros a fazer parte da elite do futebol do estado.

Outra novidade marcante é o advento da Série B, que pela primeira vez será disputada nos gramados amapaenses. Clubes tradicionais que já ganharam o campeonato profissional, como por exemplo o São José, Mazagão e Cristal estão aptos a participarem da segunda divisão. Esses grandes clubes se juntarão à Lagoa, Cruzeiro, Baré (Ferreira Gomes) , Adrec (Calçoene), Canário, Renovação e Portuguesa, que debutarão no futebol profissional em 2024.

Manoel Figueira, diretor da Federação Amapaense de Futebol, falou sobre o sonho de ter uma segunda divisão no futebol amapaense.

“A segunda divisão era muito esperada pelo torcedor e pela imprensa local que cobre o futebol. Todos os clubes tinham interesse em que o futebol amapaense tivesse uma segunda divisão, como tem todos os outros estados. Isso é uma determinação da Confederação Brasileira de Futebol, que os estados possam, aqueles que têm um número de clubes razoáveis possam ter primeira, segunda, terceira, quarta, quinta, sexta divisão; conforme o número de clubes que estiverem afiliados à Federação”, contou.

Figueira falou ainda que as duas divisões terão a duração de 3 meses cada, e serão realizadas no primeiro semestre do ano que vem.

“Nós aprovamos o calendário 2024 já com Série A e com Série B. Então, nós vamos ter a Série A, que começa em fevereiro, março e abril, três meses, e maio, junho e julho, vai ser a Série B. Então, nós vamos ter a primeira Série A e logo em seguida a Série B”, concluiu.

O Campeonato Amapaense das Séries A e B poderão ter representantes dos municípios de Macapá, Santana, Mazagão, Calçoene e Ferreira Gomes, levando a competição para outros municípios do estado. Será o primeiro com rebaixamento, os dois últimos colocados da Série A obrigatoriamente jogarão o campeonato amapaense da Série B em 2025, e o campeão e vice da Série B, 2024, Jogarão a Série A em 2025.

São Paulo e Independente farão o confronto inicial, o palco do espetáculo está entre o Estádio Milton de Souza Corrêa, o Zerão, e o Glicério de Sousa Marques, o Gigante da Favela, que pode ser aproveitado novamente pelo campeonato após quase 10 anos.

Marcelo Guido, Jornalista

Servidor Público do TJAP pelas lentes de Letícia Lisboa: este é o tema da Exposição Fotográfica em homenagem aos serventuários da Justiça do Amapá

Em comemoração ao Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro, e à inclusão social como um valor fundamental desta gestão, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) realizou, na manhã de sexta-feira (27/11), a exposição intitulada “Servidores do Judiciário do Amapá pelas lentes da fotógrafa Letícia Lisboa”. O acervo, com centenas de fotos que registram servidores, magistrados e jurisdicionados durante atividades, consiste em fotografias executadas pela própria Letícia Lisboa, primeira fotógrafa com Síndrome de Down do Amapá contratada pelo TJAP, ao longo de um ano (ela ingressou no TJAP em outubro de 2022).

O secretário-geral do TJAP, Veridiano Colares, parabenizou a Secretaria de Comunicação pela iniciativa de realizar a exposição. “É um prazer fazer parte desse movimento. Faz vários anos que a inclusão social está evidente nos nossos projetos, desde o casamento comunitário às conciliações, nas jornadas terrestres e fluviais da Justiça Itinerante”, registrou.

“O nosso Judiciário tem um coração grande e que procura abraçar todo mundo. Então, assim, meus parabéns aos servidores do TJAP e à alta gestão por seu carinho com o tema da inclusão”, concluiu.

Segundo Bernadeth Farias, secretária de Comunicação do TJAP, Letícia aprendeu bastante desde que ingressou na equipe, mas também ensinou muito. “Nos quesitos de empatia, amor, solidariedade, todos nós evoluímos muito com a chegada da Letícia aqui. A Letícia traz isso para dentro da Secom”, garantiu.

“Quero agradecer a cada um que está hoje aqui fazer um agradecimento muito especial à minha equipe, que também abraçou esse projeto e tem ajudado e contribuído muito para a evolução da Letícia como fotógrafa”, concluiu a gestora da Secretaria de Comunicação, Bernadeth Farias.

