Por trás dos pré-requisitos


Ao longo de nossas vidas, traçamos metas e dentre as quais compramos a ideia de que curso superior era sinônimo de ser bem sucedido, logo ter grana, fama e porque não, cama?

Contudo, durante o percurso nada simples, galgado até que finalmente nos formemos, nos deparamos com os mais variados perfis:

O playboy que tem a facul bancada pelo pai; O ralador, trampa, estuda e ainda dá uma de mochila para carregar nas costas os “boa vidas”; Os “boa vidas”, que não dão o sangue, mas na medida do que consideram possível e aceitável, dão valor aos estudos. Os nerds, afinal não basta ser aprovado, às vezes a nota máxima não é o suficiente… E outros tantos, mais ou menos comuns. 

Mas, a motivação para essa lenga lenga toda são os monstros que todos nós ajudamos a criar. Quando nos juntamos com a galera do fundão e durante as apresentações de trabalhos ou seminários, fazemos anotações de quanta aberração (assassinato da língua portuguesa com requintes de crueldade) a figura em questão, conseguirá executar junto com a defesa de sua tese.

Essas figuras que servem de sarro, um dia podem vir a ser o seu chefe, que tal? Um horror, não é mesmo?

Fujo de obedecer de gente que estudou menos que eu. Que fala “estrupo” e alega receber hora “renumerada” no lugar de remunerada. Porque a regra geral é ter diploma e na verdade não importa o que aprendeu a fazer. Só irá servir para pendurar o papel emoldurado na parede. E, se possível concorrer a um cargo como servidor público no mesmo patamar. No mesmo uma pinoia. 

O diferencial é se fingir de morto e babar ovo, puxar saco e tentar derrubar quem trabalha, para não divulgar o jornalismo de “opinismo” no lugar de opinativo. 

Falo isso com conhecimento de causa, porque também fui responsável diretamente por criar monstros desse naipe. E, não adianta correr atrás de pós-graduação e mestrado para atingir um pré-requisito do mercado. E, não é se achar melhor, é apenas ser. Ah, quer saber? Vou cortar o cabelo que ganho mais. 

Hellen Cortezolli

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