Governo do Amapá impulsiona produção científica com lançamento da Chamada Iniciativa Amazônia+10 Expedições Científicas

O Governo do Amapá lançou na sexta-feira, 8, o edital da Chamada Iniciativa Amazônia+10 Expedições Científicas, que vai disponibilizar mais de R$95 milhões para financiar pesquisas na região amazônica. O lançamento ocorreu no auditório da Embrapa, na Zona Sul da Macapá.

O objetivo da Iniciativa Amazônia +10 é apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico na Amazônia Legal, tendo como foco uma melhor compreensão das interações natureza-sociedade para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. A iniciativa, liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisas (Confap), contempla 25 das 27 Fundações de Amparo que aderiram ao edital.

ACESSE O EDITAL AQUI

No Amapá, o certame é coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeap), em parceria com a Iniciativa Amazônia+10 e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A chamada vai possibilitar o financiamento de pesquisas de expansão do conhecimento científico de sociobiodiversidade sobre áreas pouco conhecidas de floresta amazônica, com aporte de recursos nacionais e estrangeiros.

“Estamos lançando a segunda edição do edital Amazônia +10, com foco em gerar conhecimento a partir de parcerias de instituições vinculadas à Amazônia, com parceiros de diferentes estados da federação e de outros países. A ideia é, a partir de esforços conjuntos, gerar conhecimentos sólidos para aplicar na sociedade. É a ciência e a política pública juntas. E uma das metas é que a gente tenha em 2025, ano da COP da Amazônia, muita produção acadêmica qualificada voltada para o momento em que estamos, no qual o meio ambiente é colocado em primeiro plano, como ponto de pauta de todas as ações para o desenvolvimento econômico do estado”, detalhou o diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg Vilhena.

O evento contou com a presença do representante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e secretário Executivo da Iniciativa Amazônia+10, Rafael Andery, que ressaltou as motivações para a prática das atividades.

“A gente identificou que havia uma necessidade grande de incentivar a cooperação entre os pesquisadores de diferentes estados brasileiros. Já é bem claro para a gente, através de diversos estudos, que essa é uma forma de impactar positivamente na qualidade geral dos artigos científicos”, frisou Andery.

Rafael comentou ainda sobre o apoio do Governo do Amapá às pesquisas científicas. Em fevereiro, o estado amazônico se tornou a sede mundial da inovação, tecnologia e ciência com o Starturp.

“Desde o primeiro momento que a gente propôs iniciativas, a atual gestão de governo foi uma das mais entusiasmadas, encontramos muito apoio aqui e isso reflete, claro, também no interesse que os pesquisadores demonstram por participar da iniciativa. O Amapá foi o quarto estado com mais submissões na nossa primeira chamada de propostas, lançada em 2022, ficando atrás somente de Pará, São Paulo e Amazonas”, finalizou o secretário executivo.

A pesquisadora do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), Luciedi Tostes, enfatizou o quanto essas discussões contribuem para impulsionar o financiamento de conteúdos científicos.

“Estou aqui participando desse momento que acho fundamental para o fortalecimento da pesquisa não só no Brasil, mas no Amapá e isso possibilita que os setores busquem recursos para o desenvolvimento de pesquisas aqui na Amazônia. Fico muito feliz por essa oportunidade e com esse tipo de ação”, afirmou a pesquisadora.

O pesquisador da Embrapa e orientador de programas de pós-graduação da Universidade Federal do Amapá (Unifap), professor Marcelino Guedes, pontuou que essa é uma oportunidade de produção científica construída com bases reais, sob o ponto de vista amazônico.

“Essa integração é muito importante porque muitos pesquisadores que vem de fora que não conhecem os brasileiros da Amazônia, não direcionam as pesquisas da maneira como a gente gostaria que fosse conduzido, de acordo com a nossa realidade”, pontuou Guedes.

Iniciativa Amazônia+10

As inscrições deverão ser submetidas através do Formulário de Propostas disponível na Plataforma Integrada Carlos Chagas até o dia 29 de abril de 2024.

As propostas apresentadas deverão estar voltadas para realização de expedições científicas multidisciplinares na região da Amazônia, por um período de até 36 meses, e o valor mínimo de cada proposta submetida será de R$ 400.000,00.

Os estudos propostos devem avançar em conhecimento científico sobre a região, considerando os atores relevantes para as formulações de políticas públicas, atrair investimentos públicos e privados de forma a promover o bem-estar das populações amazônicas a médio e longo prazo.

Texto: Cristiane Nascimento
Foto: Nayana Magalhães/GEA
Secretaria de Estado da Comunicação

Conferência sobre novos produtos a partir de óleos essenciais da Amazônia abre programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2023)

Com o tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) completa 20 anos em 2023 com uma vasta programação nacional. Na Universidade Federal do Amapá (Unifap), as atividades ocorrerão no período de 16 a 20 de outubro no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP), e de 18 a 20 no campus Mazagão (AP).

A abertura da programação da SNCT 2023 será realizada no dia 16 de outubro, às 16h, no auditório do Sebrae-AP, em Macapá (AP). A Dra. Joyce Kelly Rosário da Silva (UFPA) abre o evento com a Conferência “Geração de novos produtos a partir de óleos essenciais da Amazônia: estratégias para exploração e conservação da biodiversidade”. As inscrições para a abertura são gratuitas e estão sendo realizadas no link https://www.sympla.com.br/evento/cerimonia-de-abertura-da-20-semana-nacional-de-ciencia-e-tecnologia/2203353.

Também ocorrerá a abertura do XII Congresso Amapaense de Iniciação Científica da Unifap (XII Conaic), evento que integra a SNCT na Universidade e que traz os resultados das pesquisas de alunos de iniciação científica ou tecnológica das principais instituições de pesquisa do estado.

“A Unifap é a sede do evento este ano e serão apresentados resultados de pesquisas dos alunos da Ueap [Universidade do Estado do Amapá], da Unifap, do Ifap [Instituto Federal do Amapá] e do Iepa [Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá]. Os alunos apresentam seu trabalho para uma banca e o que obtiveram maiores notas recebem um prêmio de destaque de iniciação científica”, explica a Profa. Dra. Elizabeth Viana, diretora de Pesquisa da Unifap.

