Poema de agora: FLOR DE JADE – Obdias Araújo

FLOR DE JADE

Perdoa meus arroubos
Meu excesso de romantismo
Meu deslumbramento de menino
Minha sede de amante
Meu olhar fixo no teu.

Perdoa se às vezes pareço te querer
Presa em meus braços. Quero sim
Te envolver em meu abraço
E sentir que fechas os olhinhos
Prazerosa como a siamesa no cio…

Perdoa se não te trago ouro
Incenso e mirra. É que
Gaspar, Belchior e Baltasar
Zeraram o estoque.

-Taí Alcy Cavalcante de Araújo
Homem do Cais
E taí Alcinea Cavalcante
Eles que nunca me permitiram
Falsear a verdade.

Mas posso te dar uma
Floresta de Origamis
Um copo de Don Perignon
Safra 1912
E uma flor de jade
Que roubei do caramanchão
Quando Tondo foi buscar
Minha quinta ou sexta xícara de café
E mais algumas pupunhas
Que eu sempre repetia
O mesmo pedido
Para ficar alguns minutos
Sozinho contigo…

Você lembra
Telmitcha?
Era já noite e duas
Estrelas e meia
Testemunhavam
Nossos beijos
E aplaudiam
Nossas juras
De eterno
Amor!

Obdias Araújo

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