Macapá vai receber mostra nacional sobre direitos humanos com exibição gratuita de 18 filmes

Por Rafael Aleixo

Entre os dias 18 e 21 de março a Universidade Federal do Amapá (Unifap) recebe a 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. A programação conta com 18 filmes que serão exibidos gratuitamente e que abordam temas como racismo, direito das mulheres, de pessoas com deficiência, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+ (Veja a programação completa no fim desta matéria).

Inscreva-se na mostra

A abertura ocorrerá às 18h30 do dia 18 no auditório do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (Depla). O tema desta edição é “Vencer o ódio, semear horizontes”.

Além das exibições serão realizadas oficinas com o objetivo de formar multiplicadores para apoio do ensino através da arte e dos direitos humanos. A oficina “Cinema, Educação e Direitos Humanos” é voltada para professores da educação básica das redes públicas, arte-educadores e educadores.

Inscreva-se na oficina

A mostra é realizada pelo Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em parceria com o Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Veja a programação:

Dia 18 (segunda):

18h30 Cerimônia e sessão de abertura
Nas Asas da Pan Am (Brasil, 2020, 115 min, livre)
Dia 19 (terça):

15h Programa 3 – Frutos (95 min)
Um Filme de Verão (Brasil, 2019, 95 min, 14 anos)
18h30 Programa 2 – Sementes (118 min)
Ribeirinhos do Asfalto (Brasil, 2011, 26 min, livre)
Adão, Eva e o Fruto Proibido (Brasil, 2021, 20 min, 14 anos)
Nossos espíritos seguem chegando (Brasil, 2021, 15 min, livre)
Me farei ouvir (Brasil, 2022, 30 min, 10 anos)
Escrevivência e Resistência: Maria Firmina dos Reis e Conceição Evaristo (Brasil, 2021, 26 min, livre)

Dia 20 (quarta):

15h Programa 4 – Frutos 2 (90 min)
Tesouro Quilombola (Brasil, 2021, 23 min, livre)
Mutirão, O Filme (Brasil, 2022, 10 min, livre)
Cósmica (Brasil, 2022, 7 min, livre)
O Pato (Brasil, 2022, 11 min, 14 anos)
Debate
18h30 Programa 1 – Raízes (150 min)
Travessia (Brasil, 2017, 5 min, livre)
Filha Natural (Brasil, 2018-19, 16 min, livre)
Nossa mãe era atriz (Brasil, 2022, 26 min, 12 anos)
Mãri Hi – A Árvore do Sonho (Brasil, 2023, 18 min, livre)
O que pode um corpo? (Brasil, 2020, 14 min, livre)
A poeira dos pequenos segredos (Brasil, 2012, 20 min, 14 anos)
Debate

Dia 21 (quinta):

18h30 Sessão Homenagem (102 min)
A Bolsa ou a Vida (Brasil, 2021, 102 min,10 anos)

Serviço:

13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos
Local: Auditório do Departamento de Letras e Artes (Depla) da Unifap, na Rodovia Josmar Chaves Pinto, Universidade, Macapá.
Período: 18 a 21 de março

Fonte: G1 Amapá.

The Doors: O filme – Resenha (hoje completam 33 anos do longa)

Há 33 anos, era lançado o filme “The Doors”, dirigido por Oliver Stone. A cinebiografia foca no vocalista Jim Morrison, interpretado por Val Kilmer. Dividiu opiniões em relação aos acontecimentos reais envolvendo o grupo. Leia a resenha abaixo, escrita há mais de 10 anos: 

Gostamos de cinema e rock, quando essas duas coisas estão juntas então, nem se fala. Hoje falaremos um pouco do filme “The Doors”, que contou a história da banda, homônima ao longa-metragem. Tudo bem que a película exalta muito mais a figura doideira do Jim Morrison (Val Kilmer) que dos outros componentes do grupo, ou a intelectualidade do vocalista (que lançou alguns livros nos EUA).

O filme é de 1991. Foi dirigido pelo renomado diretor Oliver Stone, que ganhou o MTV Movie Awards 1992 (EUA). Stone arrebentou, escolheu o ator Val Kilmer para o papel do lendário Jim Morrison, retratou os shows com ótimos efeitos e adicionou cenas reais ao filme.

O ator mais cotado para o papel era John Travolta, mas Kilmer enviou a Oliver um vídeo onde canta músicas da banda. Isso e o fato de ser muito parecido com o “Rei Lagarto” (como Morrison era conhecido) fez com que ele ganhasse o papel. E ele foi foda naquele filme, para mim, sua melhor atuação.

Para aqueles que não sabem (que devem ter vindo de Marte), o The Doors foi, na segunda metade dos anos 60 e início de 70, uma banda de rock norte-americana. O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). A banda tinha influências de Blues, Jazz, Flamenco e Bossa Nova. Foi uma das maiores da história do rock mundial.

O filme conta a vida anárquica de Jim, todo tipo de loucura, paixão e sexo. Algumas amigas minhas detestaram a postura de Morrison, que faz muitas cagadas com sua namorada Pamela Courson (Meg Ryan), mas isso não é nenhuma peculiaridade dos rockstars (risos). O que queremos dizer aqui é: poucas películas fazem jus ao jargão “sexo, drogas e rock and roll” como esta obra de Stone.