Campus Marco Zero

Biorrefinaria, botânica como ciência indispensável para a biodiversidade e a importância da educação ambiental para o desenvolvimento sustentável são alguns dos temas que serão abordados nas palestras e mesas-redondas que ocorrerão na programação do campus universitário Marco Zero do Equador, em Macapá (AP). Haverá, ainda minicurso sobre técnicas de investigação científica de inorgânicos e relevância à saúde e meio ambiente, exposição sobre imagem e sustentabilidade cultural, oficinas e apresentações de trabalhos de iniciação científica dentro da programação do XII Conaic, que pode ser acessada no link https://www2.unifap.br/dpq/2023/10/11/datas-horarios-e-orientacoes-para-apresentacoes-no-congresso-amapaense-de-iniciacao-cientifica-xii-conaic/.

Campus Mazagão

No campus universitário de Mazagão, a programação da SNCT 2023 ocorre simultaneamente à II Mostra Acadêmica da Unifap, com visita de estudantes do ensino médio das escolas do município às dependências do campus e exposição de trabalhos acadêmicos.

“A Mostra Acadêmica da Unifap – Campus Mazagão é um evento criado para possibilitar a exposição de trabalhos e projetos acadêmicos e didáticos desenvolvidos ao longo do ano pelos discentes da Licenciatura em Educação do Campo. Aliada à exposição, a Moac oferece a atividade ‘Conhecendo a Universidade’, referindo-se a um tour universitário destinado a alunos de ensino médio de escolas da região a fim de proporcioná-los uma experiência única dentro da Universidade, conhecer a estrutura, a proposta do curso, a exposição dos trabalhos, dentre outros aspectos”, informa a Profa. Dra. Kalyne Sonale Arruda de Brito, coordenadora do evento.

A SNCT 2023 em Mazagão terá palestras e mesas-redondas que abordarão assuntos como agricultura sustentável, climatologia, educação do campo, entre outros. Participantes poderão se inscrever em minicursos sobre análise estatística utilizando o software Bioestat, avicultura – produção de ovos caipiras, confecção de kokedama, confecção de minijardim, manuseio prático de GPS, microrganismos benéficos para a agricultura e oratória parta seminários.

BAIXE A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Interessados em participar da programação do campus Mazagão podem se inscrever por meio do link https://www.even3.com.br/20_semana_nacional_de_ciencia_e_tecnologia_iimoac_campus_mazagao/.

Serviço:

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2023) na Unifap
XII Congresso Amapaense de Iniciação Científica da Unifap (XII Conaic)
II Mostra Acadêmica da Unifap
De 16 a 20 de outubro de 2023, nos campi Marco Zero do Equador (Macapá-AP) e Mazagão.
Abertura do evento dia 16 de outubro de 2023, às 16h, no auditório do Sebrae-AP (Av. Ernestino Borges, 740, bairro Julião Ramos, Macapá-AP).

Jacqueline Araújo (Jornalista – DRT/PA 2633)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]
Contato: (96) 98138-9124

Prêmio Robério Nobre: Governo do Estado vai premiar trabalhos com destaque em inovação

O Governo do Estado segue até 24 de outubro com as inscrições abertas para o 3º Prêmio Amapá de Ciência, Tecnologia e Inovação – Robério Nobre. A iniciativa é voltada para pesquisadores, empresas de base tecnológica e profissionais de comunicação com trabalhos de destaque e inovação no estado, ao longo do ano.

Os classificados em 1º lugar em cada categoria receberão troféus, certificados, e premiação de R$ 6 mil, além de serem indicados ao Prêmio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) de Ciência, Tecnologia e Inovação – Professora Johanna Döbereiner – 3ª Edição 2023.

INSCREVA-SE AQUI

O edital foi elaborado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia (Setec).

Os candidatos deverão se inscrever somente em uma das seis categorias do certame: pesquisador destaque ciências da vida; pesquisador destaque ciências exatas; pesquisador destaque ciências humanas; profissional de comunicação; pesquisador inovador setor público; e pesquisador inovador setor empresarial.

CONFIRA O EDITAL AQUI

RETIFICAÇÃO DO EDITAL PARA A CATEGORIA DE COMUNICAÇÃO

RETIFICAÇÃO DO EDITAL PARA PARTICIPAÇÃO DE STARTUPS

Homenagem

O prêmio de incentivo à ciência e inovação leva o nome de Robério Aleixo Nobre, falecido em abril de 2021, aos 62 anos, vítima da Covid-19.

Robério Nobre foi meteorologista, bacharel em direito e servidor de carreira da Embrapa, com longo histórico de contribuição, incentivo e implementação de modelos de desenvolvimento sustentável e inovação científica no Amapá.

Ao longo de sua extensa trajetória pública, foi também diretor da Companhia de Gás do Amapá, secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, de Desenvolvimento Rural e diretor da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap), hoje Agência Amapá, e sempre um ávido defensor do fortalecimento científico e tecnológico no estado.

Estava no cargo de secretário de Estado do Meio Ambiente quando faleceu.

Texto: Kelison Neves
Foto: Divulgação
Secretaria de Estado da Comunicação

Editora da Unifap publica livro digital sobre cibernética

Relações sociais, culturais e políticas fazem parte da vida em sociedade e sofrem constantes mudanças em suas formas, principalmente após a popularização da internet e a disseminação dos meios de comunicação virtuais. A presença de máquinas e do ciberespaço se tornou parte da vida social a ponto de ser comum confundir o real e o virtual. A Cibernética, por exemplo, é comumente relacionada ao meio virtual e às máquinas, mas é um conceito que antecede a chegada deles. Então como ela surgiu e o que é exatamente?

A resposta para esta e outras curiosidades a respeito da Cibernética está disponível no mais recente lançamento da Editora da Unifap, o livro digital ‘Introdução à Cibernética’, do Prof. Dr. Ivan Carlo Andrade de Oliveira. O e-book, como são conhecidos os livros digitais, pode ser baixado gratuitamente no link https://www2.unifap.br/editora/files/2023/08/introducao-a-cibernetica.pdf e aborda o conceito e a complexa relação da Cibernética com os mais variados campos de conhecimento e seu papel fundamental na correção de processos de comunicação entre eles, além da compreensão das relações entre homem, natureza e máquinas.

Segundo o Prof. Dr. Ivan Carlo Andrade de Oliveira, a maioria das pessoas associa cibernética com informática e computadores, quando na verdade sua principal característica seria avaliar tudo como processos de comunicação.

“A guerra é um processo de comunicação, uma empresa é um processo de comunicação, a psicologia… A neurose, por exemplo, nasce de um processo de comunicação problemático”, explica o Prof. Dr. Ivan Carlo de Oliveira.

