Meu amigo Fernando Canto gira a roda da vida pela 69ª vez. Feliz aniversário, Mestre! – @fernando__canto

Sabem, eu nem sei precisar o momento em que me tornei amigo de Fernando Canto. Digo, amigo mesmo, dele me ligar numa tarde ou numa manhã e falar de algo novo que escreveu, leu ou escutou. Realmente não lembro o momento exato, mas graças a Deus aconteceu. Bom, é 29 de maio e esse cara, que é uma das pessoas que mais me orgulho em ter entre os meus afetos, gira a roda da vida. Por ser esse ser sensacional, rendo-lhe homenagens em seu aniversário (Sempre que chega o vigésimo nono dia desse mês, me pergunto: “como vou escrever um texto para o cara mais foda que eu conheço nesse lance de escrita?”. Mas vamos lá.

Sempre digo que o Fernando Canto é o meu herói literário. Ser amigo dele pra mim é uma honra sem tamanho. O fato dele ter escrito os prefácios dos meus dois livros – um lançado em 2020 e o outro em 2021 – muito me honra. Conversar com esse cara é sempre divertido e um aprendizado. Até quando estamos falando nossas corriqueiras bobagens, durante nossos encontros etílicos memoráveis. Há muitos anos, Canto deixou de ser o padrasto/pai de amigos e se tornou um grande parceiro de vida. Aliás, tenho amor, admiração e gratidão por ele e por Sônia, sua esposa. Eles, além de afetos, são apoiadores e incentivadores meus.

Fernando Pimentel Canto é compositor, cantor, músico, jornalista, sociólogo, professor doutor, poeta, contador de histórias, causos e estórias, contista e cronista brilhante, apreciador e incentivador de arte, sociólogo, imortal da Academia Amapaense de Letras (AAL) e presidente da AAL, escritor “imparável”, boemista, amante do carnaval, biriteiro considerado, mocambo, membro fundador do Grupo Pilão, flamenguista e ex-atacante do Flamenguinho (time do Laguinho dos anos 60, onde segundo ele, o saudoso craque “Bira Burro” foi seu reserva), militante cultural e servidor da Universidade Federal do Amapá.

Com 17 livros publicados (de crônicas, poesia e contos); composições autorais e outras com grandes nomes da música amapaense; ensaios teatrais, entre outras incontáveis contribuições para a cultura e resgate histórico do Amapá, além de cargos importantes ao longo de sua carreira, Canto é um ardoroso partidário da causa cultural tucuju. O “Cidadão Amapaense” mais amapaense que a maioria dos que aqui nasceram. Quem não o conhece ainda, ou não é do Amapá ou ‘bom sujeito não é’ – com a devida licença poética.

Fernando Canto gira a roda da vida pela 69ª vez (bela marca). Ele é um dos Mestres da Cultura amapaense, pois possui contribuições incalculáveis para a Literatura e para a Música do Amapá, da Amazônia e do Brasil. O branco mais preto do Laguinho, bairro que tanto ama, divulga, canta e representa. O cara é a memória das artes tucujus. Ele é um acervo vivo de nossa identidade cultural. E, para mim, o maior escritor vivo do Amapá.

O mais legal do Canto é ser um cara Phoda, mas com humildade, tranquilidade sem deslumbre e fineza ímpar. Desprovido da arrogância e boçalidade de muitos – que não possuem nem metade do talento e da bagagem cultural dele. Ainda existem os críticos a ele, mas geralmente são movidos pela inveja de seu sucesso e passam com vírgulas em lugares errados de seus próprios textos. Fernando Canto é um intelectual sem frescura, que respeita as pessoas. Um grande artista das letras e um baita caboclo gente fina! Tenho muito orgulho de ser amigo dele.

Macapá possui pessoas especiais, seres que, em alguns casos, mesmo não nascidos aqui, para cá vieram e, como diz FC, ‘pegaram de galho’. Graças à passagem tridimensional que existe nessa cidade no Meio do Mundo, também conhecida como Linha do Equador. Hoje é dia de ficarmos felizes pela vida do “Papai Smurf”, como o chamamos no grupo “Fuleiragem com Cerveja”.

Em resumo, pra mim, Fernando é família. É conselheiro, é amigo, é confidente, é parceiro literário e de vida. Canto, querido, que Deus conserve tua saúde. Que teu novo ciclo seja ainda de mais sucesso, se é que isso é possível. Que tu sigas por muitas décadas com o amor da tua esposa, filhos, netos e dos amigos, como este jornalista. Não à toa, a gente te ama. Meus parabéns pelo teu dia, e feliz aniversário!

Elton Tavares

*Texto atualizado e republicado por motivo de viagem, mas de coração.

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