Ouvimos dizer que Val Kilmer teve problemas para sair do personagem, andou meio doido, por ter vivido Jim. A atuação dele foi extraordinária, até Ray Manzarek e John Densmore elogiaram publicamente o desempenho de Kilmer.

O filme tem cada “liga torta” (mas muito bacana), como a influência xamânica de Morrison (que ele absorveu depois de presenciar um acidente de carro na estrada, onde um índio teria morrido e espírito do figura virou um “encosto” no rockstar (risos). O filme retrata até o envolvimento amoroso de Jim e a jornalista Patricia Kennealy.

Jim Morrison morreu em 1971, foi cedo demais, assim como muitos, antes e depois dele. Jim influenciou, definitivamente, uma geração que, posteriormente, influenciou outras. Por exemplo, Iggy Pop que decidiu fundar sua banda (Stooges) depois de ver Jim Morrison. Apesar de não gostar do som e da poesia dos Doors, Iggy admirava a postura sensual e misteriosa de Morrison.

Assim, juntando a vontade de criar uma nova sonoridade para o rock, a preocupação com o visual da banda nas apresentações ao vivo, os Stooges marcaram o início de um movimento que culminaria com o punk rock. Mas essa é outra história.

Voltando ao filme, Ray Manzarek (tecladista do Doors) lançou, anos depois, um livro falando de algumas “potocas” de Oliver Stone no filme e que a película conta “de forma horrível” a história da banda. Mas o diretor fez vários pedidos para que Manzarek trabalhasse como consultor no filme. Entretanto, Robbie Krieger (guitarrista dos Doors) foi o consultor, então tá valendo.

Enfim, este site aconselha a todos que não assistiram a fazê-lo. Os que já assistiram e gostam muito de rock e cinema, o assistem de vez em quando. Abraços na geral!

Ficha técnica:

Gênero: Biografia, Drama.
Direção: Oliver Stone.
Elenco: Billy Idol; Val Kilmer; Meg Ryan; Kyle MacLachlan, Frank Whaley, Kevin Dillon e Kathleen Quinlan.
Duração: 140 minutos.
Ano de produção: 1991.
Classificação indicativa: 18 anos.

Assista ao trailer do filme:


Elton Tavares e André Mont’Alverne
*Republicado.

Unifap realiza exibições gratuitas e debates sobre cinema em escolas públicas do Amapá

Por Rafael Aleixo

O projeto Cinema na Escola realizou a primeira sessão piloto nesta quinta-feira (4) na Escola Estadual Professor José Ribamar Pestana, no município de Santana. A iniciativa busca democratizar o acesso ao cinema através de exibições e debates com estudantes do ensino médio.

Segundo Rafael Costa, que é coordenador do projeto e professor do curso de jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap), os encontros contam ainda com curiosidades sobre a história do cinema e debates sobre os filmes exibidos.

“O objetivo é proporcionar aos alunos do ensino médio o acesso ao cinema. Nós vamos discutir os aspectos narrativos, a linguagem cinematográfica, a história do cinema, o modo de fazer a confecção desses filmes”, descreveu o coordenador.

O primeiro filme exibido foi o ‘Cinema Paradiso’, dirigido pelo cineasta italiano Giuseppe Tornatore e que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990.

O projeto disponibiliza pipoca e refrigerante para os alunos, além de preparar o ambiente escolar para receber dezenas de espectadores.

Para o estudante Hebert Gabriel Rocha, que está no segundo ano do ensino médio, a aproximação da universidade com a escola torna o ambiente mais interessante.

“Tá sendo uma experiência bem interessante conhecer a história do cinema, como ele foi criado e como ele era antigamente, antes de toda essa tecnologia. Às vezes não temos tempo pra estudar sobre isso e a Unifap trazendo isso, abre mais uma oportunidade de conhecimento”, destacou o aluno.

A meta do projeto é realizar os encontros em escolas de Macapá e Santana ao longo do ano. Cinema na Escola faz parte do Programa de Formação, Capacitação, Aperfeiçoamento, Qualificação Profissional e Idiomas (Profid) da Unifap.

Fonte: G1 Amapá

The Blacklist – N⁰ 171 – O Cronista – Por Aloísio Menescal

Elton Tavares, Raymond ‘Red’ Reddington e Dembe Zuma – Foto montagem fictícia de Bruna Cereja

Por Aloísio Menescal 

Ah, Dembe, Dembe… Você é um bom e confiável amigo, que planeja e se previne. Não um hedonista como eu ou outro notável indivíduo sobre quem vou lhe contar agora.

Há alguns anos, estava eu saindo de um inesperadamente bem sucedido jogo de bacarat no cassino El Tito, em Maracaibo, quando embarquei em um dos mais exóticos e tradicionais cabarés flutuantes da Amazônia, chamado Brega da Gonçala. Era uma embarcação brasileira e ribeirinha, mas navegava em águas internacionais ilegalmente apenas para satisfazer uma aposta perdida pelo capitão. Lá dentro, no bar, vendo as mais belas dançarinas exóticas que só o caldeirão genético sulamericano é capaz de produzir, conheci nosso personagem.

Com óculos escuros demais para aquele horário, assim como eu mesmo, ele com uma armação no estilo do Elvis em seus últimos anos, e dedos adornados com anéis de crânios, sempre prontos para marcar o rosto de algum desafeto de última hora. Ele se dizia jornalista, mas na verdade era a memória viva de sua cidade natal, registrada e relembrada nos bares em crônicas regadas ao melhor e ao pior álcool disponíveis, pois ele não julgava a companhia, o local e nem a bebida, apenas testemunhava a vida da forma que ela se apresentava.