O docente conta que a inspiração para escrever o livro veio após muitos estudos a partir do teórico Isaac Epstein, considerado o pai da cibernética no Brasil, e sua larga experiência com o tema. Ele afirma que o livro surgiu da tentativa de explicar para as pessoas o que é a cibernética e aplicação dela em várias áreas.

Sobre o autor

Ivan Carlo de Andrade é doutor em Arte e Cultura Visual, Imortal da Academia Amapaense de Letras e professor do curso de Jornalismo da Unifap. Ele escreve livros e roteiros de quadrinhos desde 1989, com o pseudônimo de Gian Danton. Com um texto leve e de fácil compreensão, sua obra “Introdução à Cibernética” transmite nas entrelinhas seu objetivo de vida enquanto autor: difundir conhecimento e compartilhar suas experiências.

“Eu nunca escrevi pra ganhar dinheiro, eu escrevo para socializar conhecimento, para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento. Para mim é infinitamente melhor se eu puder disponibilizar gratuitamente, então o e-book é muito interessante nesse sentido, porque permite que eu possa disponibilizar gratuitamente para que mais pessoas possam ter acesso”, finaliza.

Texto: Rafaela Cristina (Estagiária Assesp/Unifap)
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]

Amapaense é eleita a comunidade de startups revelação do Brasil

A Tucuju Valley, de Macapá, foi eleita comunidade revelação do Brasil em 2022 no Startup Awards | Divulgação

Na maior vitrine de inovação da América Latina, em São Paulo, aconteceu a entrega da premiação do Startup Awards 2022, uma premiação anual, que foi criada pela Associação Brasileira de startups, ABStartup, que é o oscar das startups, com o objetivo premiar os destaques da inovação brasileira. A premiação aconteceu dentro da Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo – CASE, que atrai em média 15 mil participantes do Brasil inteiro.

Segundo a ABStartups, o Startup Awards é a premiação mais representativa do ecossistema brasileiro de startups e inovação. Promovido pela Associação Brasileira de Startups, ele existe para prestigiar os agentes mais importantes do ano no cenário de empreendedorismo digital brasileiro em 15 (quinze) categorias. Os indicados e indicadas são escolhidos através de voto popular e a escolha das pessoas e empresas finalistas e vencedoras é feita pela Academia.

O Startup Awards possui 15 categorias: Investidor Anjo, Profissional de Imprensa, Educação, Hub de Inovação, Aceleradora, Impacto Social, Mentor ou Mentora, Corporate do Ano, Herói ou Heroína, Startup do Ano, Startup Revelação, Comunidade Revelação, Comunidade do Ano, Venture Capital e Universidades.

Reconhecimento

Para Lindomar Góes, membro da Tucuju Valley, esse prêmio representa o reconhecimento de 9 anos de trabalho, que vem sendo realizado no Amapá, com objetivo de criar uma nova vertical Econômica para o estado do Amapá, a vertical da economia digital. Nessa nova economia destacam-se as Startups, que são modelos de negócio altamente escaláveis, que usam alta tecnologia, e possuem capacidade de expansão a nível nacional e mundial. Em seu discurso Lindomar ressaltou: “SE VOCÊ QUER SALVAR A AMAZÔNIA, INVISTA EM STARTUPS DA AMAZÔNIA, PORQUE VOCÊ NUNCA VIU UMA STARTUP DERRUBAR UMA ÁRVORE.”

O SEBRAE Amapá levou uma delegação com 12 empreendedores de startups para participarem do CASE, através de uma missão empresarial. Eles se juntaram a outras startups amapaenses que já expandiram seus negócios para a capital paulista, formando um time de 31 pessoas para representar o Amapá na premiação.

Apoio do Sebrae

Para Bruno Castro, gerente de Inovação do Sebrae no Amapá, apoiar os empreendedores do segmento de startups e o fortalecimento do Ecossistema de Inovação do Amapá é fundamental para conectar as nossas empresas à economia digital. As startups do Amapá vem numa evolução significativa, com muitos resultados expressivos que são fruto da parceria e atuação conjunta do Sebrae Amapá com a comunidade Tucuju Valley. Em 2022 tivemos a celebração desta parceria de sucesso, com a multiplicação de startups e sobretudo com o reconhecimento nacional da evolução do nosso ecossistema através da premiação para a comunidade revelação do ano no setor de Inovação, a nossa Tucuju Valley. Nossa atuação será sempre no sentido de garantir a ampliação e o fortalecimento do ambiente de negócios para os empreendedores da economia digital no Amapá.

A comunidade Tucuju Valley foi criada em 2013 por um grupo de empreendedores amapaenses que queriam inovar no Amapá. Foi realizada uma votação para a escolha do nome e o vencedor foi Tucuju Valley.

A Tucuju é a mais antiga etnia indígena que habitava a margem esquerda da foz do rio Amazonas, onde atualmente localiza-se a cidade Macapá, capital do estado do Amapá.

Integração

Essa tribo ganhou novos integrantes que se uniram para criar a comunidade Tucuju Valley. Um vale fértil para criação de Startups de sucesso na Amazônia, startups que estão ajudando a mudar a história da inovação no no Amapá e agora no Brasil como: Proesc, Orça Fascio, Tributei, Assinadoc, EAD Station, RevPay, Leva +, Tuxtu, Univotos, Açaí Maps, Druget, Acmella, AmazTrace, Humano3D, Engenho, AmazonBioFert, ANI, Yara, Amazon reuse, Bio Carbon, YouCreator, Construgreen, Flor de Açaizeiro, Agromais, Inova Manejo, Mazodan, Ybyra, Vitrum, AmazTrace, Mercado delivery, Sumano, Meta Carbon, TwoTrips e diversas outras que atuam fortemente no crescimento da Inovação direcionada a geração de riqueza no Amapá.

A missão da Tucuju Valley é criar startups milionárias no Amapá. As startups do Amapá faturaram juntas em 2021 mais de 20 milhões de reais e já geraram quase 500 empregos diretos e 2.000 indiretos para os amapaenses. Juntas, as startups tucujus já valem mais de 200 milhões de reais, e isso é só o começo.

Hoje o Amapá é um dos estados mais inovadores da Amazônia. Siga a comunidade Tucuju Valley nas redes sociais, para acompanhar todas as inovações que as startups estão desenvolvendo no Amapá: Instagram: instagram.com/tucujuvalley Facebook: facebook.com/tucujuvalley Linkedin: linkedin.com/company/tucujuvalley

Fonte: blog do jornalista Cléber Barbosa.