A chefe de Gabinete da Presidência, Regina Costa, enfatizou a generosidade dos dirigentes do Tribunal, “que acolheram a Letícia para que viesse para cá para desenvolver e evoluir nesse trabalho”.

“Registro um especial cumprimento e agradecimento, por sua grande generosidade, aos nossos dirigentes: o desembargador Rommel Araújo, que começou com esta iniciativa, e o desembargador Adão Carvalho, que também acolheu a ideia e deu continuidade”, concluiu Regina Costa.

A juíza auxiliar da Presidência do TJAP, magistrada Marina Lustosa, reputa de suma importância esse momento da exposição do trabalho que Letícia realizou no TJAP. “Os servidores vistos a partir da lente dela, uma lente sensível e diferenciada, sem dúvida”, ponderou.

“Ouvi dizer que a afetuosidade é o sentimento mais importante que deve permear uma relação humana e certamente essa afetuosidade traz com ela a empatia, a sensibilidade e o acolhimento, coisas que ensinamos e aprendemos diariamente com Letícia”, refletiu.

“Parabenizo a todos os servidores, eu que comecei como servidora e me sinto servidora ainda, pois o Tribunal foi meu primeiro emprego, o único e espero que seja o último. Então vamos comemorar esse dia”, concluiu a juíza.

Adélia Lisboa, mãe de Letícia, participou e assistiu emocionada toda a cerimônia. “É uma alegria tremenda estar aqui e ver toda essa atenção com minha filha. Meu coração salta de alegria porque a Letícia realizou um sonho e quando nós vemos nossos filhos felizes, principalmente quando é filho especial, nós ficamos numa alegria que não tem tamanho”, declarou.

“Meu vocabulário é pobre para expressar o tamanho da alegria e da gratidão do meu coração”, concluiu Adélia.

Desde que ingressou na equipe da Secretaria de Comunicação, Letícia Lisboa, que tem 26 anos, começou a receber treinamentos na área de fotografia e passou a contribuir com o registro de importantes momentos do Judiciário com seu olhar único.

Sua contratação foi realizada durante a gestão do desembargador Rommel Araújo, enquanto presidente do TJAP, que na época realizou uma grande ação de inclusão, resultando na contratação de 13 profissionais com deficiências por meio da Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE).

– Macapá, 27 de outubro de 2023 –
Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Aloísio Menescal
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Prazo de inscrição para curso de fotografia do projeto ‘Cidadão Digital’ encerra nesta quarta-feira, 25

Encerram nesta quarta-feira, 25, as inscrições para as dez vagas gratuitas do curso de Fotografia Básica oferecido pelo Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap). O Governo do Estado lançou o edital de seleção em 17 de outubro para ampliar as chances de qualificação e as oportunidades de trabalho e renda para a população.

CONFIRA O EDITAL AQUI

Pode participar qualquer pessoa interessada em iniciar a carreira fotográfica, com idade mínima de 16 anos e que possua conhecimento básico em informática. A capacitação reserva 5% das vagas para pessoas com deficiências.

A iniciativa faz parte do projeto ‘Cidadão Digital’, coordenado pelo Prodap, que tem como objetivo ampliar os conhecimentos tecnológicos da população amapaense por meio de cursos gratuitos na área do audiovisual.

Com uma carga horária total de 20 horas, o curso está previsto para iniciar em 6 de novembro, com aulas presenciais, no laboratório do Prodap. O conteúdo será dividido em 7 módulos de maneira que contemple conceitos técnicos e estéticos da fotografia.

O aluno deverá cumprir o mínimo de 75% de frequência e entregar o projeto fotográfico desenvolvido durante o curso, para receber o certificado. O resultado final será publicado na segunda-feira, 30, no site http://www.processoseletivo.ap.gov.br/.

Cidadão Digital

O projeto existe há nove anos e já formou mais de 800 pessoas na área audiovisual. O programa oferta pelo menos quatro cursos por ano. Em 2023, o projeto retorna com as aulas presenciais.

O objetivo é beneficiar e ampliar fronteiras de conhecimentos tecnológicos para toda a população amapaense, com cursos de audiovisual gratuitos, proporcionando qualificação profissional.