Naquela noite ele bebia uma dose de absinto em seu mais tradicional ritual, flambando um cubo de açúcar. Elogiou, mas disse que um toque de gin de jambu aprimoraria a experiência. Seu nome era Elton, mas não o John. Seu homônimo britânico – apesar da fama, talento e fortuna – mal sustenta uma conversa semiestimulante (falo isso com propriedade, pois atualmente até evito suas ligações).

Ele me contou sobre sua cidade e sobre o Bar Caboclo, sobre seus conflitos com a lei e com os homens, mas principalmente me falou da arte, do ritmo marabaixo que ainda não pude escutar ao vivo e da música de bandas de rock imortais que permeiam nossos repertórios em comum. Elton vive e celebra apenas o que foi e o que é, Dembe. Ele sorve a vida gota a gota, em seus mais variados sabores e sons. Ele faz isso hoje, pois não há amanhã…

*Esse texto foi uma brincadeira do amigo jornalista Aloísio Menescal (com quem converso, além de trabalho, sobre música, filmes, séries e etecetera) , que tirou com um sarro comigo e contextualizou minha boemia incorrigível com o jeito de narrar as coisas do personagem principal da série de TV Lista Negra, Raymond ‘Red’ Reddington (James Spader) em um suposto diálogo (ficção da ficção) com seu amigo Dembe Zuma (Hisham Tawfiq).

**Em The Blacklist, Raymond Reddington (James Spader) é um dos criminosos mais procurados pelo FBI. Até que um dia ele decide se entregar misteriosamente à agência, oferecendo com ele uma lista de importantes nomes da comunidade do crime: vários terroristas e líderes de organizações criminosas entre os mais procurados pela polícia. Ele deseja participar ativamente da captura de tais criminosos e faz duas exigências: receber completa imunidade pelos crimes que cometeu nos últimos vinte anos e falar diretamente apenas com agente novata Elizabeth Keen (Megan Boone). À princípio, Keen e seu supervisor Harold Cooper (Harrry Lennix) suspeitam das motivações de Reddington e seu estranho interesse em Keen. Mas depois que uma de suas dicas ajuda o FBI a capturar um perigoso terrorista e desfazer seus planos de ataque, eles percebem que pode ser importante continuar recebendo sua ajuda. Mas ao longo da trama, a curiosidade de Reddington por Keen tem suas motivações reveladas, mostrando um conexão entre o passado dos dois.

 

Filme amapaense retrata a realidade da violência contra a mulher

‘Marcas da vida’, é um filme genuinamente amapaense, que trabalha com a perspectiva e o tema de combate a violência contra a mulher. A película é feita de forma independente por artistas locais e nacionais e também utiliza atores não profissionais nas filmagens.

O filme é todo rodado na cidade de Laranjal do Jari, no sul do estado e conta entre muitas histórias um caso de violência contra a mulher.

O diretor do filme, Dios Furtado, falou sobre o tema principal e como partiu a ideia de fazer um filme no Amapá, e como sua gravação durou mais de cinco anos e todas as dificuldades já vivenciadas.

“Estamos na batalha desde 2018 com a proposta de gravar um filme que viesse com as temáticas de combate a violências. Até então, tínhamos o tema violência doméstica. Em 2018, depois que conseguimos juntar a turma toda, Wanderson Viana, Kássia Modesto, que abraçaram a causa conosco. Na época, Marcelo Luz também estava junto conosco. Partimos para Laranjal do Jari para fazer um projeto totalmente independente, sem recursos, sem parceiros, com o mínimo da maquinaria cinematográfica. Conseguimos realizar, eu digo, mas um projeto piloto, como o Wanderson falou, conseguimos juntar muito material. Ficou meio como um projeto de laboratório. E devido à escassez, na época para nós, dessa maquinaria básica do cinema, nós resolvemos não lançar o filme, E já agora, em 2023, iniciamos uma retomada com marcas da vida, veio a proposta com todo um roteiro, onde eu me descabelei junto com o Wanderson, para que a gente, então, conseguisse, em tempo, terminar o roteiro. Que foi muita correria desde abril que eu estou assim focado”, contou.

A atriz amapaense Kássia Modesto, que dá vida a uma das principais personagens da trama, contou como foi dar vida a uma mulher vítima de violência e como a vida de seu personagem pode ser um alerta para muitos casos.

“Então a Patrícia, ela me traz muitas memórias afetivas. Eu vou dizer, assim, não posso dar muitos spoilers, mas eu vou dizer que tinham cenas muito fortes, aonde eu terminava e não era um contato direto que eu tinha. O feminicídio, a violência doméstica nunca esteve presente na minha vida, na minha rotina, mas era incrível quando terminavam as cenas mais fortes, eu precisava de um tempo pra eu me desvencilhar daquele sentimento, daquela emoção. Porque o personagem, ele trazia, eu tentava brincar um pouquinho com memórias, tentava trazer coisas, eu não digo memórias afetivas, mas memórias que, de fato, me levassem pra um lugar que fosse brindar, digamos assim, coroar as cenas da Patrícia, né? Então, trazer um pouco de memórias. Memórias que não fossem minhas, reais, porque eu não gosto de trabalhar muito dessa forma, mas trazer situações que me remetessem a esse momento mais delicado, mais tenso e tal. Mas ainda que não fossem memórias minhas, a coisa demorava muito pra desprender, porque era uma coisa que tava na carne, na pele, sabe? Essa coisa de você saber que você tá interpretando uma coisa que pra ti é falso, pra ti não faz parte da tua história, mas pra milhares de mulheres é a vida, é a rotina delas, assim, então pra sair daquilo depois era um pouquinho mais difícil, sabe? Vinha de fato, quando eu falo da pele, é porque eu sentia na pele, a pele arrepiava, a pele doía de fazer essas cenas mais intensas da Patrícia” , contou.