Juventude amapaense busca destaque dentro da COP 27 no Egito

Acontece entre os dias 06 e 18 de novembro a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas, a COP 27. O evento busca debater medidas para reduzir as mudanças climáticas e suas consequências. A mitigação e adaptação aos efeitos da crise climática estão entre os objetivos principais do encontro, mas a grande meta deste ano é passar da fase de negociação para a implementação de ações concretas. A conferência abre portas para que jovens amapaenses levem até Sharm el-Sheikh, no Egito, propostas para fortalecer a discussão e a participação nas tomadas de decisões sobre os seus territórios.

As mudanças climáticas vêm nos afetando gradativamente todos os dias. O crescimento das ocorrências de ondas de calor, alagamentos, secas, derretimento das calotas polares, aumento do nível do mar, chuvas espaçadas ou intensas, são fenômenos que refletem a instabilidade do clima. Além disso, as mudanças climáticas impactam também a produção de alimentos, influenciando nos preços e agravando a insegurança alimentar, como explica a ativista ambiental Hannah Balieiro e diretora executiva do Instituto Mapinguari.

“Nós estamos lutando para que esse aumento não ultrapasse 1,5ºC de temperatura. Devido a instabilidade climática e a reação em cadeia que vai acontecendo com o aquecimento do planeta. Ou seja, as mudanças climáticas influenciam na geração de energia e na produção de alimentos. Hoje, agricultores já sentem a dificuldade no cultivo de algumas espécies devido a imprevisibilidade do clima, implicando no desabastecimento dos alimentos”, comenta a ativista.

A preocupação em como nós estaremos inseridos dentro desse contexto um tanto caótico, leva todos os anos, cientistas, governos, ativistas e empresários a se reunirem para encontrar soluções urgentes para a humanidade. As COPs são esses espaços, onde a juventude vem ganhando ainda mais protagonismo a cada ano.

Entre os objetivos discutidos neste ano na COP 27, o foco está na mitigação, ou seja, aliviar os efeitos das mudanças climáticas na vida social. Criar ações em que impeça que a temperatura ultrapasse 1,5ºC. Atrelada à mitigação, está outro objetivo da COP 27, discutir a adaptação, a infraestrutura, o modo de vida e dos sistemas naturais à mudança do clima e seus efeitos. Nesse sentido, Hannah fala sobre a necessidade da Amazônia nessa discussão.

“A região amazônica, assim como o Brasil, sofreu uma ocupação colonial. O que a gente tem de infraestrutura urbana foi inspirado em regiões de fora daqui. Quando observamos a aplicabilidade delas, acabamos por perceber que nem tudo deu certo. Pois não se aplica ao relevo, clima e geografia local. Por isso é tão importante para nós, enquanto pessoas da Amazônia, que possamos ser capazes de pensar soluções para a nossa região”, diz Hannah.

Em 2021, o Instituto Mapinguari esteve na COP 26, em Glasgow, na Escócia. Realizou, junto a 46 instituições da PanAmazônica, o lançamento do ”Manifesto Jovens Vozes da Amazônia para o Planeta”, um documento que defende a autonomia dos povos da floresta e a sociobiodiversidade. Também esteve envolvido nas agendas do movimento negro, assinou a carta manifesto “Para Controle do Aquecimento do Planeta Desmatamento Zero: Titular as Terras Quilombolas é Conservar” da Coalizão Negra por Direitos.

Neste ano, o Instituto Mapinguari volta à COP levando a discussão sobre a atuação da juventude nas tomadas de decisões dentro de áreas protegidas. Alcançando o propósito de empoderamento climático por parte dos jovens amapaenses, adotando medidas para fortalecer a educação, conscientização e participação de todos nos debates sobre o meio ambiente.

A juventude também pode estar inserida dentro da discussão sobre o financiamento climático, cobrando que sejam aprovadas políticas públicas que promovam o fortalecimento comunitário. Nesse objetivo, segundo o Acordo de Paris, os países desenvolvidos deverão prover financiamento para os países em desenvolvimento desenvolverem ações de mitigação e adaptação climática.

“As eleições foram um passo importante para debater questões de clima, conseguimos eleger um representante que possui grande reconhecimento internacional. A confirmação da presença do presidente eleito na COP 27 traz esperança sobre o que será decidido para a Amazônia. Ou se a gente conseguirá acessar um financiamento climático que vai se traduzir em política pública alinhada com a nossa realidade”, alerta Hannah.

Outro ponto importante que o Instituto Mapinguari busca levar para a COP 27 diz respeito a importância da criação de áreas de proteção ambiental como medida de mitigação da crise climática. Mostrando o potencial do Amapá como o estado mais conservado e o que menos emite gases do efeito estufa, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). O Governo do Amapá já se posicionou quanto à participação na conferência do clima deste ano. Fará parte do bloco composto por outros governadores da região norte no Consórcio da Amazônia Legal.

Segundo o governador do Amapá, Waldez Góes, presidente do consórcio, as temáticas levadas para a COP 27 foram construídas em parceria com organizações. “O esforço é que o posicionamento dos estados da Amazônia tenha unidade, uma vez que, ao relacionarmos agendas comuns, é prudente que nós nos apresentemos como Consórcio, defendendo as temáticas centrais, alinhando nossa abordagem”, ressalta Góes.

Dentre as temáticas que serão levadas pelo consórcio da para o evento estão: as medidas de prevenção e controle do desmatamento e incêndios florestais; políticas de clima, adaptação e mudanças climáticas; financiamento climático, mercado de carbono e recursos para fortalecer as políticas estaduais; políticas de produção sustentável e fortalecimento da bioeconomia; conservação e restauração florestal/biodiversidade; e salvaguardas socioambientais.

Fonte: Diário do Amapá.

Ensino de robótica de Pedra Branca do Amapari recebe Prêmio Destaque por conquistar 1° e 2° lugar de 3 categorias em Torneio Estadual

Estudantes do 3º ao 5º ano do ensino fundamental de Pedra Branca do Amapari estrearam neste sábado, 22 de outubro, em competições estaduais de robótica e conquistaram 6 colocações dentre as modalidades disputadas na etapa estadual do Torneio Juvenil de Robótica 2022, realizado pelo Senac-AP. Os estudantes passaram a estudar robótica em maio deste ano, quando a prefeitura implantou na rede de ensino um laboratório de robótica educacional.

