Exposição reúne acervo inédito do artista plástico R. Peixe

Convite Exposição

A paisagem e os costumes da Amazônia e de Natal (RN), pontos turísticos de Macapá, foram alguns dos temas retratados pelo artista plástico R. Peixe em suas telas. São 40 obras inéditas do acervo particular da família que compõem a exposição denominada “Expressão de Tons”.

A abertura da exposição acontece no dia dez de julho, dia em que se estivesse vivo, o artista completaria 84 anos. A programação inicia às 20h, no Monumento do Marco Zero do Equador e contará com a apresentação do grupo Poetas Azuis, coquetel, presença de familiares, amigos, autoridades e do público em geral.

A exposição conta com apenas uma parte do acervo de quatro, dos seis filhos do artista: Nilda, Reginaldo, Irê e Beto Peixe. Ao todo, são 118 peças, que incluem quadros e esculturas, que chegaram ao Amapá em 2014, dez anos após o falecimento de R. Peixe. As obras estavam na casa onde ele viveu em Natal, Rio Grande do Norte.

Uma das novidades da exposição é um quadro em branco assinado por R. Peixe, que será pintando por vários artistas. “Achamos muitas telas inacabadas, algumas em branco e somente assinadas por R. Peixe. Sabemos da importância destas telas e decidimos colocar a disposição dos artistas para que cada um dê sua parcela de contribuição para compor o quadro. Meu pai ajudou a formar e influenciou muitos artistas, então todos os seus seguidores estão convidados a participar”, falou Beto Peixe.

O trabalho de R. Peixe, como pintor e mestre, ajudou a formar toda uma geração de artisR. Peixetas que hoje compõem a cena das artes visuais amapaense. Suas obras servem de legado às gerações futuras pelos traços contemporâneos que carregam. “O público terá acesso a obras nunca divulgadas e que ficaram guardadas durante dez anos. Meu pai dedicou toda a sua vida às artes plásticas e levou o nome do Amapá para várias partes do mundo, sendo assim, é imprescindível que suas obras não sejam esquecidas e possam ser apreciadas por toda a população amapaense”, finalizou Beto.

Vida e Obra

Nascido em São Caetano de Odivelas, Pará, em 10 de julho de 1931, R. Peixe é conhecido, principalmente, pela sua vocação às artes plásticas, que retratam os pontos turísticos do Amapá. Entretanto, dedicou sua vida a outras três vertentes: futebol, carnaval e o mundo empresarial.

O artista paraense chegou ao Amapá no ano de 1953, já casado com Maria de Nazaré de Souza Almeida com quem teve seis filhos: Irezenilda, Sidney, Irenilda, Reginaldo, Heliberto e Idezenilda. Dois deles herdaram o sangue artístico do pai: Beto Peixe (Heliberto) e Ire Peixe (Irenilda).

Procurando aprimorar-se, entrou para a Escola Nacional de Belas Artes em 1963, porém cursou até o 4º ano. Realizou sua primeira exposição individual em 1964, na sede do Esporte Clube Macapá.

R. Peixe também se projetou internacionalmente participando de uma exposição coletiva em Caiena, na Guiana Francesa, ao lado de artistas de quase todas as partes do mundo. Suas telas foram vendidas para França, Japão, Estados Unidos e Itália.

A arte impressionista do caboclo R. Peixe impressionou até mesmo o Presidente da República, na época Emílio Médici, que recebeu o artista em audiência, em 1973, agraciando-o com uma bolsa que lhe propiciou concluir os estudos na Escola Nacional de Belas Artes. Naquele mesmo ano, R. Peixe fundou a Escola Cândido Portinari, tornando-se professor de 1973 a 1981.Peixe 2

Na década de 1990 o artista mudou para a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e logo começou a trabalhar intensamente para divulgar os costumes e as tradições do Pará, Amapá e Rio Grande do Norte em telas e esculturas que retratam a vida dos estados por onde passou.

Raimundo Braga de Almeida era apaixonado por Natal, mas a cidade de seu coração era Macapá, onde foi sepultado e velado no dia 4 de março de 2004.

Para quem ainda não conheceu suas obras, basta apenas visitar qualquer órgão público do estado do Amapá ou a sala de embarque do aeroporto de Macapá que poderá apreciar um pouco da beleza de sua arte.

Serviço:

Exposição: “Expressão de Tons” – R. Peixe
Visitação: 10 de julho a 24 de julho
Horário: de terça a domingo, das 8h às 19h
Local: Monumento Marco Zero do Equador
Ingressos: entrada gratuita
Informações: (96) 98119- 5552 – Cinthya Peixe / 99134-0122 – Ana Barbosa
Classificação indicativa: Livre

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