Equipe envolvida no filme – Foto: Divulgação

O filme contou com a participação do ator da Rede Globo Waldo Piano, que deu vida ao personagem Joel da novela VAI NA FÉ, e do ator da Rede Record Mario Cardona Jr, que atualmente da vida ao personagem Rei Umma, na SERIE REIS, mas também contou em sua maioria com atores não profissionais, o filme atualmente está em fase de pós-produção, o projeto foi beneficiado pela lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura, foi todo rodado em Laranjal do Jari, sul do estado do Amapá.

Marcelo Guido Jornalista.

VI Mostra Sesc de Cinema exibe 10 filmes nesta quarta-feira (22), em frente à Casa do Artesão

Em todo o país, a VI Mostra Sesc de Cinema exibirá, nesta quarta-feira (22), em frente à Casa do Artesão, 10 filmes que estão em circulação pelo Brasil. A entrada será gratuita. O Sesc Amapá, através do programa de cultura desenvolve um conjunto de atividades voltadas para a transformação social por meio do desenvolvimento e difusão das artes, do conhecimento e da formação dos agentes culturais, respeitando a dinâmica dos processos simbólicos e fomentando a tradição, preservação, inovação e criação.

Baseado nessa premissa, nesta quarta-feira, 22/11/2023, será realizado a VI Mostra Sesc de Cinema, que representa uma das principais iniciativas de incentivo ao cinema independente no Brasil. Na edição 2023 foram selecionados, através de uma curadoria nacional, 34 produções, sendo (10 longas-metragens, um média e 23 curtas) que estarão sendo exibidos pelo país a partir das 19 horas, na frente da Casa do Artesão, centro de Macapá. Nessa edição, foram registradas 1.575 inscrições de filmes de todos os estados, e selecionados 343 filmes nas etapas estaduais, regional e nacional.

Importante ressaltar a participação crescente das cineastas brasileiras. Foram premiados 206 cineastas homens e 137 cineastas mulheres. O trabalho do Sesc na área de cultura, especificamente no audiovisual, tem entre seus objetivos incentivar a produção artística brasileira e a revelação de novos talentos.

O volume de obras inscritas na Mostra Sesc de Cinema comprova o quanto nosso audiovisual é rico. Tornar democrático o acesso à cultura é papel fundamental do Sesc. Queremos também valorizar os profissionais deste importante setor da economia criativa, frisou Genário Dunas, educador do Sesc Amapá.

Dentre os filmes que compõem a Mostra Nacional está o curta-metragem “Do alto rio” da cineasta amapaense Nani Freire, que abrirá a programação do recorte curtas-metragens da Mostra de Sesc de Cinema, as 19h dessa quarta-feira, na Casa do Artesão, gratuito para toda população amapaense.

A Mostra Sesc de Cinema é uma das principais iniciativas de incentivo ao cinema independente no país. As produções inscritas foram avaliadas por comissões estaduais, formadas por profissionais do Sesc e especialistas convidados.

Você é nosso convidado para conhecer o cinema brasileiro independente. Celebre o cinema e mergulhe na cultura!

Confira a programação completa:

Assessoria de comunicação

 

Mostra de Cinema Comunitário em Ferreira Gomes celebra a cultura amapaense e os povos da Amazônia

Evento reuniu a população em uma praça para a exibição de produções audiovisuais amazônidas, marcando a estreia do documentário “Pisca-Pisca” e do videoclipe “O Mundo é Nosso”, para o show do artista da música popular amapaense Zé Miguel e outras atrações.

Ferreira Gomes, Amapá, 30 de outubro de 2023 – A noite do dia 28 de outubro foi marcada por uma mostra de cinema e audiovisual comunitário na Praça Chico Pinheiro, localizada na orla do Rio Araguari, em Ferreira Gomes (Amapá).

A comunidade se reuniu para prestigiar a estreia do documentário “Pisca-Pisca” e do videoclipe da música “O Mundo é Nosso”, produzidos por adolescentes que participaram do processo de formação em cinema e audiovisual, uma iniciativa promovida pela Viração Educomunicação, no âmbito do programa Escola de Cidadania para Adolescentes.

Assessoria de comunicação

Festival Imagem-Movimento celebra Dia Internacional da Animação 2023 no cinema Movieland, em Macapá

O Dia Internacional da Animação (DIA) é uma Mostra de curtas-metragens de desenhos animados nacionais e internacionais. As exibições acontecem em cidades de todo o Brasil, simultaneamente, hoje  (28 de Outubro), com entrada franca.

O evento é realizado nacionalmente pela ABCA – Associação Brasileira de Cinema de Animação desde 2004. Em 2023, o DIA chega a 20ª edição contando com a parceria de realizadores locais, em mais de 115 cidades de Norte a Sul do país.