O torneio, que fez parte da 2ª edição do Encontro Tecnológico do Senac Amapá, contou com a participação de 27 equipes, divididas por categorias e níveis, e resultou na premiação em 6 categorias dos alunos do Projeto Robótica Amapari: 1º e 2º lugar no “Sumô” (Nível 1); 1º e 2º lugar na “Viagem ao centro da terra” (Nível 1); 1º lugar no “Cabo de guerra”, além do Prêmio Destaque na competição.

Ao todo, 9 alunos do projeto foram selecionados para representar o município e agora se preparam para a etapa nacional do torneio de que ocorrerá em Guarulhos- SP.

“Que emoção ver o nosso município ganhando visibilidade através dos nossos pequenos de grandes talentos. Esse momento pra mim é muito especial porque quando o projeto foi pensado eu já imaginava todas essas crianças participando de torneios e vendo de perto outras tecnologias como inspiração”, declarou a prefeita Beth Pelaes.

Para a aluna competidora Ágatha Moraes o momento foi de grande conquista. “Eu e meus amigos conquistamos várias premiações hoje e estamos muito felizes por essa conquista. Nos dedicamos nas aulas para esse momento e agora tivemos esse resultado”, declarou emocionada.

O Projeto Robótica Amapari iniciou em maio de 2022 e atende alunos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental matriculados na rede municipal de ensino. As aulas ocorrem aos sábados durante o período da manhã e tarde sobre a supervisão de 4 monitores.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari

Evento gratuito promove etapa estadual de torneio de robótica no Amapá

A 2ª edição do Encontro Tecnológico do Senac Amapá, apresenta o tema Tumucumaker – A Arte de Desconstruir e Construir, fazendo alusão a Cultura Maker que consiste na ideia de que qualquer pessoa consegue construir, consertar ou criar os próprios objetos, além de homenagear o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. O evento acontece no dia 21 de outubro, das 17h às 22h e no dia 22 de outubro, das 14h às 20h, na sede do Senac em Macapá.

O Encontro promove a integração de conhecimentos aplicados na área de Tecnologia da informação e robótica, dando visibilidade às tendências locais. Dentre os destaques da programação estão a realização da etapa estadual do Torneio Juvenil de Robótica e FIRA 2022, onde os vencedores participarão dos torneios nacionais.

A programação conta com palestras sobre tecnologias que podem mudar o Amapá, perspectivas do 5g para o mercado amapaense, aplicações do aprendizado de máquina nos casos de uso da internet das coisas e métodos ágeis para marketing de startups. Haverá ainda uma mesa redonda com tema “Marca pessoal e posicionamento estratégico: O poder da intencionalidade na hora de vender os seus serviços e o Case de Sucesso com o empreendedor amapaense, CEO da empresa Gnex Telecom, Cristian Guerreiro.

Inscrições

As inscrições acontecem no link https://doity.com.br/-encontro-tecnologico-tumucumaker e são totalmente gratuitas. Basta apenas preencher o formulário para participar do evento.

Serviço:

Andréa Maciel
Assessoria de comunicação do Senac Amapá

Estudo de tratamento de água na larvicultura do camarão-da-amazônia é apresentado por bolsista da Embrapa no Congresso Amapaense de Iniciação Científica

Uma pesquisa realizada em experimento da Embrapa Amapá constatou que o Sistema de Recirculação Aquícola (RAS) baseado em biorreatores de leito móvel é eficiente para o tratamento de água na larvicultura do camarão-da-amazônia, devido possibilitar maior crescimento bacteriano e degradação de compostos nitrogenados. Resultados deste estudo serão apresentados pela bolsista Suzane Rodrigues de Oliveira, do Programa de Iniciação Científica PIBIC / CNPq / Embrapa, orientada pelo pesquisador Jô de Farias Lima, durante o XI Congresso Amapaense de Iniciação Científica, na manhã de 18/10 (terça-feira), na Universidade do Estado do Amapá (Ueap), em Macapá.

De acordo com a publicação técnica “Qualidade de água Qualidade de água e taxa de sobrevivência de larvas de Macrobrachium amazonicum em RAS utilizando biorreatores de leito móvel (mbbr)”, foram instaladas duas caixas de 100 litros acopladas a um decantador e filtro biológico, que continha 40% de enchimento com mídias K2. “A maturação do sistema ocorreu em torno de 30 dias com a inoculação de bactérias, ou seja, neste período o filtro demonstrou condições para a degradação de compostos nitrogenados. Posteriormente, as caixas foram povoadas com 20 mil e 25 mil larvas e despescadas com 18 mil e 24 mil pós-larvas, respectivamente em cada experimento”, descrevem os autores.

Os dados obtidos na pesquisa indicam que o sistema aquicultura de recirculação adotado é eficiente na manutenção da qualidade da água, garantindo boa taxa de sobrevivência na larvicultura do camarão. Na publicação, os autores destacam que “os parâmetros analisados mantiveram-se estáveis, principalmente a amônia e o nitrito, a taxa de sobrevivência nos cultivos foi acima de 90%, devido a boa qualidade de água e a maturação do filtro biológico sendo superior ao obtido na literatura”. O próximo passo será a validação do sistema em escala comercial.

O camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum) tem apresentado bons índices zootécnicos em âmbito experimental na larvicultura. Mas é necessário aprimorar a tecnologia de larvicultura da espécie, ainda realizada em sistemas de aquicultura de recirculação utilizando biorreatores de leito fixo caros e de difícil manutenção. Neste contexto, o estudo buscou uma alternativa para o tratamento de água na larvicultura do camarão-da-amazônia com o uso de MBBR (Biorreator de Biofilme de Leito Móvel), avaliando os parâmetros de qualidade de água e a taxa de sobrevivência larval. O XI Congresso Amapaense de Iniciação Científica está vinculado à programação local da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Dulcivânia Freitas, Jornalista DRT/PB 1063-96
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Amapá
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Macapá/AP

19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) acontece de 17 a 22 de outubro no Amapá

O tema da SNCT este ano é “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) definiu as datas da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em 2022. As atividades em todo o país acontecem de 17 a 23 de outubro, enquanto o evento no Distrito Federal é promovido entre 21 e 27 de novembro. O tema da SNCT este ano é “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.

