Hoje é o Dia do Vizinho

Hoje (23) é o Dia do Vizinho. Não existe uma justificativa para o dia (não encontrei). A data homenageia a preciosa relação de “amor e ódio” entre os “companheiros de porta”; os companheiros que compartilham a mesma rua ou prédio.

Para muitos, vizinhos são um martírio. Já outros, adoram abrir as portas de suas casas para eles. Eu nunca fui chegado à vizinhança. Geralmente, vizinhança é sinônimo de fofocas e mexericos. Me dou bem com uma minoria deles, mas só porque não dou confiança.

Em alguns casos, os vizinhos podem virar grandes amigos, mas acredito que isso ocorre em somente 30% das situações.

Certa vez, cansado de tanta fofoca que as vizinhas contavam pra minha mãe, meu falecido pai fez uma reunião em minha casa.

O velho Penha (meu genitor) chegou de uma noite divertida com amigos, após ter tomado umas, chamou todos os casais de vizinhos e disse: “Dona fulana, a mulher do Cicrano fala mal da senhora. Mulher do ciclano,a Beltrana lhe detona todo dia, e continuou a dedurar a rede de intrigas que rolava por lá”.

Após jogar a merda no ventilador, foi dormir e deixou o bate boca rolando. Resultado: paz na rua de casa. Aquele cara era foda!

Também existem os casos de vizinhos invejosos. Lembro quando minha mãe trocou o carro e o vizinho atravessou a Rua só para perguntar quanto custou o automóvel. Meu irmão estava ao volante, íamos sair pra dar um rolé e tals, prontamente respondi ao enxerido: “Não lhe interessa!”. Odeio gente invejosa.

Ainda tem aqueles vizinhos evangélicos xiitas, que vivem querendo lhe levar para perto de Jesus (como se eles fossem mais próximos do filho de Deus). Só que eles não entendem que esse papo é chato pra cassete.

Sei da importância de conviver bem com vizinhos. Mas às vezes é bem difícil, principalmente quando estes ouvem música ruim no volume máximo ou vivem arrumando confusão. Aliás, nesta época natalina, deve ter uma negada mordida com o vizinho que vive repetindo aquela música chata cantada pela Simone: “Então é Natal…”. Cruzes!

Portanto, desejem boas festas à vizinhança, mas não lhes permitam muita abertura, senão vocês terão que emprestar algo, quebrar galho ou outros tipos de encheção de saco.

Elton Tavares

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