Texto: Cristiane Nascimento
Fotos: Arquivo Prodap
Secretaria de Estado da Comunicação

Governo do Amapá promove curso de fotografia para o mercado audiovisual através do projeto ‘Cidadão Digital’

Prodap

Para ampliar a qualificação e as oportunidades de trabalho e renda para a população, o Governo do Estado, lança edital com 10 vagas gratuitas para o Curso de Fotografia Básica, com objetivo de capacitar os participantes para iniciar na carreira de fotografo profissional. As inscrições podem ser feitas pela internet até a próxima quarta-feira, 25.

CONFIRA O EDITAL AQUI

A iniciativa faz parte do projeto ‘Cidadão Digital’, coordenado pelo Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap), que tem como objetivo ampliar os conhecimentos tecnológicos da população amapaense por meio de cursos gratuitos na área do audiovisual.

Para participar do processo seletivo, é necessário ter a idade mínima de 16 anos e possuir conhecimento básico em informática. A capacitação também reserva 5% das vagas para pessoas com deficiências.

A seleção vai ocorrer em duas formas. A primeira será de caráter classificatório por meio da análise das informações contidas no ato da inscrição. A segunda será de caráter eliminatório atendendo à comprovação das informações, de acordo com a pontuação nos níveis de conhecimento, conforme edital.

O instrutor do projeto Cidadão Digital do Prodap, Pedro Moutinho explica que a proposta é levar capacitação por meio de ações itinerantes para todo o estado.

“Já realizamos ações em Santana, Mazagão, Porto Grande, Serra do Navio, e mais recentemente, fizemos o Cidadão Digital Mais 60, onde levamos inclusão digital para cidadãos amapaenses na faixa etária mais jovem e cidadania e oportunidades para as pessoas com mais idade”, falou Moutinho.

O início do curso está previsto para o dia 6 de novembro, no turno da tarde. As aulas serão presenciais e vão apresentar conceitos técnicos e estéticos da fotografia.

Módulos

O que é Fotografia
Tipos de Câmera
Distância Focal
Tripé da Exposição
Composição
Técnicas Criativas
Revelação Digital

A carga horária total será de 20 horas. Para receber o certificado, o aluno deverá cumprir o mínimo de 75% de frequência e entregar o projeto fotográfico desenvolvido durante o curso.

Após feita todas as análises, o resultado final será publicado no dia 30 de outubro no site www.processoseletivo.ap.gov.br.

Cidadão Digital

O projeto existe há 9 anos e já formou mais de 800 pessoas na área audiovisual. O programa acontece todo ano, com a oferta de pelo menos quatro cursos. Em 2023, o projeto retorna com as aulas presenciais que foram paralisadas devido à pandemia.

Em 2022, o Cidadão Digital foi reconhecido nacionalmente como a melhor solução de governo digital inclusivo pela Associação Brasileira de Empresas de Processamento de Dados.

Texto: Cristiane Nascimento
Foto: Prodap/Divulgação
Secretaria de Estado da Comunicação

Poesia de agora: O eclipse – Bruno Muniz

O eclipse de ontem (14/10/2023) – Foto: Márcia do Carmo

O eclipse

Aí o sol foi ficando moreno,
foi ficando pequeno,
e se mudou pra lua.
Aí não tinha mais o dia,
nem existia a noite;
tinha o sereno queimando na pele.
Aí são Jorge ficou nu,
a primavera dava manga,
chovia margarida.
Então eu comprei um óculos de lua
e fui à praia vazia;
conheci tanta gente legal!

Mas de tanto calor,
a lua se cansou:
– Você tá me sufocando.
– És tão bela, pena que acordas a cada dia numa fase diferente.
E o sol decidiu se mudar.
Então a lua fez-se cheia, minguante, crescente;
se enfeitou de estrelas,
mas o amor ja tinha se partido.
Nessa partilha,
não se sabe ao certo
quem foi mais triste ou mais alegre.
Sabe-se que esse amor eterno
se acabou na primeira manhã minguante.
Vai ver que de certo na vida,
sejam só as noites;
sejam só os dias;
mas se um eclipse te aparecer,
aproveita.
Vai ver só vai acontecer de novo daqui a cem mil anos.
Vai ver o segredo do ser-pra-sempre
possa estar escondido
entre a humildade de nos reconhecermos frágeis
e a vaidade de sermos tão fortes,
mas tão dependentes da felicidade.

Bruno Muniz