O objetivo este ano é refletir sobre a independência do país, que completa dois séculos em 2022, e como a ciência e tecnologia contribuíram para o crescimento do país desde então. Como nas edições anteriores, a SNCT é composta de eventos e atividades gratuitos e abertos à população, on-line e presenciais, promovidos pelo MCTI, unidades vinculadas, instituições de pesquisa e secretarias estaduais de educação e de ciência e tecnologia.

No Distrito Federal, o evento é sediado no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde são expostos projetos inovadores do ministério e entidades vinculadas, Governo Federal, Forças Armadas, além de parceiros do evento. O evento ainda traz palestrantes para falar sobre temas relevantes na área de C&T.

A SNCT ocorre anualmente desde 2004, quando foi criada por decreto presidencial. Em 2020, outro decreto instituiu o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, a ser comemorado em outubro de cada ano.

Site no Amapá: snct.ap.gov.br

Ascom do Governo do Amapá. 

Inovação: conheça quatro projetos da Escola SESI Amapá que serão apresentados na Feira de Ciências e Engenharia do estado

Com o desafio de aliar o conteúdo aprendido em sala de aula com a iniciação científica, estudantes da Escola SESI Amapá desenvolveram quatro propostas inovadoras. Os projetos serão apresentados na 10ª edição da Feira de Ciências e Engenharia do estado (Feceap), que vai acontecer no período de 21 a 23 de setembro.

Orientados pelo professor de ciências humanas e geografia do SESI Amapá, Thallys Rosa, os participantes são alunos do Ensino Fundamental II – anos finais. O docente destaca que o processo de elaboração dos projetos fica ainda mais interessante porque mostra a capacidade que os estudantes têm de resolver problemas do cotidiano e propor soluções inovadoras.

“A rede SESI possui um programa de educação tecnológica que incentiva a educação científica dentro e fora da sala de aula. Então, ao desenvolver os projetos, os estudantes colocam em prática as habilidades e competências que estão no livro didático. Isso dá bagagem para eles no mundo do trabalho, no curso técnico, na universidade, e os prepara para o futuro”, explicou Thallys.

Os projetos

Cada proposta foi pensada a partir de um desafio real. Assim, para trabalhar educação financeira, os estudantes elaboraram um labirinto no Minecraft, em que a missão principal era responder problemas matemáticos.

O estudante Eliandro Sousa, do 9º ano, fala com entusiasmo sobre a chance de apresentar o projeto Desafio Educação Financeira: o labirinto Minecraft, na feira. “Estou feliz de poder mostrar o que estamos produzindo de ciência, ainda mais desta forma, porque conseguimos aprender sobre educação financeira e aplicar esses conhecimentos fora da escola”, comemora.

Em outro projeto, e para entender o processo migratório do estado, a estudante do 8º ano do Ensino Fundamental, Ana Beatriz de Souza, elaborou o Atlas de Migração do estado do Amapá. A pesquisa busca coletar informações de pessoas que saíram ou que vieram para cá.

Já na iniciativa denominada Amapá em blocos: conhecendo Macapá por meio do mundo Minecraft, os alunos utilizaram o jogo virtual para fazer a representação geográfica e visual dos monumentos históricos e turísticos do estado.

E, em ESPAFAM, os adolescentes apresentam um modelo de estufa sustentável para o cultivo de hortaliças, com foco na agricultura familiar da Região Amazônica. A ideia utiliza garrafas do tipo PET para construção de uma cobertura que proteja a plantação na época de intensa chuva.

Outras conquistas

Além do passaporte garantido para a FECEAP, os alunos têm participado de outros eventos científicos. O feito mais recente foi no III Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, encontro nacional realizado no período de 29 de agosto a 2 de setembro, e que apresentou os desafios da educação interdisciplinar.

Assessoria de comunicação

Estudantes da Escola SESI Amapá recebem prêmio em torneio nacional de robótica

A Escola SESI Amapá foi um dos destaques no Festival de Robótica deste ano. Na disputa, realizada em São Paulo, a equipe Marco Zero Enterprises (MZE) garantiu o Prêmio Bússola, no Torneio First Tech Challenge (FTC). Um reconhecimento ao mentor do grupo, que apoiou no processo de preparação para a competição nacional.

Para receber o prêmio, os amapaenses submeteram um vídeo à organização do evento, mostrando como é o trabalho na equipe, qual o papel do mentor e como ele contribuiu com o desempenho do time. Após a análise, a comissão reconheceu que o jovem José Evaldo Gonçalves, que é ex-aluno da Escola SESI Amapá, foi peça importante no treinamento da MZE.

Evaldo também foi integrante da equipe. Assim que concluiu o Ensino Médio, em 2020, encerrou essa etapa de competidor e começou a auxiliar a MZE. Inicialmente, ajudando os atuais componentes a entender melhor as competições. A partir daí, de maneira muito versátil, apoiou no trabalho com o robô, formatação de materiais que são apresentados nos torneios e organização das ações exigidas nos eventos.

Agora acadêmico de Engenharia Elétrica, o jovem reforça o quanto a robótica contribuiu para a trilha profissional que está construindo. “Na minha área, ajudou a ter conhecimento prévio do que eu poderia realizar tanto na faculdade quanto no mercado de trabalho da engenharia. Desenvolvi autoconfiança e aprendi a trabalhar em equipe”, completou José Evaldo.

De acordo com o técnico da equipe, Edgar Vieira, a proposta do prêmio está aliada ao que é a robótica, no sentido de dar destaque também para as habilidades interpessoais e comportamentais. “O troféu representa mais que a ideia de estar no pódio. Ele mostra que somos reconhecidos por sermos agentes de divulgação do evento e por agregarmos valor ao sentido da robótica, envolvendo pessoas em torno de um projeto”, explicou o professor.

Desafio FTC

No torneio First Tech Challenge, os estudantes foram desafiados a projetar, prototipar, testar e programar robôs autônomos e controlados por pilotos para executar uma série de tarefas. A partir do tema Freight Frenzy, a missão foi fazer os robôs navegarem por um sistema complexo de transporte de cargas, atravessando barreiras e correndo contra o tempo para estocar e entregar itens essenciais para pessoas em situação de risco.

A equipe Marco Zero Enterprises é composta por alunos do Novo Ensino Médio: Ketlyn Ohara Aguiar, Samili Barbosa, Livian Albuquerque, Eduardo Assunção, João Guilherme, João Lucas e Luis Sergio. Os adolescentes também foram orientados pelo professor Frank Oliveira.