A data foi escolhida porque no dia 28 de outubro de 1892, Charles-Émile Reynaud realizou a primeira projeção pública de imagens animadas do mundo, exibindo o filme Pauvre Pierrot, no Museu Grévin, em Paris-França. Inspirada nesse fato, em 2002 a ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação) lançou a comemoração do Dia Internacional da Animação, contando com diferentes grupos internacionais filiados em mais de 30 países. Países como EUA, França, Portugal, Coreia do Sul, Egito, Austrália, Japão, entre outros, também celebram a data.
No Brasil, o evento gera a integração cultural em todas as regiões do país, mobilizando diversas comunidades e facilitando a inclusão e o acesso da população à cultura. Uma das grandes características do Dia Internacional da Animação é a exibição dos filmes em locais com realidades diversas. Os mesmos curtas são exibidos em grandes centros, e também em muitas cidades do interior onde não há salas de cinema.

No Amapá, a capital Macapá integra a rede de exibição do DIA desde 2007, com coordenação local do Festival Imagem-Movimento (FIM). Este ano a programação acontece no cinema Movieland, localizado no Shopping Villa Nova, no dia 28 de outubro das 19h às 22h30.

Em exibição a “Mostra Nacional” com 12 animações dos Estados PR, PE, SP, RJ, MG e RS (classificação indicativa 14 anos). Já a “Mostra Internacional” apresentará 5 animações de 4 países: Inglaterra, Argentina, Austrália e Canadá (classificação indicativa 12 anos). Após a sessão, haverá um bate papo com artistas sobre seus percursos na animação. São eles:

Otoniel Oliveira: diretor de animação e animador.
Bianca Liane: ilustradora e animadora 2D.
Thai Rodrigues: quadrinista e ilustradora.
Igum Djorge: Storyboarder e Illustrator.

A sessão acontece na sala 2 do Movieland, com capacidade de 70 lugares, e tem entrada franca. Ampliar o acesso e fomentar o conhecimento do público em relação ao universo do cinema de animação produzida no Brasil é a missão do DIA.

Classificação Indicativa:
Mostra Nacional: Não recomendado para menores de 14 anos.
Mostra Internacional: Não recomendado para menores de 12 anos.

Confira as cidades participantes, sinopses e demais infos em: www.diadaanimacao.com.br

Redes sociais Festival Imagem-Movimento:
Instagram: https://instagram.com/festivalfim?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

Lei Paulo Gustavo: Santana lança edital para projetos de salas de cinema

A Prefeitura de Santana, por meio da Fundação Municipal de Cultura de Santana (Sancult), lança nesta sexta-feira (20) o edital ‘Hermes Colares’ para a seleção de projetos de fomento destinados a salas de cinema, com recursos amparados pela Lei Complementar nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo).

O edital é o resultado positivo de decisões unânimes, que contaram com a participação coletiva de representantes civis ligados à cultura de Santana, bem como com a colaboração do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC) e da Fundação de Cultura de Santana.

O valor disponibilizado para este edital é de R$ 109.710,15. Além disso, outros dois editais serão lançados nas próximas semanas para os segmentos culturais do município.

De acordo com o edital, o objetivo é selecionar projetos voltados para salas de cinema, promovendo a exibição de filmes.

“Os projetos devem garantir a exibição de obras cinematográficas que abordem tradições, manifestações culturais, patrimônio material e imaterial, bem como animações, a fim de atender à diversidade do público”, explica Gardênia Vinagre, uma das coordenadoras envolvidas na elaboração do edital.

As cotas de premiação estão divididas em categorias de Pessoa Física (variando de R$ 8 mil a R$ 40 mil) e Pessoa Jurídica (entre R$ 13.942,15 e R$ 69.710).

Para a presidente da Sancult, Elaine Araújo, o lançamento do edital ‘Hermes Colares’ demonstra mais uma vitória concretizada pela atual gestão municipal.

“Isso é o resultado da participação popular de nossos artistas locais nos fóruns realizados e nas diversas reuniões conduzidas para alcançarmos mais essa vitória. A gestão do prefeito Bala tem demonstrado otimismo e determinação em manter a cultura santanense como uma de suas prioridades”, reconhece Araújo.

Emanoel Jordânio
Assessoria de Comunicação/SANCULT

Macapá terá mostra de cinema gratuita, com exibição de curtas e lançamento de filme; veja programação

Os amantes do audiovisual amapaense têm um encontro marcado para esta quinta-feira (19), a partir das 14h, no Villa Nova Shopping, no centro de Macapá. A Mostra de Cinema Amazônico vai prestigiar diversos curtas, documentários e filmes sobre a região amazônica. (veja a programação completa mais abaixo)As exibições se estendem até a noite, com a presença de doze produções – dentre elas o lançamento do filme Tempo de Chuva. A obra conta a história de famílias da região do Igarapé Capivara, que antes era um grande garimpo e, hoje, compõe a Floresta Nacional do Amapá, no centro do estado.

Haverá ainda rodas de conversa com diretores e demais participantes das obras em cartaz na Mostra de Cinema Amazônico. O evento faz parte do II Festival Literário de Macapá (Flimac), realizado em parceria da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Associação Artística Cultural Ói Nóiz Akí, Coletivo Juremas e CEA Equatorial. O festival recebeu investimento de emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues, no valor de R$ 180 mil.

