Os mais antigos como eu, lembram o apogeu desses veículos em nossa Macapá. Transportando a madeira, o cimento e até mesmo fazendo “mudança”…ficavam em seus pontos de frete, na feira central, no Buritizal e outros locais. Mas nunca um carroceiro foi tão folclórico como o “Mucura”, que o conheci e conversei pessoalmente com ele.
Era um “galego magro dos olhos claros” com voz rouca e “metido” a galanteador, que sempre que as moças passavam, ele “jogava” todo o seu charme. Até que aconteceu o fato que entrou no imaginário popular. Ele “deu” a sua tradicional “cantada”, sendo que a mesma era casada e participou ao “digníssimo”, que tomando as “dores” da amada partiu ao seu encontro.
Chegando entre os carroceiros perguntou: Quem é o “Mucura” aqui? Ele, pensando que era um “gordo” frete, respondeu: Quantas carradas patrão ? O sujeito respondeu: só duas e desceu o braço no Mucura. Desde esse dia, quando se aproximavam dele, diziam…quantas carradas patrão ? São histórias de uma Macapá que não existe mais…
Floriano Lima
1 Comentário para "O carroceiro (relato porreta sobre a antiga Macapá) – Por Floriano Lima"
Muito interessante…o folclore do Amapá…parece coisa de Cinema.