Assessoria de comunicação do Sesi Senai

Ciência e tecnologia: INALC apresenta ao MP-AP o relatório do programa “Amazon Scientist” e anuncia eventos com a presença de engenheiro da NASA

A procuradora-geral de justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, e o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos e Institucionais, Nicolau Crispino, receberam na sexta-feira (3), as representantes do Instituto Nacional Leva Ciência (INALC), que apresentaram o Relatório de Impacto das atividades realizadas pelo Programa “Amazon Scientist”, desde abril deste ano. O MP-AP é parceiro do INALC e Embaixada Norte Americana nesta iniciativa de incentivo para jovens, crianças e adolescentes para a ciência e tecnologia.

Participaram da reunião a diretora do Instituto, Daniele Brito, a gerente de projetos, Aira Beatriz, além de Carol Campos e Larissa Rabelo, professora e monitora, respectivamente. A gerente de projetos do INALC, mostrou que, desde o início do programa, em abril deste ano, os 60 alunos selecionados no Amapá participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e 52 participaram da Mostra Brasileira de Foguetes. Foram ministradas mais de 150 horas de conteúdo nas áreas de astronomia e aeronáutica e abordados os temas: corrida espacial, satélites e foguetes.

Parceria MP-AP e INALC para incentivo à ciência, pesquisa e tecnologia

O Acordo de Cooperação Técnica entre o MP-AP e INALC foi assinado em novembro de 2021, para execução do programa “Amazon Scientist”, que terá a duração de 12 meses. Em abril foi realizada a abertura oficial com a presença de representantes da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, entre eles o adido cultural Todd Miyahira. Os estudantes que participam do programa são oriundos de escolas públicas e o Instituto deu enfoque para alguns critérios, como ser do sexo feminino, estudar em escolas periféricas. Os alunos repetentes, portadores de Transtorno de Espectro Autista (TEA), quilombolas e indígenas também tiveram preferência.

Jornada de Palestras e lançamento de foguetes artesanais

Na próxima semana, o programa “Amazon Scientist” terá continuidade com a Jornada de Palestras que contará com a presença do engenheiro de Estruturas da NASA, George Gabe Gabrielle, que vem divulgar a pesquisa científica e astronômica e falar sobre sua experiência pessoal, que antes de assumir um dos postos mais relevantes na NASA, foi chapeiro da rede Mc Donald’s. Ele irá palestrar no Instituto Federal do Amapá, Campus Porto Grande, e em Macapá.

George Gabe também estará presente no evento de lançamento de foguetes artesanais construídos pelos atuais alunos do programa, que acontecerá dia 6 de junho, no Estádio Zerão. Durante este evento receberão premiações os alunos amapaenses que se destacaram na Mostra Brasileira de Foguetes, em 2019, no Rio de Janeiro, com o lançamento de foguetes de propulsão líquida e química, inclusive o construído a partir de garrafas pet.

Science Days

Danielle Brito confirmou para o mês de setembro deste ano, o “Science Days” e a primeira edição da Mostramazônia. Este evento terá a duração de três dias com atrações como a mostra Kennedy Space Center, um centro de lançamento de foguetes da NASA; mobília expositora da NASA, distribuída em mais de 200 m2; a Mostramazônica que é uma feira científica e tecnológica da Amazônia, onde terá a apresentação de projetos científicos do Amapá, Rio Grande do Sul e São Paulo; e contará com a presença do embaixador dos EUA e representantes consulares. Para realização do evento, o Instituto solicitou o apoio do MP-AP e a PGJ Ivana Cei requereu o projeto do Science Days, para que possa avaliar as formas viáveis para o apoiamento.

“O Instituto pode contar sempre com o apoio do Ministério Público do Amapá, dentro das nossas possibilidades jurídicas. Desde o início somos parceiros do Leva Ciência e do Programa, por sua finalidade científica, de pesquisa e social, voltado para esse público que carece de oportunidades para incentivar a busca pelo conhecimento. Hoje, o Amapá representa o Brasil junto à Embaixada Americana e Consulado, e a participação em um programa dessa grandiosidade significa que as portas estão se abrindo para os estudantes de escolas públicas”, manifestou Ivana Cei.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Núcleo de Imprensa
Coordenação – Gilvana Santos
Texto: Marileia Maciel / CAO-Ambiental
E-mail: [email protected]

O Reconhecimento e a Universidade Equatorial – Por Fernando Canto

Foto: arquivo deste site

Por Fernando Canto

Um dia desses aceitei o gentil convite do professor Robert Zamora, diretor do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas da UNIFAP para que, enquanto artista e membro efetivo da Academia, falasse sobre o reconhecimento, em evento promovido para homenagear servidores docentes, servidores técnicos e discentes da área.

Fiquei feliz com este gesto, pois reconhecer pessoas pelo seu mérito é tê-las comprometidas e engajadas em uma rede dialética e nem sempre suave, mas que concorre para o sucesso e a qualidade da instituição e dos seus produtos, pois trabalha motivações e estímulos para elevar a autoestima e o respeito, objetivando a vontade de trabalhar e de crescer mais, com inovação, responsabilidade e espírito crítico. O reconhecimento é, então, a gratidão emanada sensivelmente para que o crescimento de todos seja uma realidade.

Unifap, Universidade Federal do Amapá, campus Marco Zero, Macapá — Foto: Jorge Abreu/G1

Acrescento, porém, que nestes momentos sombrios e estranhos pelos quais passa o nosso país, é necessário lembrar as palavras de Mahatma Gandhi quando diz: “Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”

Mas não se enganem: o reconhecimento e o trabalho são paradoxais. E andam juntos. Gandhi ainda diz que “O alvo está sempre se afastando de nós. Quanto maior o progresso, maior o reconhecimento do nosso imerecimento. A satisfação está no esforço, não na realização. O esforço total é a vitória total.”

Universidade Federal do Amapá teve aulas suspensas em março — Foto: John Pacheco/G1

Reconhecer pessoas é dar a elas e trocar com elas todo o arcabouço humano das informações necessárias ao seguimento da vida intelectual, acadêmica e cotidiana, onde se integram processos e valores, desde os antigos filósofos egípcios, babilônicos, chineses, gregos e árabes nas grandes descobertas das ciências para a humanidade, bem como o papel dos cientistas modernos até a grande revolução tecnológica da contemporaneidade. É bom, então, que o reconhecimento público seja celebrado, que seja ritualizado na academia como merece, ao som da “Música das Esferas” de Pitágoras que também dizia “que os números governam o mundo”.