Veja a programação completa:

14:00 Abertura da Mostra de Cinema Amazônico
Carla Nobre – Coordenadora da FLIMAC
Nani Freire – Maia Filmes
Otto Ramos – Articulação – Escritório Estadual do MinC/AP Amapá
Mostra de Cinema Amazônico
14:10
Filme “Os Galibi-Marworno”
Direção: Takumã Kuikuro e Davi Marworno
Tempo: 20:53 Classificação: Livre
Realização: Coletivo Galibi-Marworno de Audiovisual e Projeto de Valorização das Línguas Crioulas do Norte do Amapá.
14:35
Filme “Os Karipuna do Uaça”
Direção: Takumã Kuikuro e Davi Marworno
Tempo: 21:10 Classificação: Livre
Realização: Coletivo Karipuna de Audiovisual e Projeto de Valorização das Línguas Crioulas do Norte do Amapá.
15:00
Filme “Mazagão – Porta do Mar”
Direção: Gavin Andrews e Cassandra Oliveira
Tempo: 52:03 Classificação: Livre
Roda de conversa com o diretor Davi Marworno.
16:30
Curtas do Projeto IBITU PORÃ
Idealização: Coletivo Juremas com Direção Geral de Andreia Lopes
Edição e Direção de Artes: Nathanael Zahlouth
Tempo: 15 minutos/ Classificação: Livre/ Realização: Produtora Oi Noiz Aki
16h50
Filme “Encantes – Histórias de Laranjal do Maracá”
Direção: Cassandra Oliveira
Tempo: 20:13 Classificação: Livre
17h20
Curta-poético AVIVAR – todas as formas pra sentir
Idealização: Natanael dObaluae
Direção Geral: Natanael dObaluae
Edição e Direção de Artes: Eudes Vinicius
Tempo: 11 minutos/ Classificação: Livre
Realização: Independente
Apoio: Acessa Cult, Baluarte Cultural e House Estúdio
17h40
Curta “Significância” reflexões poético-filosóficas sobre o que nos contém e o que em nós está contido.
Roteiro e Direção de Inácio Sena.
Tempo: 10:00 / Classificação Livre
18h – Intervalo
19h
Lançamento do filme “Tempo de Chuva”
Direção: Nani Freire
Tempo: 37:17 – Maia Filmes
Classificação: Livre
Roda de Conversa com a diretora Nani Freire, Dona Glória, Arielson Pantoja e Antonino Corrêa (participantes do filme “Tempo de Chuva”).
20h
Curta: Vozes Negras
Idealização: Arte da Pleta
Direção Geral de Andreia Lopes
Edição e Direção de Artes: Nathanael Zahlouth
Tempo: 15 minutos/ Classificação: Livre/ Realização: Gira Mundo
20h20
Documentário: Minha Vida na Amazônia
Direção: José Eduardo Lima
Tempo: 17:21 / Classificação: Livre / Realização: Produtora Cultural e Agência de
Comunicação Amapá nas Entrelinhas


21h
Curta: Rasga
Produzido por Elielson Júnior e Iury Laudrup
Escrito e Dirigido por Elielson Júnior
Tempo: 16:56 Classificação: 10 anos
21h30
Curta: Uma Prosa de Sócrates
Direção de André Monteiro e Rafael Senra.
Tempo: 22min
Classificação: 10 anos
Serviço
Mostra de Cinema Amazônico
Data: 19 de outubro (quinta-feira)
Hora: a partir de 14h
Local: Movieland – Villa Nova Shopping

Assessoria de comunicação

Acesso à cultura, aprendizagem e desenvolvimento educativo: Justiça do Amapá lança Projeto Cine Jus, em Santana

Com o objetivo de acesso à cultura, estímulo ao desenvolvimento social e emocional, à criatividade e ao pensamento crítico, o Fórum da Comarca de Santana, lançou, nesta quinta-feira (19), o “Projeto Cine Jus”. A iniciativa que também visa a promoção do bem-estar e valorização pessoal, bem como reforço na aprendizagem e desenvolvimento educativo, é voltada para crianças do município. Na oportunidade, foi inaugurada uma sala de cinema na unidade judiciária, onde serão exibidos filmes educativos ao público alvo da atividade.

A ação consiste em, em um dia por mês, atender crianças de 8 a 12 anos de idade em situação de vulnerabilidade econômica, com novas perspectivas e oportunidades inclusivas por meio de sessões de Cinema.

O lançamento contou com a presença do desembargador-presidente do TJAP, Adão Carvalho, magistradas Marina Lustosa (juíza auxiliar da Presidência), Aline Perez (diretora do Fórum), Larissa Antunes, Michelle Farias e juízes substitutos Sara Zolandek e Robson Damasceno. Também compareceram servidores do Poder Judiciário, representantes de órgãos parceiros da iniciativa e estudantes atendidos pela ação. A medida segue a política inclusiva do Poder Judiciário.

O Projeto Cine Jus é desenvolvido pelas equipes da Diretoria do Fórum e do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), em parceria com o Centro de Justiça Restaurativa (Cejure) e varas da Infância e Juventude e Criminais de Santana, além da Prefeitura Municipal e órgãos que possuem projetos sociais na cidade. A iniciativa visa, através de filmes educativos, promover mudanças positivas e aprendizagem.

De acordo com a diretora do Fórum de Santana, o Cine Jus será um ambiente para sonhos, divertimento e aprendizado para as crianças. A juíza Aline Perez ressaltou que o projeto proporcionará às crianças em situação desfavorável uma experiência transformadora, com impactos significativos em seu desenvolvimento social, emocional e educacional.

