Velhos & Novos
( ” por amor às causas perdidas”)
É demodé escrever à mão
Ouvir uma canção do Ney
Está ultrapassado, e, do outro lado
Ninguém acredita em papai Noel…
Dizem que daqui a 1000 anos
Ninguém saberá dizer ” te amo”
Não haverá camada de ozônio
E seremos alienígenas de nós…
Não existirá papel marché
Coisas que existem apenas para deleite
Como riso, teatro, sorvete
Ou bichos sentimentais,
Bichos como eu e como tu
São coisas esquisitas
Que pedem guarida
À memórias escritas com a tinta da emoção …
E, de antemão
Desistiram de fazer parte
Do dia a dia que arde
No calendário seco
Da modernidade
Perdem tempo – e ganham vida
Com a luz estonteante das estrelas
Brincam de escrever poemas
E escrever na areia
Mensagens de amor…
Jaci Rocha
2 Comentários para "Poema de agora: Velhos & Novos (Jaci Rocha)"
Metamorfoses ambulantes. Feitas pelas mãos dos próprios humanos em duas ambições.
Obrigada por sentir o poema, Fernando! Gratidão sempre.