Ao fechar minha participação li alguns textos poéticos do meu livro intitulado Universidade Equatorial – Uma Aventura Acadêmica, ainda inédito, feito em 2018 para as comemorações dos 30 anos da fundação da Unifap em março de 2020. Trata-se, também, de um reconhecimento meu a essa grande instituição acadêmica que me deu oportunidades de crescimento profissional e intelectual, e que testemunhei sua expansão, participando com meu trabalho desde bem antes de sua implantação, pois fui professor no Núcleo de Educação da UFPA, em Macapá, em 1982 e 1985. Eis os textos:

Sobre o fio que guia o coração e a busca do conhecimento

Toda memória tem um fio amarrado no tempo, mergulhado no escuro do labirinto. Todo fio tem um propósito e um elo: o odor das mãos que o teceram e o fizeram novelo. Todo novelo é um apelo finito, uma voz sem ter grito, uma pista e a certeza que voltaremos à luz.

Um novelo é um presente àqueles que se aventuram, e destemidos vão fundo tatear o oculto, procurar o inculto na escuridão de suas almas.

Mas ali no cosmo de brilhantes matérias o conhecimento estala em explosões de átomos, invisíveis nas esfinges do infinito astral.

E aqui também, na tênue luz do entardecer, mistérios nascem com a lua, quando ela surge no rio, num horizonte de marés, vindas do ventre da terra em simbiótico enlevo entre o planeta e o satélite.

Sobre um destino fundado na dúvida

E como explicar o inexplicável aos duendes que estudam as ciências? E como traduzir o óbvio aos semideuses que isolam a deidade e manipulam fórmulas genéticas?

E como, me diga, Casa do Saber, como não tocar no fio da história para acender os inefáveis paradoxos embutidos nas ciências dos homens?

Como não se submeter a paradigmas cruéis que oprimem e rasgam os instrumentos do conhecimento entre ideologias e armas nascidas do medo e da ousadia, a cada instante.

Sobre o que és

Ah, Casa do Conhecimento/ Rugosa cor de batom velho/ Escondido bicho folharal/ Sílex quebrada nos quadrantes do equador/ Áspera palavra aristotélica/ Rosácea osmose do saber.

– Teus discentes choram por tua sina.

Aldeia do cerrado/ límpido aquífero/ reserva para a sede do planeta/ precioso líquido que escorre em nossos pés.

Ainda que ferva na temperatura do equinócio da primavera e refrigere no das lágrimas de março.

Do equador és Casa de Veredas à escolha dos vendados/ Túmulo do ignóbil/ Avalanche de salsugem/ Espanto do gênero/ Fímbria opaca da espécie/ Quarto de mistério e sonhos/ República de pesadelos e prazos/ Aquário de peixes com cirrose que alimentam pássaros e mergulham na cautela do já entristecido fado, previsto há séculos por mártires sobre o estupro cometido na floresta.

 

Sobre estudos e pesquisas

E como andam teus estudos, Casa do Saber? Como saber, me diga, dos sistemas integrados de informação e dos desafios para o desenvolvimento da ciência? Dos financiamentos, da produtividade? E sobre a escusa ordem política estabelecida para conter os avanços prioritários das nossas universidades? A inteligência artificial analisará as decisões humanas?

Foto: Rodrigo Índio.

Quantas doenças se alastrarão em desproporção ao avanço dos inseticidas mais venenosos? O que dizer do condensado de Bose-Einstein, dos supersólidos, da simulação quântica e do Magnetismo Quântico?

E das doenças parasitárias tropicais? Da leishimaniose e da malária, que por séculos matam os irmãozinhos ribeirinhos que esperam tanto de ti e perdem aos poucos a esperança?

Sobre como sair da escuridão

Dentro de teus muros raras vezes o som dos tambores fecunda a identidade do teu povo, pois a fecundidade ecoa no ar e arrebata danças e sorrisos.

Dentro dos teus muros sempre a fertilidade absorve as sementes no húmus que faz nascer a luz dos teus alunos em breu.

– Alunos, a-lunos [seres sem luz], saiam da escuridão pelo poder da palavra e da indicação solene do conhecimento transmitido [como tradição iniludível da cultura e da filosofia].

– Saiam, saiam, saiam já! É a legítima ordem emanada do tempo e da necessidade, sob a quadratura geográfica do Amapá, embaixo do sol do equador.

L’acronimo ARIADNE, che sta per Advanced Research Infrastructure for Archaeological Dataset Networking in Europe

Sobre a busca da redenção

Preservar o senso de justiça, combater a ordem ultrapassada dos que querem reviver a peste, lembrar sempre do temor das guerras, desenhar a utópica felicidade… são apenas linhas que o esquadro traça, seja pelo lápis, seja pelo fio de Ariadne jogado ao labirinto.

Assim sobreviveremos. Assim caminharemos para além dos paradigmas pensando em novas formas de agir, posto que nenhuma fome espera, qualquer doença surge e toda procura fenece se não quisermos a luz que nos a-sombra e nos convida a sair pela floresta em busca de alimento e cura. Por isso vos convoco:

Foto: site da Aline Kaiser

– Saiam! Saiam!

– Festejemos nossos santos e conquistas, estendamos nossas vestes sem temores, sem esquecer, jamais, nossas tragédias, para que elas nunca mais voltem a ocorrer.

Sobre a estrada que já foi um caminho

Eu te diria ainda, Casa do Saber, que assim como o sol brilha nas manhãs ou tal como oculta a vida em suas entranhas, que permaneça claro o ímpeto de ser, de construir e preservar nossas moradas, feitas com as mãos que o trabalho exige.

E que o brilho abarcante de sua luz ilumine as consciências e a fé profunda de nossas utopias, e o desejo de construção de um mundo melhor para todos.

Antes do milênio nasceu a estrada, aquela que já fora a simples trilha e hoje serve aos passantes como garantia de que seguimos juntos em busca dos significantes sóis das descobertas.

O tempo agora é o juiz mais sábio, pois há o contratempo de secreta angústia que nos impele a cuidar da terra e do alimento antes de qualquer ação distópica que o futuro pode produzir, se formos fracos.

– Salve, então, a terra que alimenta os homens e as mulheres! Salve o novo nascer da vida! Salve o livro que ensina o verbo – a voz de quem produz e reproduz o conhecimento às novas gerações.

OBRIGADO!

*Além de sociólogo, escritor, poeta, compositor, Mestre em Desenvolvimento Regional e Doutor em Sociologia, Fernando Canto é integrante do quadro de servidores da Unifap.