“Vamos trabalhar vários aspectos Os filmes escolhidos possuem temáticas e estilos adequados para a faixa etária de 8 a 12 anos. Com isso, produziremos conhecimento, ensinar noções de cidadania e estender o aprendizado de sala de aula”, comentou a juíza Aline Perez.

O presidente do TJAP elogiou a iniciativa da equipe do Fórum de Santana e garantiu apoio à iniciativa. Em seu pronunciamento, o desembargador Adão Carvalho enfatizou que o Projeto Cine Jus será uma ferramenta didática que ampliará os horizontes das crianças atendidas.

“O Projeto será didático, inclusivo e ampliará a percepção e aprimorará o desenvolvimento das crianças. Sou o exemplo que é possível vencer pelo estudo e por isso estou feliz com a efetivação do Cine Jus, pois os estudantes atendidos pela iniciativa terão a oportunidade de aprendizagem, acesso à cultura e serão multiplicadores destes conhecimentos. Em nome da juíza Aline Perez, parabenizo todas as equipes envolvidas nessa atividade”, pontuou o presidente do TJAP.

Macapá, 19 de outubro de 2023 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Elton Tavares
Fotos: Sérgio Silva
Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Resenha do filme “Meu Nome é Gal” – Por Elton Tavares #GalCosta #MeuNomeÉGalOFilme

Filme ‘Meu nome é Gal’ — Foto: Divulgação

Amo Música Popular Brasileira (MPB) e Cinema. Quando essas duas coisas estão juntas então, é muito porreta! “Meu Nome é Gal”, filme lançado em todo o país na última quinta-feira (12), conta a história da icônica cantora Gal Costa, que morreu em novembro de 2022, aos 77 anos. A cinebiografia é linda, emocionante e prende quem a assiste do início ao fim, de uma forma muito paid’égua!

Dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, a película remonta a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, a “Gracinha para os íntimos (interpretada por Sophie Charlotte), que deixa a Bahia aos 20 anos e vai para o Rio de Janeiro, em 1966, para se tornar uma das maiores artistas da MPB.

O longa-metragem conta, claro, com Caetano Veloso (Rodrigo Lellis), Gilberto Gil (Dan Ferreira), Maria Bethânia (a codiretora do filme, Dandara Ferreira) e a atriz Dedé Gadelha (Camila Márdila). O filme passa pelos relacionamentos amorosos de Gal, sua forma porreta dela se relacionar com a mãe, Mariah (Chica Carelli), entre outros, e criação do movimento Tropicália, no início da ditadura no país.

Aliás, os anos de chumbo e todos os absurdos da época da Ditadura, são o centro da narrativa em muitos momentos do filme, como não poderia deixar de ser.

Sophie Charlotte como Gal Costa numa cena de ‘Meu nome é Gal’ — Foto: Stella Carvalho/Divulgação

Claro que existem erros no longa, como de dublagem, mais ênfase em Gil e Caetano em muitos momentos do que na própria Gal. E, para muitos, que a cinebiografia não faz jus à grandeza da cantora. Bom, difícil é sintetizar uma carreira/vida tão “divina e maravilhosa” em 87 minutos de longa-metragem. Já vi isso acontecer em outras histórias contadas no cinema. Mas para mim, o filme é PHoda!

O filme vai da timidez e inocência de Gracinha à grandeza, talento, maturidade e importância de Gal Costa, à “a voz mais linda do universo”, segundo Maria Bethânia no próprio filme. Ah, imagens de Gal (a verdadeira) cantando são tão emocionantes que lembrei da frase: “Gal Costa sempre me trata com choques elétricos!” – Tom Zé, em 1970.

Dan Ferreira e Rodrigo Lellis interpretam Gilberto Gil e Caetano Veloso no filme ‘Meu nome é Gal’ — Foto: Stella Carvalho/Divulgação

Com 87 minutos de projeção, que passa num piscar de olhos, Meu Nome é Gal consegue ser forte, delicado, sensível e emocionante. A reconstituição dramática, política e musical é firme. Sem falar no figurino. Tudo joia!

Sempre fui um fã declarado de Gal. Ela foi a grande cantora do Brasil e expoente da musicalidade nacional. Quando a escuto, sinto saudades do tempo em que ia todo sábado para casa da minha avó, tomar cervejas com meu falecido pai e meus tios. Nostálgico!

Eu e minha namorada, Bruna Cereja, tivemos aquele suor nos olhos e saímos do cinema impactados. Porreta demais. Recomendamos!

Ficha técnica:

Filme: Meu nome é Gal.
Duração: 87 minutos.
Direção: Dandara Ferreira, Lô Politi
Roteiro Maíra Bühler, Lô Politi
Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis), Dan Ferreira), Dandara Ferreira, Camila Márdila e Chica Carelli.

Elton Tavares – jornalista, escritor e fã de Gal Costa.

Mostra audiovisual traz experiência de cinema a céu aberto durante a 52ª Expofeira do Amapá

A cultura e o talento dos artistas amapaenses ganharam destaque com uma mostra audiovisual que proporcionou um cinema bem no meio da 52ª Expofeira do Amapá, que acontece no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá. O evento, que ocorreu no Mini-Teatro Caboco nesta quinta-feira, 5, trouxe à tona a riqueza da produção cinematográfica e audiovisual do estado através de curtas-metragens.

Com obras que exploram a natureza, costumes e a força do trabalho amapaense, o público presente apreciou a criatividade e a originalidade dos realizadores da região. Entre as exibições realizadas, a obra do diretor e roteirista José Reis, conhecido como Zezão, trouxe uma reflexão sobre toda a força de trabalho por trás do carnaval amapaense. O curta “A Batalha de Confetes” traz como destaque trabalhadores e a força de vontade e paixão pela festa.

“Eu trouxe uma obra que fala da história do carnaval amapaense, agregado às pessoas que realizam essa festa, os operários que criaram a história, que constroem a cidade, os prédios, e se firmaram aqui trazendo essa festa. A proposta é o resgate da memória, algo que casa muito com o retorno da Expofeira, já que aqui também é o reflexo do trabalho de muitos homens e mulheres”, destaca o diretor Zezão.

Ao todo, foram 17 produções com duração de 5 a 30 minutos, exibidas na programação especial. A estudante de 22 anos, Brenda da Silva, ficou parte da noite acompanhando a mostra e se surpreendeu com o que viu.

“Foi surpreendente chegar na Expofeira e dar de cara com essa exibição. Estou há uma hora mais ou menos aqui e estou aproveitando muito, conhecendo nomes do nosso estado, é uma valorização cultural muito importante, a programação toda da Expofeira tem trazido esse diferencial de atender todos os públicos, o que torna esse um espaço muito agradável para a gente visitar”, garantiu a jovem.

A 52ª Expofeira continua até domingo, 8 de outubro, com uma programação diversificada para toda a família, fortalecendo a cena cultural do Amapá, inspirando novas gerações de artistas e proporcionando o aquecimento da economia com rodadas de negócios de empreendimento de vários segmentos.

Texto: Rafaela Bittencourt
Foto: Rafaela Bittencourt/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Com o apoio da Sancult, projeto nacional leva cinema para a Escola Estadual Joanira Del Castillo em Santana

O projeto denominado ‘CinePalco’ ofereceu uma programação diversificada para diferentes públicos na terça-feira, 12, na Escola Estadual Joanira Del Castillo, localizada no bairro Nova Brasília, em Santana.

Pessoas de várias faixas etárias, incluindo jovens e veteranos, compartilharam o momento para assistir ao filme musical “Clube da Esquina: Os Sonhos não Envelhecem”.

A exibição deste longa-metragem foi trazida para Santana através do Projeto Cinepalco, idealizado pelo Cine Experience que leva grandes espetáculos teatrais e musicais para todo o Brasil através dos cinemas.

O objetivo é levar essa forma de arte para públicos que não têm acesso a ela, e Santana foi uma das 40 cidades selecionadas para participar deste programa. A iniciativa tem o apoio da secretaria municipal de Cultura (Sancult).

Local da exibição

A Escola Joanira Del Castillo foi escolhida como local para a exibição deste filme nacional. Pessoas da terceira idade vieram prestigiar o evento, assim como alunos da própria instituição que viram o momento como uma oportunidade única.

“É como ir ao cinema, mas com algumas diferenças, mas não deixa de ser gratificante”, disse a estudante Ane Santos, presente na exibição.

Para Leila Castro, que lidera o Centro do Idoso de Santana, o evento proporciona uma sensação de inclusão espontânea.

“A participação dos nossos membros do centro mostra como os idosos se sentem maravilhados e bem acomodados quando inseridos com jovens dessa faixa etária. Isso se torna um momento gratificante e positivo para nós”, reconhece Castro.

Até mesmo a direção da escola que recebeu o projeto ficou satisfeita em fazer parte e receber um público diversificado.

“Sabemos que muitos jovens nunca tiveram acesso ao cinema, e poder assistir à exibição de um filme (especialmente uma boa produção nacional) nos deixa felizes, assim como os próprios alunos que saem satisfeitos por terem adquirido conhecimento e se divertido com o momento”, disse a diretora Liliane Fonseca.

Liliane, que está na direção da escola há dois anos, mencionou que outros projetos culturais já são desenvolvidos na instituição, com foco na interação entre os estudantes e a arte musical. No entanto, a realização deste projeto CinePalco é algo excepcional na instituição.

“Só temos a agradecer pela parceria que a Secretaria de Cultura da cidade nos proporcionou, e estamos de braços abertos para novos projetos que queiram se apresentar”, declarou.

A secretária municipal de Cultura de Santana, Elaine Araújo, destacou a conexão feita entre a “juventude e a experiência” como um momento marcante e gratificante.

“É uma oportunidade única para unir pessoas de duas gerações, onde todos podem aprender uns com os outros, especialmente em uma sala de cinema, em uma ocasião tão importante como esta”, disse Araújo.

O filme nacional

O longa-metragem “Clube da Esquina: Os Sonhos não Envelhecem” conta a história de um grupo de artistas mineiros, do qual fazia parte o cantor Milton Nascimento. A classificação indicativa do filme é de 16 anos.

Dirigido por Dennis Carvalho, o longa relembra o surgimento do Clube da Esquina, um grupo de músicos, compositores e letristas que surgiu na década de 1960, em Belo Horizonte.

A história retrata o sonho do grupo de jovens de Minas Gerais, incluindo Milton Nascimento, que almejava transformar o mundo através da música.

Emanoel Jordânio
Assessor de Comunicação/SANCULT